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03/05/2005
-
09h10
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
O governo federal recuou na intenção de importar peixe congelado e afirma em nota divulgada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ser desnecessário "obrigar que todo pescado importado seja congelado".
Em 13 de abril, o ministro José Fritsch (Secretaria de Aqüicultura e Pesca) havia dito que o país estudava a publicação de uma norma para que o salmão só fosse importado congelado. O objetivo era conter o surto, em São Paulo, de difilobotríase (infecção causada por peixe cru contaminado).
A secretaria disse ontem, via assessoria, que a idéia acabou descartada por razões comerciais.
Embora o salmão tenha sido apontado como principal suspeito, ainda não há provas de que ele tenha sido o responsável pela contaminação. Várias amostras foram recolhidas pela Vigilância Sanitária municipal, mas os resultados ainda não ficaram prontos.
O recuo do governo se deu em razão de o Brasil não poder adotar a medida como regra porque existe um conjunto de determinações da OMC (Organização Mundial do Comércio) que proíbe a exigência, além dos acordos comerciais entre o Brasil e o Chile.
Com isso, a sugestão do governo foi para que os proprietários de restaurantes japoneses fizessem acordo com os importadores para a compra do salmão congelado --o que já está ocorrendo.
A nota da Anvisa diz haver muitas empresas processadoras que utilizam pescado fresco como matéria-prima e, ainda, consumidores que o usam em pratos cozidos, grelhados ou assados.
Segundo Lúcio Kikushi, chefe do departamento de inspeção de pescado e derivados do Ministério da Agricultura, não há como cercear a vontade de a pessoa comprar peixe importado fresco. "Só podemos orientá-la sobre a forma mais segura de consumo."
Kikushi também admite que a mesma regra vale para os restaurantes. "Eles já estão informados sobre a necessidade do congelamento e serão responsabilizados caso haja contaminação."
Apuração paralela de 20 proprietários dos maiores restaurantes japoneses de São Paulo não achou o parasita em amostras de salmão de 17 deles. Os demais resultados não ficaram prontos.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Especial
Leia o que já foi publicado sobre casos de difilobotríase
Leia o que já foi publicado sobre a Anvisa
Governo federal desiste de exigir que salmão seja importado congelado
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da Folha de S.Paulo
O governo federal recuou na intenção de importar peixe congelado e afirma em nota divulgada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ser desnecessário "obrigar que todo pescado importado seja congelado".
Em 13 de abril, o ministro José Fritsch (Secretaria de Aqüicultura e Pesca) havia dito que o país estudava a publicação de uma norma para que o salmão só fosse importado congelado. O objetivo era conter o surto, em São Paulo, de difilobotríase (infecção causada por peixe cru contaminado).
A secretaria disse ontem, via assessoria, que a idéia acabou descartada por razões comerciais.
Embora o salmão tenha sido apontado como principal suspeito, ainda não há provas de que ele tenha sido o responsável pela contaminação. Várias amostras foram recolhidas pela Vigilância Sanitária municipal, mas os resultados ainda não ficaram prontos.
O recuo do governo se deu em razão de o Brasil não poder adotar a medida como regra porque existe um conjunto de determinações da OMC (Organização Mundial do Comércio) que proíbe a exigência, além dos acordos comerciais entre o Brasil e o Chile.
Com isso, a sugestão do governo foi para que os proprietários de restaurantes japoneses fizessem acordo com os importadores para a compra do salmão congelado --o que já está ocorrendo.
A nota da Anvisa diz haver muitas empresas processadoras que utilizam pescado fresco como matéria-prima e, ainda, consumidores que o usam em pratos cozidos, grelhados ou assados.
Segundo Lúcio Kikushi, chefe do departamento de inspeção de pescado e derivados do Ministério da Agricultura, não há como cercear a vontade de a pessoa comprar peixe importado fresco. "Só podemos orientá-la sobre a forma mais segura de consumo."
Kikushi também admite que a mesma regra vale para os restaurantes. "Eles já estão informados sobre a necessidade do congelamento e serão responsabilizados caso haja contaminação."
Apuração paralela de 20 proprietários dos maiores restaurantes japoneses de São Paulo não achou o parasita em amostras de salmão de 17 deles. Os demais resultados não ficaram prontos.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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