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26/09/2000 - 20h05

Inquérito de atentados à bomba deverá ficar pronto em 15 dias

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MILENA BUOSI
da Folha Online

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi, disse que o inquérito sobre os atentados à bomba ocorridos em São Paulo deverá estar concluído em 15 dias.

A declaração de Petrelluzzi foi transmitida pelo deputado Renato Simões (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, que participou, na tarde de hoje, de uma reunião com o secretário.

Representantes de outras 15 entidades e o vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, também estiveram presentes na audiência. Petrelluzzi não conversou com a imprensa.

O secretário também disse que o retrato falado da pessoa que postou os pacotes-bomba já está pronto. No entanto, Petrelluzzi afirmou que as investigações correm em sigilo. "Ele não pretende dar declarações sobre o inquérito até o encaminhamento para o fórum", disse o deputado.

"Mas o secretário se comprometeu em apresentar o resultado à comissão de entidades de direitos humanos (formada para acompanhar as investigações) antes de o inquérito ir para o fórum e de ser divulgado para a imprensa."

As entidades, por sua vez, se comprometeram a agilizar o depoimento de pessoas envolvidas no inquérito e que receberam cartas de ameaça assinadas por skinheads. São eles o próprio deputado, o vereador Ítalo Cardoso e o membro da Anistia Internacional José Eduardo Bernardes_ que também recebeu um pacote-bomba.

"O secretário afirmou que as investigações estão bastante avançadas", afirmou Simões. Segundo o deputado, Petrelluzzi informou que designou os "melhores quadros técnicos" da polícia para realizar a perícia nos pacotes-bomba e ressaltou que o inquérito está sendo presidido pelo delegado do Depatri (Departamento de Crimes Contra o Patrimônio), Marcos Ricardo Parra, que tem "especialização no exterior sobre casos semelhantes".

Suspeita

Segundo o deputado, Petrelluzzi afirmou que deveria ser questionada a notícia divulgada por uma revista de que a polícia trabalhava com a suspeita de o membro da Anistia Internacional José Eduardo Bernandes ser o remetente dos pacotes-bomba. "Ele disse que não comenta esse assunto e que não iria dizer se isso é real ou não."

Simões afirmou que as entidades não aceitam a especulação sobre o envolvimento de Bernardes nos atentados.

"Ficamos satisfeitos com a reunião. O objetivo era manter uma inter-relação com a Secretaria da Segurança", disse o deputado.

As entidades marcaram um ato público de repúdio à discriminação para às 17h do dia 25 de outubro. Os manifestantes sairão do Teatro Municipal em passeata até a praça da República (região central).

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