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18/05/2005
-
09h38
ALEXANDRE HISAYASU
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Apesar de Geraldo Alckmin (PSDB) ter negado no começo do mês tendência de aumento, o crime de seqüestro cresceu ainda mais em abril e maio e assusta o governo paulista. Desde ontem, a polícia prepara uma força-tarefa. A principal preocupação é o aumento de casos no interior.
Neste ano, em um período de quatro meses e meio, foram registrados 44 seqüestros no Estado. No primeiro semestre de 2004 --de janeiro a junho--, foram 55 casos. São os dados do interior que mais chamam a atenção.
Foram 15 ocorrências (com cativeiro e pedido de resgate) de janeiro até ontem no interior, área que também abrange o litoral. Esse número supera os 13 registrados em todo o primeiro semestre de 2004. A região de Campinas, responsável por cinco casos neste ano, é a mais problemática.
O medo da propagação dos seqüestros pelo interior levou ontem a uma reunião emergencial na DAS (Divisão Anti-Seqüestro). Foram convocados delegados responsáveis por combater o crime fora da Grande São Paulo, além de policiais especializados em homicídio e delitos contra o patrimônio, como roubo de carga.
Segundo o diretor do Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, o seqüestrador de hoje migrou de outras modalidades de crimes, como homicídios e roubos de carga. "Há necessidade de juntarmos os departamentos para trocarmos dados."
A polícia investiga a migração de seqüestradores. Enquanto a capital ficou 41 dias sem seqüestros, pelo menos oito casos ocorreram no interior.
As estatísticas do primeiro trimestre de 2005 --de janeiro a março-- já identificavam um crescimento de 27% no número de seqüestros no Estado em relação ao mesmo período de 2004.
Na divulgação dessas estatísticas, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou que a reorganização de antigas quadrilhas de seqüestradores, principalmente no interior, era responsável pelo aumento. Mas disse acreditar que o fenômeno não iria se repetir. Quando Abreu Filho afirmou isso, no último dia 2, quatro pessoas estavam seqüestradas --uma na capital paulista e três no interior. Ontem, havia oito reféns --quatro na capital e quatro no interior.
Alckmin --cotado para disputar a Presidência pelo PSDB e que tem na segurança seu ponto mais vulnerável-- também negou haver uma tendência de aumento. No dia 3, disse que os dados de abril (quatro casos) desmentiam a tendência de alta. De 1º de abril até ontem, 16 casos foram registrados (seis na capital, dois na Grande São Paulo e oito no interior). Alckmin não se posicionou ontem sobre os novos números.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre seqüestros
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Seqüestros crescem e assustam Alckmin
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GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Apesar de Geraldo Alckmin (PSDB) ter negado no começo do mês tendência de aumento, o crime de seqüestro cresceu ainda mais em abril e maio e assusta o governo paulista. Desde ontem, a polícia prepara uma força-tarefa. A principal preocupação é o aumento de casos no interior.
Neste ano, em um período de quatro meses e meio, foram registrados 44 seqüestros no Estado. No primeiro semestre de 2004 --de janeiro a junho--, foram 55 casos. São os dados do interior que mais chamam a atenção.
Foram 15 ocorrências (com cativeiro e pedido de resgate) de janeiro até ontem no interior, área que também abrange o litoral. Esse número supera os 13 registrados em todo o primeiro semestre de 2004. A região de Campinas, responsável por cinco casos neste ano, é a mais problemática.
O medo da propagação dos seqüestros pelo interior levou ontem a uma reunião emergencial na DAS (Divisão Anti-Seqüestro). Foram convocados delegados responsáveis por combater o crime fora da Grande São Paulo, além de policiais especializados em homicídio e delitos contra o patrimônio, como roubo de carga.
Segundo o diretor do Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, o seqüestrador de hoje migrou de outras modalidades de crimes, como homicídios e roubos de carga. "Há necessidade de juntarmos os departamentos para trocarmos dados."
A polícia investiga a migração de seqüestradores. Enquanto a capital ficou 41 dias sem seqüestros, pelo menos oito casos ocorreram no interior.
As estatísticas do primeiro trimestre de 2005 --de janeiro a março-- já identificavam um crescimento de 27% no número de seqüestros no Estado em relação ao mesmo período de 2004.
Na divulgação dessas estatísticas, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou que a reorganização de antigas quadrilhas de seqüestradores, principalmente no interior, era responsável pelo aumento. Mas disse acreditar que o fenômeno não iria se repetir. Quando Abreu Filho afirmou isso, no último dia 2, quatro pessoas estavam seqüestradas --uma na capital paulista e três no interior. Ontem, havia oito reféns --quatro na capital e quatro no interior.
Alckmin --cotado para disputar a Presidência pelo PSDB e que tem na segurança seu ponto mais vulnerável-- também negou haver uma tendência de aumento. No dia 3, disse que os dados de abril (quatro casos) desmentiam a tendência de alta. De 1º de abril até ontem, 16 casos foram registrados (seis na capital, dois na Grande São Paulo e oito no interior). Alckmin não se posicionou ontem sobre os novos números.
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