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24/05/2005 - 21h07

Homicídios em SP apresentam queda; processo é mais lento no interior

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) apontou queda no número de homicídios registrados entre 1999 e 2003, em São Paulo. O movimento é contrário ao identificado no restante do país, segundo o pesquisador responsável, Julio Jacobo Waiselfisz.

Entretanto, a melhora não foi homogênea. O ritmo de queda foi menos acentuado no interior do Estado. Para Waiselfisz, trata-se de um "processo de interiorização da violência". "Um dos fatores que incentivou este movimento foi a criação da Lei de Segurança Nacional, que tornou as regiões metropolitanas mais custosas para o crime."

As taxas de homicídio atingiram seu pico em 1999. Entre 1993 e 1999, o Estado tinha crescimento anual médio de 8% --contra 5,5%, em todo o país. Os resultados mais alarmantes estavam na Baixada Santista --com média de 14,8%-- e na região de Campinas --com 12,4% de crescimento ao ano.

A partir daí, os números entraram em queda. A redução atingiu 5% no Estado, 6,7% na capital, 6,3% na região metropolitana e 7,8% na Baixada Santista. A diferença entre os números só não é tão acentuada no interior, onde houve apenas 1,6% de queda.

O secretário estadual da Segurança Pública, Saulo Abreu de Castro Filho, afirmou que também promove ações de "prevenção e repressão" no interior, e que parte dos batalhões da Polícia Militar recentemente criados foram instalados na área.

Além disso, Abreu Filho minimizou o impacto da entrega voluntária de armas, estimando que sua contribuição refira-se a apenas "3% ou 3,5%" da redução total.

"A compatibilização das áreas entre Polícia Civil e Militar e a criação do Infocrim [banco de dados sobre ocorrências criminais], por exemplo, são projetos anteriores à atual gestão, que também tem seus méritos. Trata-se de uma soma", afirmou Denis Mizne, diretor do Instituto Sou da Paz.

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