Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/06/2005 - 10h19

Beira-Mar deve continuar em prisão rigorosa em SP

Publicidade

ALEXANDRE HISAYASU
da Folha de S.Paulo

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, deverá permanecer preso na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo), considerada a mais segura e de regime disciplinar mais rigoroso do país.

Isso porque a Corregedoria dos Presídios de São Paulo, que vai julgar se Beira-Mar pode ser transferido a um presídio de regime mais ameno, pedirá uma cópia da investigação da Polícia Federal que descobriu um plano para resgatar o traficante. Com a descoberta, a permanência de Beira-Mar em Presidente Bernardes deverá ser prorrogada.

Além dele, o plano incluía libertar o seqüestrador chileno Maurício Hernandez Norambuena e resgatar e assassinar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Beira-Mar e os demais presos estão no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde o preso sofre várias restrições, como ficar trancado 23 horas por dia na cela.

Por lei, um preso deve ficar, no máximo, seis meses no RDD. Beira-Mar está lá desde fevereiro de 2004. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que o traficante tem de ficar preso em São Paulo, por medida de segurança.

Segundo as investigações da PF, 80 homens do PCC e do CV (Comando Vermelho), do Rio, participariam do resgate. A Folha teve acesso ao relatório. Foi apurado que a quadrilha estava fazendo um levantamento da estrutura da prisão de Presidente Bernardes.

Os criminosos, diz o relatório, usariam um trator ou veículo blindado para arrombar o portão principal. Simultaneamente, ocorreriam rebeliões em ao menos duas outras unidades.

Em liberdade, Beira-Mar fugiria para Assunção, no Paraguai. Norambuena seria integrado ao bando; Marcola deveria ser morto.

No relatório, há ameaças de morte ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.

O secretário diz ter sido avisado da ação há um mês e acionado a Secretaria da Segurança. Ele considerou precipitada a divulgação da investigação, pois impediu identificar todos os envolvidos. O secretário disse sempre ter sido contra a permanência de Beira-Mar no Estado por um período superior a seis meses.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Fernandinho Beira-Mar
  • Leia o que já foi publicado sobre o PCC
  • Leia o que já foi publicado sobre o Comando Vermelho
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página