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26/05/2005
-
21h27
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
Moradores e funcionários públicos municipais aproveitaram o feriado desta quinta-feira para limpar os estragos e estimar os prejuízos provocados em Indaiatuba (102 km de São Paulo) pelo tornado que varreu parte da cidade no início da noite de terça-feira.
Ao menos 30 empresas localizadas no Distrito Industrial da cidade foram parcialmente destruídas pela força do tornado. Segundo a prefeitura, os prejuízos chegam a R$ 97,2 milhões, dos quais R$ 90 milhões foram causados à empresas e indústrias.
Informações iniciais apontavam que, na região, os ventos teriam atingido cerca de 100 km/h. Porém, segundo a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo (RS), o tornado teve classificação, possivelmente, F3 --o que representa ventos entre 251 km/h e 330 km/h.
Das 30 empresas atingidas, 15 ficaram totalmente destruídas, enquanto as demais tiveram parte de seus galpões arrancados pela força dos ventos.
Os moradores aproveitaram o dia de sol e organizaram mutirões para trabalhar na reconstrução de casas e prédios públicos destruídos. Ao menos 400 casas foram destelhadas. "Perdi todos os mantimentos que tinha em casa, além de alguns objetos eletrônicos como rádio e a geladeira. Algumas telhas de casa voaram como papel por causa do tornado", disse a dona-de-casa, Maria da Glória Visconti, 54, moradora do Jardim Renata, em Indaiatuba.
O tornado atingiu os bairros da zona sul da cidade, onde estão localizadas residências de classe média-baixa. As casas da zona norte, onde ficam os bairros considerados de alta classe, não foram atingidas.
"Nunca havia visto um tornado. Foi assustador por causa das explosões e do barulho do vento, que ia aumentando com a aproximação do redemoinho", disse o comerciante Amadeu Albuquerque, 62, que diz ter pedido para sua neta de seis anos se esconder embaixo da cama.
Escolas, postos de saúde e parte da prefeitura também foram destruídas. Os prejuízos nos prédios públicos estão estimados em R$ 6 milhões, segundo a prefeitura, que decretou calamidade pública.
A força do vento também derrubou 18 vagões de trem que estavam estacionados no bairro Pimenta. A energia elétrica foi restabelecida em 99% da cidade no início da madrugada de hoje, depois de quase 30 horas de apagão. No entanto moradores da zona rural da cidade continuavam sem energia hoje à tarde. O abastecimento de água foi normalizado.
Capivari
Em Capivari (135 km de São Paulo), a prefeitura decretou estado de emergência e contabilizou cem pessoas desabrigadas devido às chuvas e ventania que atingiu a cidade na terça.
Uma mulher morreu ao ser atingida por uma viga de madeira. No interior de São Paulo, temporais provocaram outras duas mortes, em Mairinque e Ibiúna.
No bairro Castelani, um dos mais atingidos, moradores limpavam suas casas após a enchente do rio Capivari e seus afluentes.
Em alguns bairros, a previsão era que o abastecimento de água seria normalizado no início desta noite. O vendaval também derrubou 22 postes e dezenas de árvores na cidade. A prefeitura estima os prejuízos em R$ 1 milhão.
O temporal e a ventania também atingiram ao menos outras 15 cidades da região de Campinas (SP), entre elas Itatiba e Sumaré.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre tornados
Indaiatuba estima em R$ 97,2 mi prejuízos provocados por tornado
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da Agência Folha, em Campinas
Moradores e funcionários públicos municipais aproveitaram o feriado desta quinta-feira para limpar os estragos e estimar os prejuízos provocados em Indaiatuba (102 km de São Paulo) pelo tornado que varreu parte da cidade no início da noite de terça-feira.
M.Lopes Jr/Folha Imagem |
Homens observam estragos deixados por tornado |
Informações iniciais apontavam que, na região, os ventos teriam atingido cerca de 100 km/h. Porém, segundo a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo (RS), o tornado teve classificação, possivelmente, F3 --o que representa ventos entre 251 km/h e 330 km/h.
Das 30 empresas atingidas, 15 ficaram totalmente destruídas, enquanto as demais tiveram parte de seus galpões arrancados pela força dos ventos.
Os moradores aproveitaram o dia de sol e organizaram mutirões para trabalhar na reconstrução de casas e prédios públicos destruídos. Ao menos 400 casas foram destelhadas. "Perdi todos os mantimentos que tinha em casa, além de alguns objetos eletrônicos como rádio e a geladeira. Algumas telhas de casa voaram como papel por causa do tornado", disse a dona-de-casa, Maria da Glória Visconti, 54, moradora do Jardim Renata, em Indaiatuba.
O tornado atingiu os bairros da zona sul da cidade, onde estão localizadas residências de classe média-baixa. As casas da zona norte, onde ficam os bairros considerados de alta classe, não foram atingidas.
"Nunca havia visto um tornado. Foi assustador por causa das explosões e do barulho do vento, que ia aumentando com a aproximação do redemoinho", disse o comerciante Amadeu Albuquerque, 62, que diz ter pedido para sua neta de seis anos se esconder embaixo da cama.
Escolas, postos de saúde e parte da prefeitura também foram destruídas. Os prejuízos nos prédios públicos estão estimados em R$ 6 milhões, segundo a prefeitura, que decretou calamidade pública.
A força do vento também derrubou 18 vagões de trem que estavam estacionados no bairro Pimenta. A energia elétrica foi restabelecida em 99% da cidade no início da madrugada de hoje, depois de quase 30 horas de apagão. No entanto moradores da zona rural da cidade continuavam sem energia hoje à tarde. O abastecimento de água foi normalizado.
Capivari
Em Capivari (135 km de São Paulo), a prefeitura decretou estado de emergência e contabilizou cem pessoas desabrigadas devido às chuvas e ventania que atingiu a cidade na terça.
Uma mulher morreu ao ser atingida por uma viga de madeira. No interior de São Paulo, temporais provocaram outras duas mortes, em Mairinque e Ibiúna.
No bairro Castelani, um dos mais atingidos, moradores limpavam suas casas após a enchente do rio Capivari e seus afluentes.
Em alguns bairros, a previsão era que o abastecimento de água seria normalizado no início desta noite. O vendaval também derrubou 22 postes e dezenas de árvores na cidade. A prefeitura estima os prejuízos em R$ 1 milhão.
O temporal e a ventania também atingiram ao menos outras 15 cidades da região de Campinas (SP), entre elas Itatiba e Sumaré.
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