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15/04/2005
-
08h43
da Folha Online
Dois policiais militares foram presos na noite de quarta-feira (13) sob acusação de extorquir um turista holandês no Rio.
Em depoimento na Deat (Delegacia de Atendimento ao Turista), o holandês disse que caminhava pela avenida Atlântica quando foi abordado por um homem negro que lhe ofereceu um pacote com pó branco, que seria droga. O turista afirmou ter negado a oferta do homem, que se identificou como Luís, mas aceitou o convite para que se sentassem num quiosque.
De acordo com o holandês, logo depois surgiu um policial militar, fardado com o uniforme próprio para o policiamento na orla, que apontou para o chão onde estava o pacote. Segundo o turista, o PM exigiu que fosse entregue todo o dinheiro que possuía, sob a ameaça de ser levado para a Polícia Federal e deportado.
Relato
Segundo a Secretaria da Segurança, em seu relato, o turista disse que só dispunha de R$ 61. Diante da resposta, o PM teria sugerido que ele usasse o cartão magnético para sacar a quantia de R$ 1.500 ou fosse ao hotel pegar mais dinheiro. O holandês afirmou que todo o diálogo foi traduzido pelo homem que se identificou como Luís.
Diante da negativa, o turista disse ter sido revistado e levado pelo soldado para o interior do Posto de Salvamento do Corpo de Bombeiros, onde havia outro PM. Em seu depoimento, o holandês afirmou ter deixado com os policiais os R$ 61 e sido liberado, em seguida. Após deixar o local, o holandês procurou uma patrulha do Batalhão de Policiamento Turístico e relatou o fato.
Acusados
Comunicado da denúncia, o comandante do 19º Batalhão, tenente-coronel Dario Cony, reuniu os oito policiais que estavam de serviço na praia, para que o turista fizesse o reconhecimento. O holandês reconheceu os soldados Vítor Lopes Cabral, do 3º Batalhão (Méier), e Paulo Roberto Alves Gomes, do 6º Batalhão (Tijuca), como autores da extorsão.
Os PMs haviam sido cedidos ao 19º Batalhão (Copacabana) para o Programa de Policiamento Especial de Praia.
A Secretaria da Segurança diz que, em depoimento, os dois PMs se limitaram a dizer que "os fatos descritos não condizem com a verdade, não havendo mais nada a declarar". Eles foram autuados em flagrante por extorsão.
As prisões fazem parte da operação Navalha na Carne, desencadeada em fevereiro para investigar, identificar, prender e expulsar os policiais que cometem desvio de conduta.
A Deat tenta identificar o homem que se apresentou ao holandês como Luís e investiga se ele teria alguma ligação com o crime de extorsão.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre casos de extorsão
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Rio prende dois PMs acusados de extorquir turista holandês
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Dois policiais militares foram presos na noite de quarta-feira (13) sob acusação de extorquir um turista holandês no Rio.
Em depoimento na Deat (Delegacia de Atendimento ao Turista), o holandês disse que caminhava pela avenida Atlântica quando foi abordado por um homem negro que lhe ofereceu um pacote com pó branco, que seria droga. O turista afirmou ter negado a oferta do homem, que se identificou como Luís, mas aceitou o convite para que se sentassem num quiosque.
De acordo com o holandês, logo depois surgiu um policial militar, fardado com o uniforme próprio para o policiamento na orla, que apontou para o chão onde estava o pacote. Segundo o turista, o PM exigiu que fosse entregue todo o dinheiro que possuía, sob a ameaça de ser levado para a Polícia Federal e deportado.
Relato
Segundo a Secretaria da Segurança, em seu relato, o turista disse que só dispunha de R$ 61. Diante da resposta, o PM teria sugerido que ele usasse o cartão magnético para sacar a quantia de R$ 1.500 ou fosse ao hotel pegar mais dinheiro. O holandês afirmou que todo o diálogo foi traduzido pelo homem que se identificou como Luís.
Diante da negativa, o turista disse ter sido revistado e levado pelo soldado para o interior do Posto de Salvamento do Corpo de Bombeiros, onde havia outro PM. Em seu depoimento, o holandês afirmou ter deixado com os policiais os R$ 61 e sido liberado, em seguida. Após deixar o local, o holandês procurou uma patrulha do Batalhão de Policiamento Turístico e relatou o fato.
Acusados
Comunicado da denúncia, o comandante do 19º Batalhão, tenente-coronel Dario Cony, reuniu os oito policiais que estavam de serviço na praia, para que o turista fizesse o reconhecimento. O holandês reconheceu os soldados Vítor Lopes Cabral, do 3º Batalhão (Méier), e Paulo Roberto Alves Gomes, do 6º Batalhão (Tijuca), como autores da extorsão.
Os PMs haviam sido cedidos ao 19º Batalhão (Copacabana) para o Programa de Policiamento Especial de Praia.
A Secretaria da Segurança diz que, em depoimento, os dois PMs se limitaram a dizer que "os fatos descritos não condizem com a verdade, não havendo mais nada a declarar". Eles foram autuados em flagrante por extorsão.
As prisões fazem parte da operação Navalha na Carne, desencadeada em fevereiro para investigar, identificar, prender e expulsar os policiais que cometem desvio de conduta.
A Deat tenta identificar o homem que se apresentou ao holandês como Luís e investiga se ele teria alguma ligação com o crime de extorsão.
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