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06/05/2005 - 23h04

Polícia Civil do Rio deve convocar deputado a depor sobre chacina

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da Folha Online

O secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, determinou que os delegados responsáveis pelo inquérito que apura a chacina ocorrida na Baixada Fluminense convoquem o deputado Paulo Ramos (PDT), da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio), a depor.

No dia 30 de março, 29 pessoas foram mortas nos municípios de Queimados e de Nova Iguaçu. No total, 11 PMs estão presos temporariamente sob acusação de envolvimento no crime.

Em audiência pública realizada ontem, Ramos afirmou que conflitos podem ter surgido depois que o coronel João Carlos Rodrigues Ferreira, inspetor-geral da PM, mudou cargos de comando que haviam sido anteriormente definidos pelo também coronel D'Ambrósio Francisco. Na ocasião, D'Ambrósio deixava o cargo de comandante de Policiamento da Baixada Fluminense por tempo de serviço.

Nos dois casos, segundo Ramos, as mudanças foram motivadas pela tentativa de obter apoio às candidaturas políticas que os dois coronéis pretendem lançar, em 2006. O deputado disse ter obtido a informação em conversas com PMs que atuam na região.

As declarações fizeram com que a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, que convocou a audiência, convocasse D'Ambrosio, Ferreira, e o comandante do Batalhão de Duque de Caxias, tenente-coronel Paulo Cézar Ferreira Lopes, para depor.

A.C.Fernandes/Folha Imagem
O secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba
O secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba
Ainda que tenha determinado a investigação das acusações feitas pelo deputado, Itagiba acredita que os PMs tenham planejado o crime para desestabilizar o comando da PM na região. A hipótese teria sido confirmada por uma testemunha, em depoimento, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Indiciamentos

O inquérito da Polícia Federal sobre o caso foi concluído no dia 18 de abril --11 dias antes do prazo previsto em lei. Nele, nove PMs são indiciados sob acusações de homicídio doloso, co-autoria, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

Por outro lado, a Polícia Civil obteve prorrogação do prazo por mais 30 dias sob a alegação de que pretende "obter mais provas técnicas" antes de apresentar o inquérito ao Ministério Público.

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