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09/06/2005
-
23h18
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Florianópolis
O nono dia de protestos contra o reajuste da tarifa de ônibus de Florianópolis não chegou a reunir 2.000 pessoas na escadaria da Catedral Metropolitana, no centro da cidade, diante da estimativa dos organizadores de reunir 10 mil pessoas.
A avaliação de público foi de policiais militares que acompanharam a manifestação. O comandante da operação, coronel Mário Simas, não quis fazer uma estimativa. Na semana passada, o maior protesto reuniu cerca de 4.000 pessoas em frente ao principal terminal do centro.
Ao contrário do ocorrido na quinta-feira retrasada --quando houve quebra-quebra e confrontos com a Polícia Militar--, a manifestação era pacífica. Nenhum incidente havia sido registrado.
O acordo fechado entre os organizadores do protesto e o comando da PM foi quebrado quando os estudantes saíram em passeata pelo centro da cidade, interrompendo o trânsito por onde passavam, e tomando as quatro pistas da avenida Paulo Fontes, em frente ao terminal, que virou ponto tradicional dos protestos.
Pelo acerto feito na terça-feira, os estudantes se comprometeram a não obstruir vias de tráfego intenso e a informar a PM das manifestações com antecedência. Em contrapartida, teriam garantia de policiamento para manter a ordem e de que seus líderes não fossem, novamente presos, como ocorreu quando houve confrontos com a PM.
"O que houve foi um pouco de flexibilidade", disse o comandante Simas. "O que eles [participantes do protesto] não podem fazer é interromper as vias vitais, como a ponte [que liga a ilha ao continente]."
Antes de sair em passeata, houve discursos pedindo que o prefeito Dário Berger (PSDB) revogue o decreto que aumentou a passagem em 8,8% no feriado de Corpus Christi, que elevou as tarifas para até R$ 3 nos percursos mais longos da ilha.
Humor
Um grupo de 30 estudantes usou humor para protestar contra a prisão dos líderes e o enquadramento de alguns em inquérito por formação de quadrilha.
Aos pares, manifestantes dançaram ao som de músicas de festa junina e adaptaram a seguinte letra para uma canção: "Pula a catraca, ioiô/ pula a catraca, iaiá/ cuidado para não se queimar/ e olha que a polícia já bateu no meu amor". Provocou risos até nos PMs que guardavam a praça.
"Não faço parte do movimento, mas concordo. Tenho uma faxineira e uma empregada e o aumento da passagem custou para mim também", disse a professora universitária Ilda Livramento, 53. "Os preços [da passagem] estão abusivos e o povo não ganha o suficiente para cobrir esse custo. É muito alto em relação ao salário mínimo", declarou Sérgio Hipólito, 42, da área de vendas, de fora da manifestação.
"Isso está um saco, cara", disse um jovem executivo a outro quando viu a passeata se aproximando da rua Felipe Schimidt. "Como é que eu vou para casa, agora?", perguntou outra transeunte, quando viu que os manifestantes seguiam na mesma direção que ela, para o terminal de ônibus. A concentração em frente não interrompeu o movimento do terminal.
Especial
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Protesto contra aumento de tarifa de ônibus reúne 2.000 em SC
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da Agência Folha, em Florianópolis
O nono dia de protestos contra o reajuste da tarifa de ônibus de Florianópolis não chegou a reunir 2.000 pessoas na escadaria da Catedral Metropolitana, no centro da cidade, diante da estimativa dos organizadores de reunir 10 mil pessoas.
A avaliação de público foi de policiais militares que acompanharam a manifestação. O comandante da operação, coronel Mário Simas, não quis fazer uma estimativa. Na semana passada, o maior protesto reuniu cerca de 4.000 pessoas em frente ao principal terminal do centro.
Ao contrário do ocorrido na quinta-feira retrasada --quando houve quebra-quebra e confrontos com a Polícia Militar--, a manifestação era pacífica. Nenhum incidente havia sido registrado.
O acordo fechado entre os organizadores do protesto e o comando da PM foi quebrado quando os estudantes saíram em passeata pelo centro da cidade, interrompendo o trânsito por onde passavam, e tomando as quatro pistas da avenida Paulo Fontes, em frente ao terminal, que virou ponto tradicional dos protestos.
Pelo acerto feito na terça-feira, os estudantes se comprometeram a não obstruir vias de tráfego intenso e a informar a PM das manifestações com antecedência. Em contrapartida, teriam garantia de policiamento para manter a ordem e de que seus líderes não fossem, novamente presos, como ocorreu quando houve confrontos com a PM.
"O que houve foi um pouco de flexibilidade", disse o comandante Simas. "O que eles [participantes do protesto] não podem fazer é interromper as vias vitais, como a ponte [que liga a ilha ao continente]."
Antes de sair em passeata, houve discursos pedindo que o prefeito Dário Berger (PSDB) revogue o decreto que aumentou a passagem em 8,8% no feriado de Corpus Christi, que elevou as tarifas para até R$ 3 nos percursos mais longos da ilha.
Humor
Um grupo de 30 estudantes usou humor para protestar contra a prisão dos líderes e o enquadramento de alguns em inquérito por formação de quadrilha.
Aos pares, manifestantes dançaram ao som de músicas de festa junina e adaptaram a seguinte letra para uma canção: "Pula a catraca, ioiô/ pula a catraca, iaiá/ cuidado para não se queimar/ e olha que a polícia já bateu no meu amor". Provocou risos até nos PMs que guardavam a praça.
"Não faço parte do movimento, mas concordo. Tenho uma faxineira e uma empregada e o aumento da passagem custou para mim também", disse a professora universitária Ilda Livramento, 53. "Os preços [da passagem] estão abusivos e o povo não ganha o suficiente para cobrir esse custo. É muito alto em relação ao salário mínimo", declarou Sérgio Hipólito, 42, da área de vendas, de fora da manifestação.
"Isso está um saco, cara", disse um jovem executivo a outro quando viu a passeata se aproximando da rua Felipe Schimidt. "Como é que eu vou para casa, agora?", perguntou outra transeunte, quando viu que os manifestantes seguiam na mesma direção que ela, para o terminal de ônibus. A concentração em frente não interrompeu o movimento do terminal.
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