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25/05/2005
-
10h01
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Saúde 2003 mostra que, apesar da melhora nos serviços de saúde no país nos últimos anos, o sistema é menos acessível para os que mais precisam dele.
"A Pnad mostra claramente que quanto mais doente, menos chances você tem de usar o sistema de saúde", afirma a técnica da Fiocruz convidada para analisar os dados apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Claudia Travassos.
Segundo ela, quanto mais elevada a renda, maiores as chances de acesso ao serviço.
As desigualdades verificadas em recortes de escolaridade ou de renda são visíveis em praticamente todos os aspectos da pesquisa, como auto-avaliação, realização de exames, consultas médicas, odontológicas e adesão a planos de saúde.
Entre os brasileiros mais pobres (com renda de até um salário mínimo), 5,3% avaliaram que tinham saúde "ruim" ou "muito ruim". O percentual entre os brasileiros com renda igual ou superior a 20 salários mínimos cai para 0,8%.
Pesquisa
Apesar da discrepância entre os percentuais, o IBGE destaca que a situação já foi pior. Em 1998, 6,3% entre os mais pobres afirmavam não ter boa saúde. Entre os mais ricos, este resultado era de 1,2%.
No conjunto da população, 78,6% dos 176 milhões de habitantes do país afirmaram que seu estado de saúde era "bom" ou "muito bom".
As mulheres mostram maior preocupação com seu estado de saúde do que os homens. A partir dos 14 anos, elas passam a reportar mais problemas. Travassos destaca que a mudança ocorre a partir da idade reprodutiva.
A percepção satisfatória sobre o estado de saúde não sofre alterações apenas de acordo com o gênero. Faixa etária, renda e localização urbana ou rural também interferem na visão que se tem sobre a própria saúde. O percentual de moradores de áreas rurais que avaliam sua saúde como satisfatória é de 75,1%. Nas áreas urbanas, o número sobe para 79,3%.
A análise por faixa de rendimento mostra que entre os de renda inferior a um salário mínimo, 72,7% declararam ter boa saúde. O percentual sobe para 91,6% entre os que dispõem de renda igual ou superior a 20 salários mínimos.
A Pnad 2003 ouviu 384.834 pessoas em 133.255 domicílios. A pesquisa abrange todo o país, com exceção das áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Pnad
Leia o que já foi publicado sobre crise em hospitais
Brasileiros mais doentes têm menos chances de usar o sistema de saúde
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da Folha Online, no Rio
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Saúde 2003 mostra que, apesar da melhora nos serviços de saúde no país nos últimos anos, o sistema é menos acessível para os que mais precisam dele.
"A Pnad mostra claramente que quanto mais doente, menos chances você tem de usar o sistema de saúde", afirma a técnica da Fiocruz convidada para analisar os dados apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Claudia Travassos.
Segundo ela, quanto mais elevada a renda, maiores as chances de acesso ao serviço.
As desigualdades verificadas em recortes de escolaridade ou de renda são visíveis em praticamente todos os aspectos da pesquisa, como auto-avaliação, realização de exames, consultas médicas, odontológicas e adesão a planos de saúde.
Entre os brasileiros mais pobres (com renda de até um salário mínimo), 5,3% avaliaram que tinham saúde "ruim" ou "muito ruim". O percentual entre os brasileiros com renda igual ou superior a 20 salários mínimos cai para 0,8%.
Pesquisa
Apesar da discrepância entre os percentuais, o IBGE destaca que a situação já foi pior. Em 1998, 6,3% entre os mais pobres afirmavam não ter boa saúde. Entre os mais ricos, este resultado era de 1,2%.
No conjunto da população, 78,6% dos 176 milhões de habitantes do país afirmaram que seu estado de saúde era "bom" ou "muito bom".
As mulheres mostram maior preocupação com seu estado de saúde do que os homens. A partir dos 14 anos, elas passam a reportar mais problemas. Travassos destaca que a mudança ocorre a partir da idade reprodutiva.
A percepção satisfatória sobre o estado de saúde não sofre alterações apenas de acordo com o gênero. Faixa etária, renda e localização urbana ou rural também interferem na visão que se tem sobre a própria saúde. O percentual de moradores de áreas rurais que avaliam sua saúde como satisfatória é de 75,1%. Nas áreas urbanas, o número sobe para 79,3%.
A análise por faixa de rendimento mostra que entre os de renda inferior a um salário mínimo, 72,7% declararam ter boa saúde. O percentual sobe para 91,6% entre os que dispõem de renda igual ou superior a 20 salários mínimos.
A Pnad 2003 ouviu 384.834 pessoas em 133.255 domicílios. A pesquisa abrange todo o país, com exceção das áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
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