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23/05/2005
-
09h39
FAUSTO SALVADORI FILHO
do Agora
Policiais civis que investigavam uma denúncia anônima sobre um cativeiro em Guaianazes, bairro da zona leste da cidade de São Paulo, ouviram um grito de mulher vindo de um barraco: "Socorro, eu estou seqüestrada".
No barraco, em uma rua de terra no alto de um morro do Jardim São Paulo, a polícia encontrou a comerciante C.A.C.F., 37, dona de uma loja de bijuterias. Ela estava em cativeiro havia 65 dias.
O aumento no número de seqüestros no Estado de São Paulo levou o governo Geraldo Alckmin (PSDB) a preparar a criação de força-tarefa contra o crime, que cresce principalmente no interior e litoral.
A denúncia que levou ao cativeiro da comerciante chegou à polícia às 19h. Uma hora depois, dois investigadores foram para o alto do morro e ligaram a sirene do carro. A vítima gritou ao ouvir o som. Os policiais arrebentaram a porta do barraco e encontraram a mulher amarrada com cordas de náilon ao pé de uma cama. Nenhum seqüestrador foi preso.
Em seu relato, ela contou que ficava a maior parte do tempo sozinha, no escuro, dentro do barraco de alvenaria de dois cômodos, sem energia elétrica. Apenas um dos seqüestradores ia ao cativeiro uma vez por dia, para levar o almoço à vítima. C. era obrigada a utilizar um óculos com as lentes pintadas para não ver o rosto do criminoso.
Durante o tempo que durou o seqüestro, ela passou por quatro cativeiros diferentes.
C. foi seqüestrada no dia 17 de março, quando entrava na garagem de casa com o seu carro, um Vectra, na região do Parque do Carmo (zona leste paulistana). Ao seu lado estava o filho de dez anos.
Segundo a polícia, quatro homens, um deles armado, cercaram o carro e, "sem dizer uma única palavra", obrigaram mãe e filho a irem para o banco de trás.
Após rodar por dez minutos, a quadrilha abandonou o Vectra e a criança e entrou com a seqüestrada em um outro carro.
Nos dois meses seguintes, o marido da vítima negociou com o grupo. A polícia não divulgou o valor do resgate --que não foi pago.
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No barraco, em uma rua de terra no alto de um morro do Jardim São Paulo, a polícia encontrou a comerciante C.A.C.F., 37, dona de uma loja de bijuterias. Ela estava em cativeiro havia 65 dias.
O aumento no número de seqüestros no Estado de São Paulo levou o governo Geraldo Alckmin (PSDB) a preparar a criação de força-tarefa contra o crime, que cresce principalmente no interior e litoral.
A denúncia que levou ao cativeiro da comerciante chegou à polícia às 19h. Uma hora depois, dois investigadores foram para o alto do morro e ligaram a sirene do carro. A vítima gritou ao ouvir o som. Os policiais arrebentaram a porta do barraco e encontraram a mulher amarrada com cordas de náilon ao pé de uma cama. Nenhum seqüestrador foi preso.
Em seu relato, ela contou que ficava a maior parte do tempo sozinha, no escuro, dentro do barraco de alvenaria de dois cômodos, sem energia elétrica. Apenas um dos seqüestradores ia ao cativeiro uma vez por dia, para levar o almoço à vítima. C. era obrigada a utilizar um óculos com as lentes pintadas para não ver o rosto do criminoso.
Durante o tempo que durou o seqüestro, ela passou por quatro cativeiros diferentes.
C. foi seqüestrada no dia 17 de março, quando entrava na garagem de casa com o seu carro, um Vectra, na região do Parque do Carmo (zona leste paulistana). Ao seu lado estava o filho de dez anos.
Segundo a polícia, quatro homens, um deles armado, cercaram o carro e, "sem dizer uma única palavra", obrigaram mãe e filho a irem para o banco de trás.
Após rodar por dez minutos, a quadrilha abandonou o Vectra e a criança e entrou com a seqüestrada em um outro carro.
Nos dois meses seguintes, o marido da vítima negociou com o grupo. A polícia não divulgou o valor do resgate --que não foi pago.
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