Publicidade
Publicidade
04/04/2005
-
09h12
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a prisão dos responsáveis pela chacina que deixou 30 mortos na Baixada Fluminense "é o mínimo" que o governo pode oferecer à população.
"Isso [a prisão dos acusados] é o mínimo que o Estado pode oferecer para essas pessoas que estão sofrendo tanto. Nós não podemos deixar isso passar, não pode cair no esquecimento, não pode demorar muito, nós temos que ser tão precisos quanto fomos no caso da irmã Dorothy, ou seja, colocar o que a gente tiver de potencial de ação da nossa polícia para que a gente possa prender essas pessoas", afirmou o presidente no programa quinzenal de rádio, o "Café com o Presidente".
O massacre ocorreu na última quinta-feira nos municípios de Nova Iguaçu e de Queimados. Há suspeitas de envolvimento de policiais militares no crime.
"O que eu estou fazendo é determinando ao meu ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos], e conseqüentemente à Polícia Federal e a todo o aparelho de inteligência da polícia brasileira, que não descanse um segundo, um minuto, para que a gente coloque os autores desse crime abominável na cadeia", disse Lula.
Violência
Das 30 pessoas mortas, sete tinham menos de 18 anos. Em Nova Iguaçu, 18 pessoas foram mortas, entre elas, mulheres e crianças. Em Queimados, 12 morreram.
Segundo a Secretaria da Segurança, a Justiça expediu mandados e quatro policiais suspeitos já foram presos. Um outro está foragido. Além disso, foram feitas sete prisões administrativas. Ao menos três dos suspeitos, lotados no 24º Batalhão (Queimados), negaram em depoimento ter participado do crime.
Na manhã desta segunda-feira, o secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, e o superintendente da Polícia Federal no Rio, José Milton Rodrigues, farão uma reunião de trabalho, com o objetivo de verificar os dados colhidos nas investigações para elucidar a chacina.
Governo federal
O governo federal enviará nos próximos dias 400 a 600 homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que o envio da tropa já estava programado e que não tem nenhuma relação com a chacina. "Não é função da Força fazer investigações e sim o policiamento ostensivo, cumprir tarefas de ficar na rua e de intimidação geral".
Ele esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de domingo para dar informações sobre a investigação.
"Uma chacina dessa proporção, com esse aspecto de gratuidade, só se explica pelo desafio ao Estado. As pessoas queriam mostrar que elas não têm medo do Estado. A única solução possível é decifrar o crime e fazer desse crime um crime com castigo", disse o ministro.
Vigário Geral
A chacina ocorrida na Baixada Fluminense é a maior desde o crime que ficou conhecido como a chacina de Vigário Geral (zona norte do Rio), em 1993.
Na ocasião, 21 pessoas foram assassinadas. Segundo o Ministério Público, o crime foi uma vingança pela morte de quatro policiais militares dois dias antes, no mesmo bairro.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre chacinas
Leia o que já foi publicado sobre as favelas de Vigário Geral
Leia mais sobre as chacinas ocorridas na Baixada Fluminense
Lula diz que prisão de autores de chacina "é o mínimo que o Estado pode oferecer"
Publicidade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a prisão dos responsáveis pela chacina que deixou 30 mortos na Baixada Fluminense "é o mínimo" que o governo pode oferecer à população.
"Isso [a prisão dos acusados] é o mínimo que o Estado pode oferecer para essas pessoas que estão sofrendo tanto. Nós não podemos deixar isso passar, não pode cair no esquecimento, não pode demorar muito, nós temos que ser tão precisos quanto fomos no caso da irmã Dorothy, ou seja, colocar o que a gente tiver de potencial de ação da nossa polícia para que a gente possa prender essas pessoas", afirmou o presidente no programa quinzenal de rádio, o "Café com o Presidente".
Bruno Domingos/Reuters |
Homens observam corpo de vítima da chacina |
"O que eu estou fazendo é determinando ao meu ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos], e conseqüentemente à Polícia Federal e a todo o aparelho de inteligência da polícia brasileira, que não descanse um segundo, um minuto, para que a gente coloque os autores desse crime abominável na cadeia", disse Lula.
Violência
Das 30 pessoas mortas, sete tinham menos de 18 anos. Em Nova Iguaçu, 18 pessoas foram mortas, entre elas, mulheres e crianças. Em Queimados, 12 morreram.
Segundo a Secretaria da Segurança, a Justiça expediu mandados e quatro policiais suspeitos já foram presos. Um outro está foragido. Além disso, foram feitas sete prisões administrativas. Ao menos três dos suspeitos, lotados no 24º Batalhão (Queimados), negaram em depoimento ter participado do crime.
Na manhã desta segunda-feira, o secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, e o superintendente da Polícia Federal no Rio, José Milton Rodrigues, farão uma reunião de trabalho, com o objetivo de verificar os dados colhidos nas investigações para elucidar a chacina.
Governo federal
O governo federal enviará nos próximos dias 400 a 600 homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que o envio da tropa já estava programado e que não tem nenhuma relação com a chacina. "Não é função da Força fazer investigações e sim o policiamento ostensivo, cumprir tarefas de ficar na rua e de intimidação geral".
Ele esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de domingo para dar informações sobre a investigação.
"Uma chacina dessa proporção, com esse aspecto de gratuidade, só se explica pelo desafio ao Estado. As pessoas queriam mostrar que elas não têm medo do Estado. A única solução possível é decifrar o crime e fazer desse crime um crime com castigo", disse o ministro.
Vigário Geral
A chacina ocorrida na Baixada Fluminense é a maior desde o crime que ficou conhecido como a chacina de Vigário Geral (zona norte do Rio), em 1993.
Na ocasião, 21 pessoas foram assassinadas. Segundo o Ministério Público, o crime foi uma vingança pela morte de quatro policiais militares dois dias antes, no mesmo bairro.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice