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19/03/2005
-
19h53
da Folha Online
Cerca de 1.000 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, reuniram-se neste sábado, no centro de São Paulo, para protestar contra a ocupação do Iraque por tropas norte-americanas, que completa dois anos. As ações também ocorreram no Reino Unido, Itália, Turquia, Grécia e Suécia.
A passeata começou por volta das 15h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio e terminou três horas depois, na praça da Sé. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a interdição parcial das vias chegou a causar 4,5 km de lentidão.
Em nota, a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), que organizou o ato, afirmou ainda a intenção de protestar contra os transgênicos, o mercado financeiro e as petrolíferas americanas, além de propor a união dos países latino-americanos "contra o neoliberalismo, a pobreza e o desemprego".
Nova York
Em Nova York, a manifestação contra a presença dos Estados Unidos no Iraque reuniu milhares de pessoas.
O protesto terminou com a prisão de pelo menos 20 pessoas na Times Square, esquina mais famosa de Nova York.
Os manifestantes desfilaram com dezenas de falsos caixões cobertos de preto, ou com bandeiras dos Estados Unidos, indo da sede da ONU (Organização das Nações Unidas) até um centro de recrutamento militar na Times Square.
Alguns manifestantes com a foto de soldados desaparecidos no peito bloquearam a porta do posto policial com um caixão, antes de sentarem na calçada.
Outras dezenas de manifestações estão previstas para este fim de semana em todo o país, incluindo vigílias na praia, encenações teatrais e ofícios religiosos.
Inglaterra
Em Londres, os manifestantes pediram o retorno das tropas. Cerca de 8.500 militares britânicos ainda se encontram no Iraque --o maior contingente depois do dos Estados Unidos. Os organizadores, da associação "Stop The War Coalition", calculam que 150 mil pessoas tenham participado das manifestações, mas a polícia estima que tenham sido 45 mil.
Sob um céu ensolarado, manifestantes britânicos sacudiam bandeiras com fotos do presidente americano, George W.Bush, com os dizeres "o terrorista número um do mundo".
Dois soldados que deixaram o Exército em protesto ao conflito carregaram um caixão no qual se lia "100 mil mortos" durante um cortejo simbólico, depositando-o em frente à embaixada americana, em referência ao artigo da revista científica "The Lancet" que afirma ser este o número de vítimas civis iraquianas desde o início da guerra.
Os organizadores das manifestações convocaram a população a ir à Escócia em julho, onde deve ser a próxima cúpula do G-8 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão, Canadá, Rússia, Alemanha, França e Itália), sob a presidência britânica, para mostrar sua insatisfação.
Itália
Em Roma, o povo também foi firme em mostrar sua insatisfação e a polícia teve que intervir para afastar alguns grupos que tentavam se aproximar dos gabinetes do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Uma forte esquema de segurança foi mobilizado em torno da Praça Veneza, no centro da capital, para impedir que os manifestantes chegassem ao Palácio Chigi, sede do governo.
Diversos pequenos grupos teriam conseguido driblar o cordão de segurança, mas foram bloqueados, afirmou a prefeitura. Os policiais usaram várias vezes seus cassetetes contra os manifestantes nas ruas que desembocam no Palácio Chigi.
O governo italiano apoiou publicamente a intervenção militar americana no Iraque e enviou em junho de 2003 um grupo de três mil homens, destinado à região de Nasiriyá (sul do país), sob comando britânico.
Diante da forte pressão popular e do seqüestro de seus cidadãos, Berlusconi anunciou recentemente a retirada progressiva das tropas italianas a partir de setembro, decisão da qual teve que voltar atrás devido a exigências de Washington.
Europa
Na Turquia, houve manifestações em três cidades. Em Ancara, Istambul e Adana, onde há missões diplomáticas americanas, os manifestantes denunciaram a "ocupação" deste países.
Em Atenas, cerca de 5.000 pessoas, segundo os organizadores, e 2.000, segundo a polícia, participaram das manifestações. Na Suécia, entre 500 e 1.000 pessoas fizeram uma manifestação em Estocolmo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre protestos contra guerras
Protesto contra ocupação do Iraque reúne cerca de 1.000 pessoas em SP
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Cerca de 1.000 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, reuniram-se neste sábado, no centro de São Paulo, para protestar contra a ocupação do Iraque por tropas norte-americanas, que completa dois anos. As ações também ocorreram no Reino Unido, Itália, Turquia, Grécia e Suécia.
A passeata começou por volta das 15h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio e terminou três horas depois, na praça da Sé. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a interdição parcial das vias chegou a causar 4,5 km de lentidão.
Em nota, a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), que organizou o ato, afirmou ainda a intenção de protestar contra os transgênicos, o mercado financeiro e as petrolíferas americanas, além de propor a união dos países latino-americanos "contra o neoliberalismo, a pobreza e o desemprego".
Nova York
Em Nova York, a manifestação contra a presença dos Estados Unidos no Iraque reuniu milhares de pessoas.
O protesto terminou com a prisão de pelo menos 20 pessoas na Times Square, esquina mais famosa de Nova York.
Os manifestantes desfilaram com dezenas de falsos caixões cobertos de preto, ou com bandeiras dos Estados Unidos, indo da sede da ONU (Organização das Nações Unidas) até um centro de recrutamento militar na Times Square.
Alguns manifestantes com a foto de soldados desaparecidos no peito bloquearam a porta do posto policial com um caixão, antes de sentarem na calçada.
Outras dezenas de manifestações estão previstas para este fim de semana em todo o país, incluindo vigílias na praia, encenações teatrais e ofícios religiosos.
Inglaterra
Em Londres, os manifestantes pediram o retorno das tropas. Cerca de 8.500 militares britânicos ainda se encontram no Iraque --o maior contingente depois do dos Estados Unidos. Os organizadores, da associação "Stop The War Coalition", calculam que 150 mil pessoas tenham participado das manifestações, mas a polícia estima que tenham sido 45 mil.
Sob um céu ensolarado, manifestantes britânicos sacudiam bandeiras com fotos do presidente americano, George W.Bush, com os dizeres "o terrorista número um do mundo".
Dois soldados que deixaram o Exército em protesto ao conflito carregaram um caixão no qual se lia "100 mil mortos" durante um cortejo simbólico, depositando-o em frente à embaixada americana, em referência ao artigo da revista científica "The Lancet" que afirma ser este o número de vítimas civis iraquianas desde o início da guerra.
Os organizadores das manifestações convocaram a população a ir à Escócia em julho, onde deve ser a próxima cúpula do G-8 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão, Canadá, Rússia, Alemanha, França e Itália), sob a presidência britânica, para mostrar sua insatisfação.
Itália
Em Roma, o povo também foi firme em mostrar sua insatisfação e a polícia teve que intervir para afastar alguns grupos que tentavam se aproximar dos gabinetes do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Uma forte esquema de segurança foi mobilizado em torno da Praça Veneza, no centro da capital, para impedir que os manifestantes chegassem ao Palácio Chigi, sede do governo.
Diversos pequenos grupos teriam conseguido driblar o cordão de segurança, mas foram bloqueados, afirmou a prefeitura. Os policiais usaram várias vezes seus cassetetes contra os manifestantes nas ruas que desembocam no Palácio Chigi.
O governo italiano apoiou publicamente a intervenção militar americana no Iraque e enviou em junho de 2003 um grupo de três mil homens, destinado à região de Nasiriyá (sul do país), sob comando britânico.
Diante da forte pressão popular e do seqüestro de seus cidadãos, Berlusconi anunciou recentemente a retirada progressiva das tropas italianas a partir de setembro, decisão da qual teve que voltar atrás devido a exigências de Washington.
Europa
Na Turquia, houve manifestações em três cidades. Em Ancara, Istambul e Adana, onde há missões diplomáticas americanas, os manifestantes denunciaram a "ocupação" deste países.
Em Atenas, cerca de 5.000 pessoas, segundo os organizadores, e 2.000, segundo a polícia, participaram das manifestações. Na Suécia, entre 500 e 1.000 pessoas fizeram uma manifestação em Estocolmo.
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