Publicidade
Publicidade
29/09/2000
-
14h22
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Um incêndio destruiu hoje de 15 a 18 barracos e comprometeu a estrutura do viaduto Miguel Mofarrej, na Vila Leopoldina (zona noroeste de São Paulo), que foi interditado pela prefeitura.
O fogo começou por volta das 12h30 de hoje e se espalhou por parte dos 47 barracos debaixo do viaduto. Nenhum dos cerca de 200 moradores do local _entre eles 40 crianças_ ficou ferido, segundo o administrador da Regional da Lapa, Bruno Romanato.
O comandante do 18º Grupamento dos Bombeiros, Afonso Wagner Di Vita, não soube precisar ontem as causas do incêndio. Moradores acreditam que o fogo começou com um curto-circuito na rede elétrica irregular do local.
A favela fica próxima de uma linha de trem e de uma tubulação subterrânea de gás da Comgás, que não foram atingidas pelo incêndio de hoje.
As chamas atingiram principalmente dois pilares do viaduto. Segundo o superintendente de obras da Secretaria Municipal de Vias Públicas, João Bosco Romeiro, funcionários devem entrar hoje à tarde no interior do viaduto para avaliar os danos. "Só assim saberemos quanto tempo vai levar a restauração", disse Romeiro.
A interdição do viaduto é problemática principalmente porque ele faz parte do trajeto de cargas especiais pela cidade (caminhões com mais de 100 toneladas de peso e até seis metros de altura).
O viaduto também é uma ligação de caminhões da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) às rodovias de acesso à cidade.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estava estudando hoje o melhor desvio para esse tipo de transporte. Pelo menos um caminhão com carga especial cruza a cidade por dia.
Com o desvio, a passagem pela cidade _em uma velocidade máxima de 40 km/h_ deve aumentar de dois para quatro dias, segundo o coordenador de transportes especiais da CET, Antônio Tadeu Prestes.
Expulsão
O administrador da regional da Lapa afirmou que a prefeitura tentou retirar as famílias debaixo do viaduto em setembro do ano passado. "Todas as famílias foram intimadas, mas não abandonaram o local."
Mas a prefeitura não ofereceu, na ocasião, um novo local para as famílias reconstruírem as casas. "Oferecemos vagas nos albergues noturnos, mas eles não aceitaram", disse Romanato.
Segundo Sandra Correa Costa, integrante do Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) da Lapa, a transferência para albergues não resolve o problema. "É preciso mandar para um lugar melhor, e não só tirar temporariamente daqui."
Leia mais:
19h19 Moradores que perderam casas em incêndio não sabem para onde vão
13h24 Fogo já está controlado em favela do Ceasa (SP)
13h16 Viaduto que fica em cima da favela incendiada está interditado
13h01 Bombeiros enviam carro-pipa para incêndio na favela Ceasa
12h45 Incêndio destrói favela do Ceasa, na zona oeste de SP
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Incêndio destrói barracos e compromete estrutura de viaduto em SP
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Um incêndio destruiu hoje de 15 a 18 barracos e comprometeu a estrutura do viaduto Miguel Mofarrej, na Vila Leopoldina (zona noroeste de São Paulo), que foi interditado pela prefeitura.
O fogo começou por volta das 12h30 de hoje e se espalhou por parte dos 47 barracos debaixo do viaduto. Nenhum dos cerca de 200 moradores do local _entre eles 40 crianças_ ficou ferido, segundo o administrador da Regional da Lapa, Bruno Romanato.
O comandante do 18º Grupamento dos Bombeiros, Afonso Wagner Di Vita, não soube precisar ontem as causas do incêndio. Moradores acreditam que o fogo começou com um curto-circuito na rede elétrica irregular do local.
A favela fica próxima de uma linha de trem e de uma tubulação subterrânea de gás da Comgás, que não foram atingidas pelo incêndio de hoje.
As chamas atingiram principalmente dois pilares do viaduto. Segundo o superintendente de obras da Secretaria Municipal de Vias Públicas, João Bosco Romeiro, funcionários devem entrar hoje à tarde no interior do viaduto para avaliar os danos. "Só assim saberemos quanto tempo vai levar a restauração", disse Romeiro.
A interdição do viaduto é problemática principalmente porque ele faz parte do trajeto de cargas especiais pela cidade (caminhões com mais de 100 toneladas de peso e até seis metros de altura).
O viaduto também é uma ligação de caminhões da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) às rodovias de acesso à cidade.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estava estudando hoje o melhor desvio para esse tipo de transporte. Pelo menos um caminhão com carga especial cruza a cidade por dia.
Com o desvio, a passagem pela cidade _em uma velocidade máxima de 40 km/h_ deve aumentar de dois para quatro dias, segundo o coordenador de transportes especiais da CET, Antônio Tadeu Prestes.
Expulsão
O administrador da regional da Lapa afirmou que a prefeitura tentou retirar as famílias debaixo do viaduto em setembro do ano passado. "Todas as famílias foram intimadas, mas não abandonaram o local."
Mas a prefeitura não ofereceu, na ocasião, um novo local para as famílias reconstruírem as casas. "Oferecemos vagas nos albergues noturnos, mas eles não aceitaram", disse Romanato.
Segundo Sandra Correa Costa, integrante do Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) da Lapa, a transferência para albergues não resolve o problema. "É preciso mandar para um lugar melhor, e não só tirar temporariamente daqui."
Leia mais:
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice