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24/06/2005
-
09h04
AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo
Acostumado a fiscalizar bares e casas de show, o Psiu (Programa de Silêncio Urbano) desta vez constatou irregularidades em um equipamento da própria prefeitura: a fonte multimídia instalada no lago do parque Ibirapuera, um dos símbolos de São Paulo.
O órgão, que é ligado à Secretaria das Subprefeituras, realizou uma vistoria no local no dia 29 de maio, um domingo. Aos fins de semana, a coreografia realizada pelos jatos de água é acompanhada por um repertório musical eclético --que inclui músicas clássicas e populares.
A fiscalização demonstrou que a queixa dos moradores da região procedia: na área, que é residencial, o limite de ruído à noite é de 50 decibéis, mas o índice registrado diante da fonte foi de 83 decibéis. O relatório encaminhado à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente determina: o volume do som na fonte tem de diminuir.
"Recebemos um expediente no qual era dito que ultrapassamos o limite [de decibéis]", disse o chefe-de-gabinete da secretaria, Hélio Neves. O relatório, diz ele, chegou à secretaria na semana passada e foi encaminhado ao Decont (Departamento de Controle e Qualidade Ambiental). "Pedi a eles que avaliassem o laudo do Psiu e realizassem uma medição "in loco". Vamos tomar as medidas cabíveis", disse.
A avaliação, diz Neves, deve ser concluída até a próxima semana. A cabine de som é operada por uma ONG contratada pelo Pão de Açúcar, que doou a fonte.
"Com um leve ajuste --a diminuição do volume ou o reposicionamento das caixas de som--, é possível resolver o problema", afirma o secretário das Subprefeituras, Walter Feldman.
O secretário disse que conversou ontem com a diretoria do Pão de Açúcar e que o problema será solucionado. A reportagem não conseguiu falar com a empresa.
De acordo com a advogada Patrizia Tommasini Coelho, 37, que mora a cerca de 300 metros do lago do parque, os problemas com a fonte multimídia existem desde que ela foi inaugurada, em janeiro de 2004, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade.
"Venho apelando por isso [pela redução do volume] há muito tempo e não recebia resposta da prefeitura", diz Coelho, que é diretora de meio ambiente da Sajep (Sociedade de Amigos dos Jardins Europa e Paulistano). "Esquecem que aqui é uma zona residencial."
Para o deputado estadual Adriano Diogo (PT), secretário do Verde e do Meio Ambiente na gestão anterior, há "um movimento para nos desmoralizar e desmoralizar as fontes, que são um símbolo". Segundo ele, o volume do som na fonte respeitava os limites legais na gestão petista.
A fonte multimídia custou R$ 6 milhões, pagos pelo Pão de Açúcar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autor da idéia de uma fonte no parque, segundo dizia a então prefeita Marta Suplicy, foi o convidado especial da inauguração do equipamento
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Psiu
Leia o que já foi publicado sobre a fonte do Ibirapuera
Psiu reprova som de fonte do Ibirapuera
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da Folha de S.Paulo
Acostumado a fiscalizar bares e casas de show, o Psiu (Programa de Silêncio Urbano) desta vez constatou irregularidades em um equipamento da própria prefeitura: a fonte multimídia instalada no lago do parque Ibirapuera, um dos símbolos de São Paulo.
O órgão, que é ligado à Secretaria das Subprefeituras, realizou uma vistoria no local no dia 29 de maio, um domingo. Aos fins de semana, a coreografia realizada pelos jatos de água é acompanhada por um repertório musical eclético --que inclui músicas clássicas e populares.
Florian Kopp/Folha Imagem |
Fonte do Ibirapuera |
"Recebemos um expediente no qual era dito que ultrapassamos o limite [de decibéis]", disse o chefe-de-gabinete da secretaria, Hélio Neves. O relatório, diz ele, chegou à secretaria na semana passada e foi encaminhado ao Decont (Departamento de Controle e Qualidade Ambiental). "Pedi a eles que avaliassem o laudo do Psiu e realizassem uma medição "in loco". Vamos tomar as medidas cabíveis", disse.
A avaliação, diz Neves, deve ser concluída até a próxima semana. A cabine de som é operada por uma ONG contratada pelo Pão de Açúcar, que doou a fonte.
"Com um leve ajuste --a diminuição do volume ou o reposicionamento das caixas de som--, é possível resolver o problema", afirma o secretário das Subprefeituras, Walter Feldman.
O secretário disse que conversou ontem com a diretoria do Pão de Açúcar e que o problema será solucionado. A reportagem não conseguiu falar com a empresa.
De acordo com a advogada Patrizia Tommasini Coelho, 37, que mora a cerca de 300 metros do lago do parque, os problemas com a fonte multimídia existem desde que ela foi inaugurada, em janeiro de 2004, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade.
"Venho apelando por isso [pela redução do volume] há muito tempo e não recebia resposta da prefeitura", diz Coelho, que é diretora de meio ambiente da Sajep (Sociedade de Amigos dos Jardins Europa e Paulistano). "Esquecem que aqui é uma zona residencial."
Para o deputado estadual Adriano Diogo (PT), secretário do Verde e do Meio Ambiente na gestão anterior, há "um movimento para nos desmoralizar e desmoralizar as fontes, que são um símbolo". Segundo ele, o volume do som na fonte respeitava os limites legais na gestão petista.
A fonte multimídia custou R$ 6 milhões, pagos pelo Pão de Açúcar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autor da idéia de uma fonte no parque, segundo dizia a então prefeita Marta Suplicy, foi o convidado especial da inauguração do equipamento
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