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05/04/2005 - 14h43

Outros três PMs acusados de chacina devem ter prisão decretada

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da Folha Online

Três dos sete policiais militares que estão presos administrativamente, em batalhões da Polícia Militar, sob acusação de envolvimento na chacina ocorrida na Baixada Fluminense, na noite da última quinta-feira, devem ter suas prisões temporárias solicitadas à Justiça nesta terça-feira, segundo a Secretaria da Segurança Pública. No total, 30 pessoas foram assassinadas.

Mandados de prisão já haviam sido expedidos contra outros quatro policiais militares, que estão presos.

Um dos PMs que terá a prisão temporária solicitada é o soldado Carlos Jorge Carvalho, lotado no 20º Batalhão (Mesquita), que foi reconhecido por uma testemunha na noite de segunda-feira. Segundo a secretaria, a testemunha afirmou que ele era o único dos quatro envolvidos diretamente no crime que não usava capuz. O PM também foi autuado por receptação pois, em sua casa, foi encontrado um carro furtado.

Outro PM que deve ter a prisão decretada está lotado no 24º Batalhão (Queimados) e fora reconhecido como um dos homens que voltaram ao local do crime para recolher projéteis disparados contra as vítimas.

Proteção

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Geraldo Moreira (PSB), pediu proteção para 18 pessoas --entre elas quatro adultos que testemunharam a chacina.

Moreira afirma que as testemunhas, que moram em Queimados, estão sendo intimidadas para deixarem suas casas. Segundo ele, as ameaças são feitas por telefone e pessoalmente, por pessoas não identificadas.

Segundo a assessoria da Assembléia, das 18 pessoas protegidas, quatro são adultos e 14 são crianças e jovens, com idades entre 4 e 16 anos.

Indenização

A governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), disse na segunda-feira que irá determinar o pagamento de pensões no valor de um a três salários mínimos para familiares das vítimas da chacina.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o governo estadual designou o secretário de Direitos Humanos, Jorge da Silva, para entrar em contato com os beneficiados e tomar as "providências necessárias".

Violência

Das 30 pessoas mortas, sete tinham menos de 18 anos. Em Nova Iguaçu, 18 pessoas foram mortas, entre elas, mulheres e crianças. Em Queimados, 12 morreram.

Uma força-tarefa envolvendo a Polícia Federal e a polícia estadual atuará no combate a grupos de extermínio no Rio.

Especial
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