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08/06/2005
-
10h00
da Folha de S.Paulo
As confissões de dependência química feitas pelo ex-goleiro do Santos Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, para justificar seu envolvimento com Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, suposto chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista, não convenceram a polícia.
Segundo o Denarc, Edinho usava a influência do nome do pai em negociações feitas com o grupo.
De acordo com a polícia, Edinho "conversou inúmeras vezes [com Naldinho, apontado como o chefe da quadrilha] sobre formas de investimento do dinheiro", supostamente vindo do tráfico.
O conteúdo das escutas não foi divulgado pelo Denarc. Policiais, no entanto, afirmam que, nas conversas gravadas, Edinho chegou a dizer a Naldinho: "Você entra com dinheiro, e eu entro com o nome do meu pai". O filho de Pelé foi autuado pelo crime de associação para o tráfico --pena de reclusão de três a dez anos.
Segundo o diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, Edinho também mantinha "relação estreita" com outros integrantes da suposta quadrilha.
Os grampos também flagraram, de acordo com Souza, conversas entre o filho de Pelé e Ademir Carlos de Oliveira, o Pezão, que tem passagens por seqüestro e roubo, segundo a polícia.
Nessas conversas, também de acordo com o Denarc, os dois conversariam, "com conhecimento e preocupação com amigos", sobre a guerra entre o PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e o CV (Comando Vermelho), do Rio, na disputa de pontos-de-venda de droga na Baixada Santista. Esse disputa já teria causado a morte de 15 pessoas.
Nas conversas, Edinho também usaria cumprimentos característicos de facção criminosa e falaria sobre armas. O filho de Pelé também freqüentaria os mesmos lugares de membros da quadrilha.
"As escutas mostram negócios entre eles. Mostram um série de conversas, inclusive pertinentes à própria lavagem de dinheiro que o Naldinho fazia. Não estamos acusando inocentes", afirmou o diretor do Denarc.
No total, 20 pessoas foram responsabilizadas pelo Denarc. Desse grupo, 13 foram autuados em flagrante e presos por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. Os outros sete suspeitos vão responder ao processo em liberdade.
Ontem à noite, sete presos foram transferidos para CDPs (Centros de Detenção Provisória) da capital. Naldinho foi um deles. Outros indiciados --entre eles, Edinho--, no entanto, permaneceram no Denarc.
O filho de Pelé ficou nos últimos dois dias em uma sala do departamento, sem algemas. Ele dormiu em um sofá. Por telefone, Edinho conversou com o pai. Ontem, eles se encontraram.
O advogado de Edinho, Sidney Gonçalves, disse ontem à tarde que esperava a chegada dos autos de flagrante à Justiça para pedir a liberdade provisória de seu cliente. "O Edinho não tem nenhum envolvimento com o tráfico de drogas. Ele está doente e precisa se tratar", afirmou o advogado.
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As confissões de dependência química feitas pelo ex-goleiro do Santos Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, para justificar seu envolvimento com Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, suposto chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista, não convenceram a polícia.
Segundo o Denarc, Edinho usava a influência do nome do pai em negociações feitas com o grupo.
J.Araújo/Folha Imagem |
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O ex-jogador Edinho, filho de Pelé |
O conteúdo das escutas não foi divulgado pelo Denarc. Policiais, no entanto, afirmam que, nas conversas gravadas, Edinho chegou a dizer a Naldinho: "Você entra com dinheiro, e eu entro com o nome do meu pai". O filho de Pelé foi autuado pelo crime de associação para o tráfico --pena de reclusão de três a dez anos.
Segundo o diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, Edinho também mantinha "relação estreita" com outros integrantes da suposta quadrilha.
Os grampos também flagraram, de acordo com Souza, conversas entre o filho de Pelé e Ademir Carlos de Oliveira, o Pezão, que tem passagens por seqüestro e roubo, segundo a polícia.
Nessas conversas, também de acordo com o Denarc, os dois conversariam, "com conhecimento e preocupação com amigos", sobre a guerra entre o PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e o CV (Comando Vermelho), do Rio, na disputa de pontos-de-venda de droga na Baixada Santista. Esse disputa já teria causado a morte de 15 pessoas.
Nas conversas, Edinho também usaria cumprimentos característicos de facção criminosa e falaria sobre armas. O filho de Pelé também freqüentaria os mesmos lugares de membros da quadrilha.
"As escutas mostram negócios entre eles. Mostram um série de conversas, inclusive pertinentes à própria lavagem de dinheiro que o Naldinho fazia. Não estamos acusando inocentes", afirmou o diretor do Denarc.
No total, 20 pessoas foram responsabilizadas pelo Denarc. Desse grupo, 13 foram autuados em flagrante e presos por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. Os outros sete suspeitos vão responder ao processo em liberdade.
Ontem à noite, sete presos foram transferidos para CDPs (Centros de Detenção Provisória) da capital. Naldinho foi um deles. Outros indiciados --entre eles, Edinho--, no entanto, permaneceram no Denarc.
O filho de Pelé ficou nos últimos dois dias em uma sala do departamento, sem algemas. Ele dormiu em um sofá. Por telefone, Edinho conversou com o pai. Ontem, eles se encontraram.
O advogado de Edinho, Sidney Gonçalves, disse ontem à tarde que esperava a chegada dos autos de flagrante à Justiça para pedir a liberdade provisória de seu cliente. "O Edinho não tem nenhum envolvimento com o tráfico de drogas. Ele está doente e precisa se tratar", afirmou o advogado.
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