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17/05/2005
-
22h38
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
O alto crescimento populacional de municípios da Grande São Paulo reflete não apenas um acréscimo no número de pessoas residentes na região mas também uma tendência de esvaziamento do centro expandido da capital. A opinião é de Maria Lúcia Refinetti Martins, professora de Planejamento e Urbanismo da USP (Universidade São Paulo), com base em uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
De acordo com o levantamento, a região abriga três dos quatro municípios cujas taxas de crescimento atingem aproximadamente 5% --Vargem Grande Paulista, Santana de Parnaíba e Caieiras. Também estão na Grande São Paulo dois dos três municípios que têm mais de 1 milhão de habitantes --Guarulhos e a própria capital.
Inicialmente, a expansão da região metropolitana foi motivada por uma explosão demográfica. Para Bernadete Waldvogel, gerente de Indicadores e Estudos Populacionais da Seade, este movimento ocorreu principalmente nas décadas de 50 e 60, quando o processo de urbanização e as oportunidades de trabalho atraíam muitos migrantes para o Estado.
Para Martins, o motivo pelo qual as taxas de crescimento permanecem elevadas é que as condições precárias da periferia favoreceram o comércio no centro --onde as ofertas de saneamento e transporte, por exemplo, são maiores. "Em certa medida, a subutilização de construções impossibilitou uma melhor acomodação do crescimento populacional."
Como alternativas para a tendência, a professora aponta a efetiva aplicação de estatutos que estabelecem instrumentos para recuperar e fomentar estes imóveis. "Investir em habitação tornou-se fundamental para o bem-estar da cidade", diz.
Conter a expansão destes limites também deve influenciar positivamente sobre questões ambientais como a ocupação irregular de áreas próximas de mananciais. "Quando existe oferta de mais oportunidades no centro expandido, onde a infra-estrutura é melhor, a pressão sobre estes locais diminui."
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O alto crescimento populacional de municípios da Grande São Paulo reflete não apenas um acréscimo no número de pessoas residentes na região mas também uma tendência de esvaziamento do centro expandido da capital. A opinião é de Maria Lúcia Refinetti Martins, professora de Planejamento e Urbanismo da USP (Universidade São Paulo), com base em uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
De acordo com o levantamento, a região abriga três dos quatro municípios cujas taxas de crescimento atingem aproximadamente 5% --Vargem Grande Paulista, Santana de Parnaíba e Caieiras. Também estão na Grande São Paulo dois dos três municípios que têm mais de 1 milhão de habitantes --Guarulhos e a própria capital.
Inicialmente, a expansão da região metropolitana foi motivada por uma explosão demográfica. Para Bernadete Waldvogel, gerente de Indicadores e Estudos Populacionais da Seade, este movimento ocorreu principalmente nas décadas de 50 e 60, quando o processo de urbanização e as oportunidades de trabalho atraíam muitos migrantes para o Estado.
Para Martins, o motivo pelo qual as taxas de crescimento permanecem elevadas é que as condições precárias da periferia favoreceram o comércio no centro --onde as ofertas de saneamento e transporte, por exemplo, são maiores. "Em certa medida, a subutilização de construções impossibilitou uma melhor acomodação do crescimento populacional."
Como alternativas para a tendência, a professora aponta a efetiva aplicação de estatutos que estabelecem instrumentos para recuperar e fomentar estes imóveis. "Investir em habitação tornou-se fundamental para o bem-estar da cidade", diz.
Conter a expansão destes limites também deve influenciar positivamente sobre questões ambientais como a ocupação irregular de áreas próximas de mananciais. "Quando existe oferta de mais oportunidades no centro expandido, onde a infra-estrutura é melhor, a pressão sobre estes locais diminui."
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