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19/03/2005
-
09h38
RICARDO BRANDT
da Folha de S.Paulo
A reunião entre o secretário dos Transportes, Frederico Bussinger, e os empresários de ônibus de São Paulo para redefinir a forma de remuneração do sistema terminou em impasse ontem.
Nem empresários de ônibus nem perueiros entraram em acordo quanto a fórmula de pagamento a ser aplicada.
O secretário, no entanto, admitiu pela primeira vez que os perueiros devem receber neste mês um valor menor do que o ganho até fevereiro, quando ainda valiam as disposições transitórias dos contratos de permissão.
Pelos cálculos do secretário, a remuneração para os perueiros com a atual fórmula de pagamento deve ficar entre R$ 62 milhões e R$ 65 milhões no mês. Essa fórmula, que passou a valer a partir de 5 de março e que é prevista nos contratos assinados em julho de 2003, estipula que eles ganhem entre R$ 0,63 e R$ 0,93 por passageiro, incluindo as gratuidades.
Antes, quando vigorava uma regra transitória colocada nos contratos, eles ficavam em média com R$ 75 milhões por mês. Por essas regras, era recebido tudo aquilo que era arrecadado, mas sem ganhar pelas baldeações gratuitas do bilhete único nem pela condução de idosos.
"A questão é que as cooperativas e as empresas não estão descobertas, pois existe uma forma de remuneração em vigor. Não é um buraco negro. Ela pode não atender aos interesses, mas é a forma contratualmente prevista", afirmou Bussinger. Ele ainda fez questão de ressaltar que durante os meses de janeiro e fevereiro os perueiros não receberam menos pelos serviços prestados.
O impasse em relação à forma de remuneração foi o motivo que levou os perueiros a promover uma greve geral na última quarta-feira que deixou 2 milhões de pessoas sem transporte e gerou conflitos entre a categoria e a polícia.
Os perueiros negociam com a prefeitura para que seja feita a divisão do total arrecadado em duas partes por um período de 90 dias, enquanto não se chega a um consenso. O impasse é em relação a parcela que cada um deve ficar.
Os perueiros querem receber pelo total de passageiros transportados. Eles alegam ter direito a 40% do total arrecadado --R$ 220 milhões em média.
Os empresários de ônibus alegam que os perueiros têm direito a apenas 30% do total arrecadado, que é referente à receita gerada pela categoria.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre perueiros
Prefeitura de SP não supera impasse com perueiros
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da Folha de S.Paulo
A reunião entre o secretário dos Transportes, Frederico Bussinger, e os empresários de ônibus de São Paulo para redefinir a forma de remuneração do sistema terminou em impasse ontem.
Nem empresários de ônibus nem perueiros entraram em acordo quanto a fórmula de pagamento a ser aplicada.
O secretário, no entanto, admitiu pela primeira vez que os perueiros devem receber neste mês um valor menor do que o ganho até fevereiro, quando ainda valiam as disposições transitórias dos contratos de permissão.
Pelos cálculos do secretário, a remuneração para os perueiros com a atual fórmula de pagamento deve ficar entre R$ 62 milhões e R$ 65 milhões no mês. Essa fórmula, que passou a valer a partir de 5 de março e que é prevista nos contratos assinados em julho de 2003, estipula que eles ganhem entre R$ 0,63 e R$ 0,93 por passageiro, incluindo as gratuidades.
Antes, quando vigorava uma regra transitória colocada nos contratos, eles ficavam em média com R$ 75 milhões por mês. Por essas regras, era recebido tudo aquilo que era arrecadado, mas sem ganhar pelas baldeações gratuitas do bilhete único nem pela condução de idosos.
"A questão é que as cooperativas e as empresas não estão descobertas, pois existe uma forma de remuneração em vigor. Não é um buraco negro. Ela pode não atender aos interesses, mas é a forma contratualmente prevista", afirmou Bussinger. Ele ainda fez questão de ressaltar que durante os meses de janeiro e fevereiro os perueiros não receberam menos pelos serviços prestados.
O impasse em relação à forma de remuneração foi o motivo que levou os perueiros a promover uma greve geral na última quarta-feira que deixou 2 milhões de pessoas sem transporte e gerou conflitos entre a categoria e a polícia.
Os perueiros negociam com a prefeitura para que seja feita a divisão do total arrecadado em duas partes por um período de 90 dias, enquanto não se chega a um consenso. O impasse é em relação a parcela que cada um deve ficar.
Os perueiros querem receber pelo total de passageiros transportados. Eles alegam ter direito a 40% do total arrecadado --R$ 220 milhões em média.
Os empresários de ônibus alegam que os perueiros têm direito a apenas 30% do total arrecadado, que é referente à receita gerada pela categoria.
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