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30/03/2005 - 09h46

Família de Severino apóia desarmamento

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Com a ameaça de atraso do referendo sobre a venda de armas de fogo, marcado para 2 de outubro, o lobby do desarmamento resolveu tentar sensibilizar o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), por meio de duas pessoas "influentes": sua mulher, Amélia, e a filha, Ana, para que a proposta seja votada logo.

O projeto do referendo foi aprovado no Senado, mas está gerando atritos na Câmara. O relator, deputado Coronel Alves (PL-AP), quer deixar a consulta pública para 2006 e acrescentar duas perguntas: sobre a redução da maioridade penal para 16 anos e sobre a pena de morte.

Além disso, na ausência do titular, o relator interino, Wanderval Santos (PL-SP), quis mudar a pergunta para explicitar que a proibição de venda de armas se aplicaria a "pessoas, para sua legítima defesa e de seu patrimônio, na forma da lei".

Deputados e ativistas favoráveis à proibição consideraram essas manobras manipuladoras e querem a aprovação do projeto sem mudanças para não comprometer o plebiscito.

A Câmara aprovou ontem a MP 229, que prorroga até 23 de junho o prazo para que sejam entregues armas de fogo à PF mediante indenização. O relator, Julio Lopes (PP-RJ), acatou emenda que permite porte de armas para auditores fiscais e técnicos da Receita. A MP segue para votação no Senado.

Também ontem, dez mães de vítimas de crimes violentos das ONGs Viva Rio e Convive visitaram Amélia e Ana Cavalcanti na residência oficial. Levaram camisetas da campanha do desarmamento, fotos dos filhos mortos e material publicitário.

Amélia não autorizou a imprensa a acompanhar a visita, mas deixou ser fotografada com as camisetas e disse que faria o possível para ajudar.

As mães disseram que estão mobilizadas para evitar que o projeto seja "melado" pelo que chamam de "lobby da bala", que poderia estar articulando doações de campanhas para 2006. "Esperamos que dona Amélia possa repassar a importância disso para o marido", disse Maria Marta Santos, do Convive.

O relator Alves, coronel da PM do Amapá, se declara contrário à proibição da venda de armas, defende a postergação do plebiscito e considera um despropósito gastar recursos públicos e não fazer mais de uma pergunta.

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