Publicidade
Publicidade
17/06/2005
-
10h57
AMARÍLIS LAGE
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
A partir do dia 1º de julho, a avenida Paulista, na região central de São Paulo, irá passar por um "teste" urbanístico. Obras mudarão o piso, os pontos de ônibus e as bancas de jornais do quarteirão localizado entre as ruas Teixeira da Silva e Leôncio de Carvalho. No local funcionam o colégio estadual Rodrigues Alves e o Instituto Itaú Cultural.
Trata-se, segundo o presidente da Associação Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, de um protótipo. "Executado o projeto, a população se manifesta e adaptações poderão ser feitas", afirma o arquiteto Nadir Mezerani, contratado pela associação para elaborar o novo conceito da avenida.
A proposta foi endossada ontem pelo prefeito José Serra (PSDB), durante almoço na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), no qual anunciou uma parceria para viabilizar a revitalização completa da avenida, cujo custo é estimado em R$ 5 milhões. "Pedimos a possibilidade de a Fiesp ser parceira da prefeitura na remodelação da Paulista. Ela vai ser uma instituição que pode estimular e coordenar a participação de empresários."
As obras começarão com a modernização das calçadas. "A idéia é usar materiais atualizados, para não ter de quebrar o chão a cada reforma feita por concessionárias [de água, eletricidade e gás, por exemplo] ", disse o subprefeito da Sé e secretário de Serviços, Andrea Matarazzo. "Hoje em dia, com o modelo de mosaico português, a cada vez que se faz uma obra da Sabesp ou da Eletropaulo você nunca mais recupera o piso como era originalmente."
Segundo Mezerani, o novo piso será constituído por placas de cimento e concreto armado que são removíveis. A distância entre as placas será de cerca de 4 mm.
Já os pontos de ônibus e as bancas de jornais, segundo o arquiteto, serão feitos de material transparente. A idéia, diz Mezerani, é "limpar visualmente" a avenida, de modo que não haja uma competição com o visual dos edifícios.
As jardineiras que hoje existem nas calçadas serão retiradas. "Elas têm a função de conduzir as pessoas para a faixa de pedestre, mas aquelas muretas de paralelepípedos não são coerentes com a avenida", disse o arquiteto. Para evitar que as pessoas passem a atravessar fora da faixa de pedestres, o canteiro central da avenida receberá uma vegetação arbustiva.
Se o projeto for estendido nesses moldes a toda a avenida, as obras devem durar oito meses, estima a prefeitura. "A revitalização se faz muito rápido, porque o que nós temos que fazer é uma atualização", explicou Matarazzo.
Para o presidente da Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, a mudança das calçadas pode tanto ter efeitos positivos como negativos. O perigo, diz, é que a maior fluidez de pedestres atraia camelôs. "Será preciso fiscalizar isso."
Mas a expectativa de Neves é que as mudanças gerem uma valorização imobiliária da avenida. "Hoje há muitos terrenos transformados em estacionamentos, com as mudanças, eles serão objetos de novos empreendimentos."
Propaganda
O prefeito também anunciou ontem que deverá retirar as propagandas da região. "Vamos limpar a propaganda indevida. Eu pretendo sancionar um projeto de lei proibindo outdoors e propagandas em toda a região central, que inclui a Paulista".
Mas o projeto original, do vereador Roberto Tripoli (ex-PSDB), restringe os anúncios só no centro histórico da cidade.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Associação Paulista Viva
Leia o que já foi publicado sobre Roberto Tripoli
Serra fará "teste" de reforma na Paulista
Publicidade
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
A partir do dia 1º de julho, a avenida Paulista, na região central de São Paulo, irá passar por um "teste" urbanístico. Obras mudarão o piso, os pontos de ônibus e as bancas de jornais do quarteirão localizado entre as ruas Teixeira da Silva e Leôncio de Carvalho. No local funcionam o colégio estadual Rodrigues Alves e o Instituto Itaú Cultural.
Trata-se, segundo o presidente da Associação Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, de um protótipo. "Executado o projeto, a população se manifesta e adaptações poderão ser feitas", afirma o arquiteto Nadir Mezerani, contratado pela associação para elaborar o novo conceito da avenida.
A proposta foi endossada ontem pelo prefeito José Serra (PSDB), durante almoço na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), no qual anunciou uma parceria para viabilizar a revitalização completa da avenida, cujo custo é estimado em R$ 5 milhões. "Pedimos a possibilidade de a Fiesp ser parceira da prefeitura na remodelação da Paulista. Ela vai ser uma instituição que pode estimular e coordenar a participação de empresários."
As obras começarão com a modernização das calçadas. "A idéia é usar materiais atualizados, para não ter de quebrar o chão a cada reforma feita por concessionárias [de água, eletricidade e gás, por exemplo] ", disse o subprefeito da Sé e secretário de Serviços, Andrea Matarazzo. "Hoje em dia, com o modelo de mosaico português, a cada vez que se faz uma obra da Sabesp ou da Eletropaulo você nunca mais recupera o piso como era originalmente."
Segundo Mezerani, o novo piso será constituído por placas de cimento e concreto armado que são removíveis. A distância entre as placas será de cerca de 4 mm.
Já os pontos de ônibus e as bancas de jornais, segundo o arquiteto, serão feitos de material transparente. A idéia, diz Mezerani, é "limpar visualmente" a avenida, de modo que não haja uma competição com o visual dos edifícios.
As jardineiras que hoje existem nas calçadas serão retiradas. "Elas têm a função de conduzir as pessoas para a faixa de pedestre, mas aquelas muretas de paralelepípedos não são coerentes com a avenida", disse o arquiteto. Para evitar que as pessoas passem a atravessar fora da faixa de pedestres, o canteiro central da avenida receberá uma vegetação arbustiva.
Se o projeto for estendido nesses moldes a toda a avenida, as obras devem durar oito meses, estima a prefeitura. "A revitalização se faz muito rápido, porque o que nós temos que fazer é uma atualização", explicou Matarazzo.
Para o presidente da Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, a mudança das calçadas pode tanto ter efeitos positivos como negativos. O perigo, diz, é que a maior fluidez de pedestres atraia camelôs. "Será preciso fiscalizar isso."
Mas a expectativa de Neves é que as mudanças gerem uma valorização imobiliária da avenida. "Hoje há muitos terrenos transformados em estacionamentos, com as mudanças, eles serão objetos de novos empreendimentos."
Propaganda
O prefeito também anunciou ontem que deverá retirar as propagandas da região. "Vamos limpar a propaganda indevida. Eu pretendo sancionar um projeto de lei proibindo outdoors e propagandas em toda a região central, que inclui a Paulista".
Mas o projeto original, do vereador Roberto Tripoli (ex-PSDB), restringe os anúncios só no centro histórico da cidade.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice