Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/05/2005 - 10h06

Mesmo com investimento, 16% dos brasileiros nunca foram ao dentista

Publicidade

JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

Os investimentos do governo em programas de saúde bucal já resultaram numa melhora do acesso a programas odontológicos, mas o número de brasileiros que nunca foram ao dentista permanece alto: 27,9 milhões de pessoas, o equivalente a 15,9% da população.

A informação faz parte da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Saúde 2003, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 1998, última edição da pesquisa, 18,7% dos entrevistados nunca haviam ido ao dentista. Apesar dos esforços feitos nos últimos anos, a disparidade entre ricos e pobres no acesso a serviços de saúde bucal ainda é alta.

Enquanto 31% das pessoas com rendimento mensal familiar de até 1 salário mínimo afirmaram nunca ter feito uma consulta odontológica, essa proporção caiu para 3% entre os que tinham rendimento mensal familiar superior a 20 salários mínimos.

A redução no número de pessoas que nunca haviam ido ao dentista foi maior entre os residentes de áreas rurais, cujo percentual passou de 32% para 28%, e na classe de rendimento mensal familiar até um salário mínimo, que passou de 36% para 31%.

A partir de 2003 foi lançada a política nacional de saúde bucal, em 2003 foi lançado o Brasil Sorridente no final de 2003, primeira vez que a política 1,3 bi orçamento, para ter uma idéia da diferença em 2002 57 milhões.

O coordenador nacional de Saúde Bucal do Ministério Saúde, Gilberto Pucca, afirma que na próxima divulgação o número deverá apresentar uma redução drástica. Segundo ele, com o lançamento da política integrada de saúde bucal o país passou a contar com ações coordenadas de prevenção à saúde bucal.

Segundo Pucca, o programa Brasil Sorridente já tem 10 mil equipes de saúde bucal que podem atender quase 60 milhões de brasileiros. Além disso, foram implantados Centros de Especialidades Odontológicas, os chamados CEOs, que oferecem tratamentos específicos como prótese, canal, periodontia e câncer de boca. A meta do Ministério da Saúde é fechar o ano com 400 CEOs. Atualmente, 137 estão em funcionamento.

Segundo Pucca, o Ministério da Saúde está liberando R$ 20 milhões para tratamento com flúor de água do abastecimento público, uma norma prevista em lei desde 1974, mas que somente agora começa a ser cumprida. De acordo com o coordenador, já estão em funcionamento 250 estações de tratamento e até o fim do ano o número deve subir para 500. As estimativas do ministério apontam que nas cidades onde há tratamento da água com flúor a incidência de cáries cai 50%.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Pnad
  • Leia o que já foi publicado sobre crise em hospitais
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página