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23/04/2005
-
01h11
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha
Fissuras no solo causadas por um fenômeno geológico incomum ameaçam moradores de dois bairros de Carangola (357 km a sudeste de Belo Horizonte). Desde o mês passado, duas casas desabaram e outras 36 foram interditadas pela Defesa Civil do município.
Relatório da UFV (Universidade Federal de Viçosa-MG) afirma que a área abalada é formada por camadas de terra instáveis e que retêm muita água. Com as fortes chuvas que atingiram Carangola desde dezembro, o terreno ficou saturado e passou a se movimentar de forma anormal.
Somente em 4 e 5 de março, choveu 148,3mm (148,3 litros por m2) na cidade, índice superior à média histórica de março para a região, de 139mm. O relatório da UFV, baseado em análise visual dos problemas, aponta "altos riscos" para a população da área atingida, principalmente em "condições meteorológicas adversas".
Em descrição de visita técnica à região no mês passado, o engenheiro civil Ubirajara Camargos afirma que os movimentos de terra produzem "forças de magnitudes imprevisíveis", que podem "romper bruscamente" as construções, independentemente de suas características.
As casas interditadas apresentavam trincas em todas as direções, elevação do piso, esmagamento de portas e janelas e descolamento de construções vizinhas. Por causa do risco de desabamento, os moradores foram proibidos de entrar nas casas para retirar materiais.
"Os efeitos [da movimentação de terra] são o de um terremoto, mas sem o tremor", disse o coordenador da Defesa Civil de Carangola, Eider Valente. O órgão estima em 2,5 km a extensão da área afetada, onde há cerca de cem casas.
Os desabamentos do mês passado não deixaram feridos, pois as construções já estavam vazias. O vereador Carlos Antônio Candinho (PSB) é um dos que tiveram a casa interditada. Mudou-se com a mulher e a filha de 18 anos para um imóvel alugado. "Perdemos o convívio de 16 anos com os vizinhos", lamentou.
Segundo a prefeitura, o levantamento topográfico das áreas de risco começará na segunda-feira. Após o levantamento, serão feitas sondagens de solo. Os trabalhos servirão de base para uma equipe multidisciplinar --formada por técnicos da UFV e da prefeitura-- que irá propor medidas para regularizar a situação no local.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
Fenômeno geológico raro faz casas desabarem em Minas Gerais
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da Agência Folha
Fissuras no solo causadas por um fenômeno geológico incomum ameaçam moradores de dois bairros de Carangola (357 km a sudeste de Belo Horizonte). Desde o mês passado, duas casas desabaram e outras 36 foram interditadas pela Defesa Civil do município.
Relatório da UFV (Universidade Federal de Viçosa-MG) afirma que a área abalada é formada por camadas de terra instáveis e que retêm muita água. Com as fortes chuvas que atingiram Carangola desde dezembro, o terreno ficou saturado e passou a se movimentar de forma anormal.
Somente em 4 e 5 de março, choveu 148,3mm (148,3 litros por m2) na cidade, índice superior à média histórica de março para a região, de 139mm. O relatório da UFV, baseado em análise visual dos problemas, aponta "altos riscos" para a população da área atingida, principalmente em "condições meteorológicas adversas".
Em descrição de visita técnica à região no mês passado, o engenheiro civil Ubirajara Camargos afirma que os movimentos de terra produzem "forças de magnitudes imprevisíveis", que podem "romper bruscamente" as construções, independentemente de suas características.
As casas interditadas apresentavam trincas em todas as direções, elevação do piso, esmagamento de portas e janelas e descolamento de construções vizinhas. Por causa do risco de desabamento, os moradores foram proibidos de entrar nas casas para retirar materiais.
"Os efeitos [da movimentação de terra] são o de um terremoto, mas sem o tremor", disse o coordenador da Defesa Civil de Carangola, Eider Valente. O órgão estima em 2,5 km a extensão da área afetada, onde há cerca de cem casas.
Os desabamentos do mês passado não deixaram feridos, pois as construções já estavam vazias. O vereador Carlos Antônio Candinho (PSB) é um dos que tiveram a casa interditada. Mudou-se com a mulher e a filha de 18 anos para um imóvel alugado. "Perdemos o convívio de 16 anos com os vizinhos", lamentou.
Segundo a prefeitura, o levantamento topográfico das áreas de risco começará na segunda-feira. Após o levantamento, serão feitas sondagens de solo. Os trabalhos servirão de base para uma equipe multidisciplinar --formada por técnicos da UFV e da prefeitura-- que irá propor medidas para regularizar a situação no local.
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