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21/04/2005
-
09h41
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio
Em depoimento à Polícia Civil, o soldado da Polícia Militar Fabiano Gonçalves Lopes admitiu que ele e outros três PMs estiveram em um bar em Nova Iguaçu, horas antes da chacina de 29 pessoas no dia 31 de março.
As declarações de Lopes, primeiro PM a confirmar que esteve no bar, derrubam mais uma vez os álibis apresentados pelo cabo José Augusto Moreira Felipe e pelos soldados Marcos Siqueira da Costa e Julio Cesar Amaral, que anteriormente disseram que passaram o dia da chacina em casa com familiares.
Os álibis dos três PMs já tinham sido contestados por depoimento do dono do bar, Alvino Simões, que havia dito que quatro PMs beberam em seu estabelecimento entre 16h e 20h do dia 31 de março. A chacina teria começado por volta de 20h30.
Apesar de ter sido citado por Simões como presente no encontro que teria antecedido a chacina, o soldado Carlos Jorge de Carvalho não teria sido visto por Lopes, segundo seu depoimento. Contra Carvalho pesam as acusações de várias testemunhas que disseram tê-lo vista atirando em pessoas pelas ruas de Nova Iguaçu e Queimado. Carvalho pegou emprestado com um amigo o Gol branco usado na chacina e em sua casa foi localizado um Gol preto furtado.
Fabiano Gonçalves Lopes admitiu sua presença no bar, mas negou que tenha participado da chacina, embora tenha sido reconhecido por uma testemunha.
No depoimento, o soldado Lopes disse ter chegado ao bar por volta das 18h, acompanhado do cabo Felipe. Disse que ao chegar lá, encontrou os soldados Costa e Amaral. Declarou que ficou no bar por apenas cinco minutos.
O soldado está mantido em cela separada dos demais dez PMs acusados, porque estaria recebendo ameaças de morte. O depoimento de Lopes provocou opiniões contraditórias entre delegados e promotores que investigam o caso. Para o titular da 58º DP, Roberto Cardoso, o relato não acrescentou nada. Para o promotor da 4ª Vara Criminal, Marcelo Muniz, trouxe informações importantes para o inquérito.
A polícia diz ainda não saber a motivação do crime. Uma acareação envolvendo os 11 PMs acusados aconteceria na quarta-feira (20), mas acabou não sendo realizada.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Em depoimento à Polícia Civil, o soldado da Polícia Militar Fabiano Gonçalves Lopes admitiu que ele e outros três PMs estiveram em um bar em Nova Iguaçu, horas antes da chacina de 29 pessoas no dia 31 de março.
As declarações de Lopes, primeiro PM a confirmar que esteve no bar, derrubam mais uma vez os álibis apresentados pelo cabo José Augusto Moreira Felipe e pelos soldados Marcos Siqueira da Costa e Julio Cesar Amaral, que anteriormente disseram que passaram o dia da chacina em casa com familiares.
Os álibis dos três PMs já tinham sido contestados por depoimento do dono do bar, Alvino Simões, que havia dito que quatro PMs beberam em seu estabelecimento entre 16h e 20h do dia 31 de março. A chacina teria começado por volta de 20h30.
Apesar de ter sido citado por Simões como presente no encontro que teria antecedido a chacina, o soldado Carlos Jorge de Carvalho não teria sido visto por Lopes, segundo seu depoimento. Contra Carvalho pesam as acusações de várias testemunhas que disseram tê-lo vista atirando em pessoas pelas ruas de Nova Iguaçu e Queimado. Carvalho pegou emprestado com um amigo o Gol branco usado na chacina e em sua casa foi localizado um Gol preto furtado.
Fabiano Gonçalves Lopes admitiu sua presença no bar, mas negou que tenha participado da chacina, embora tenha sido reconhecido por uma testemunha.
No depoimento, o soldado Lopes disse ter chegado ao bar por volta das 18h, acompanhado do cabo Felipe. Disse que ao chegar lá, encontrou os soldados Costa e Amaral. Declarou que ficou no bar por apenas cinco minutos.
O soldado está mantido em cela separada dos demais dez PMs acusados, porque estaria recebendo ameaças de morte. O depoimento de Lopes provocou opiniões contraditórias entre delegados e promotores que investigam o caso. Para o titular da 58º DP, Roberto Cardoso, o relato não acrescentou nada. Para o promotor da 4ª Vara Criminal, Marcelo Muniz, trouxe informações importantes para o inquérito.
A polícia diz ainda não saber a motivação do crime. Uma acareação envolvendo os 11 PMs acusados aconteceria na quarta-feira (20), mas acabou não sendo realizada.
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