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12/05/2005 - 08h36

Meninos foram mutilados em Altamira entre 1989 e 1993

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da Folha Online

A defesa do médico Césio Brandão, um dos acusados de castrar e matar crianças em Altamira (PA), entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com um pedido de liminar para que seja suspensa sua prisão.

Os crimes ocorreram entre 1989 e 1993, quando meninos com idades entre 8 e 14 anos foram seqüestrados, castrados e mortos. O Ministério Público afirma que os crimes ocorreram em rituais de magia negra.

Dois médicos, um ex-policial militar, o filho de um empresário local e uma paranaense que supostamente lideraria uma seita foram acusados pelos crimes.

Segundo o Ministério Público, o grupo é responsável pela castração de nove meninos --seis deles foram mortos--, por cinco tentativas de seqüestro e pelo desaparecimento de outras cinco crianças.

As crianças mortas e as três sobreviventes tiveram os órgãos genitais tirados com instrumento cirúrgico, segundo laudos periciais realizados na época. Algumas delas foram abusadas sexualmente.

A paranaense Valentina de Andrade seria a líder de uma seita, com sede na Argentina, chamada LUS (Lineamento Universal Superior), segundo promotores. Ela foi apontada, ainda, no desaparecimento de um menino e no assassinato de outro, no Paraná, em 1992. A seita seria acusada, na Argentina, de crimes não esclarecidos.

Julgamento

No final de abril, Tribunal de Justiça do Pará anulou o julgamento que havia absolvido, em 2003, a dona-de-casa Valentina de Andrade, 73.

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará julgou, em sessão extraordinária, outros recursos relativos ao caso dos meninos emasculados.

Os desembargadores mantiveram a condenação do ex-policial militar Carlos Alberto dos Santos, condenado também em 2003 a 35 anos de prisão; a do comerciante Amailton Madeira Gomes, condenado a 57 anos; e dos médicos Anísio Souza, a 77 anos, e Césio Brandão, a 56 anos. Os três últimos, que aguardavam o julgamento dos recursos em liberdade, tiveram a prisão decretada. Eles podem recorrer ao STF.

Andrade havia sido absolvida por seis votos a um, em dezembro de 2003, por insuficiência de provas contra ela. A decisão saiu depois de 17 dias de julgamento --o mais longo da história do Pará.

Dias depois do julgamento, uma integrante do júri confirmou, em depoimento à Polícia Civil, que houve quebra de incomunicabilidade dos jurados.

Com base na informação, o assistente de acusação, Clodomir Araújo, pediu a anulação do júri. O Ministério Público do Estado também pediu a nulidade do julgamento, sob a alegação de que a decisão dos jurados contraria as provas contidas nos autos.

Com Agência Folha

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