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06/07/2005
-
19h15
da Folha Online
A juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, da Vara de Diadema (Grande São Paulo), decretou nesta quarta-feira a prisão temporária por 30 dias dos soldados Edson Arão Prudêncio e Renato Pereira dos Santos, acusados de participar da chacina que deixou três mortos da mesma família no Jardim Portinari.
O pedido da prisão foi feito pela Corregedoria da Polícia Militar. Os PMs estão detidos administrativamente na sede da Corregedoria, na avenida Alfredo Maia, na Luz (região central de São Paulo).
O terceiro-sargento da Polícia Militar Ricardo Silva dos Santos, 40, acusado pelas mortes, está foragido desde a noite de segunda-feira, quando ocorreu o crime. Ele teve a prisão decretada pela Justiça ontem.
Chacina
A faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e os filhos dela Eduardo Rodrigues Francisco, 24, e Fábio Rodrigues Francisco, 15, foram mortos no conjunto habitacional onde moravam, em Diadema. O porteiro José Cidônio da Silva, 54, marido de Tereza, levou um tiro no pé, enquanto Alexandre Venâncio Farias, outro filho da faxineira, teve um pulmão perfurado.
O motivo da chacina, segundo vizinhos das vítimas, foi banal: na tarde de segunda-feira, Fábio foi visto por um policial quando estava com a namorada no pátio do condomínio. O PM teria desconfiado de Fábio, que andava com a mão presa na calça. Achando que ele estava armado, o PM o revistou e mandou que ele deitasse no chão. Em seguida, deu um tiro para o alto. Ao ver a cena, Eduardo ameaçou denunciar o policial à Corregedoria. O soldado os liberou.
Por volta das 22h, seis PMs foram à rua onde os dois irmãos moravam. Três deles --incluindo o sargento Santos-- estariam em uma Blazer da Força Tática; os demais, em motos. Segundo as testemunhas, Eduardo foi algemado e estava sendo levado para o carro da PM quando Fábio interveio e recebeu cinco tiros. Em seguida, o policial teria atirado em Eduardo. Os dois morreram na hora.
A mãe, que presenciou o crime, também foi baleada e morreu. Em seguida, um irmão dos garotos e o padrasto saíram de casa e foram feridos a tiros.
A PM afirma que espera localizar logo o sargento. "A corporação não aceita esse tipo de comportamento", disse nesta quarta-feira o chefe do setor de Comunicação Social.
Versão
Os soldados Edson Aarão Prudêncio e Renato Pereira deram outra versão para o fato.
De acordo com a Corregedoria, Prudêncio disse em depoimento que, no momento do crime, estava dentro do carro da polícia quando ouviu diversos disparos. Em seguida, correu para onde o sargento estava e viu o corpo das três vítimas no chão. O soldado disse também que testemunhou Santos fugir com as duas armas que portava --ele ainda derrubou os documentos que carregava durante a fuga.
Prisão
Eduardo Rodrigues Francisco, uma das vítimas, já havia cumprido seis anos de prisão por roubo. Ele, entretanto, não era procurado, segundo informou a Corregedoria.
A Polícia Militar afirma que não há relação entre o crime ocorrido nesta semana e o antecedente criminal da vítima.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre chacinas
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Justiça decreta prisão de mais dois PMs acusados por chacina em SP
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A juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, da Vara de Diadema (Grande São Paulo), decretou nesta quarta-feira a prisão temporária por 30 dias dos soldados Edson Arão Prudêncio e Renato Pereira dos Santos, acusados de participar da chacina que deixou três mortos da mesma família no Jardim Portinari.
O pedido da prisão foi feito pela Corregedoria da Polícia Militar. Os PMs estão detidos administrativamente na sede da Corregedoria, na avenida Alfredo Maia, na Luz (região central de São Paulo).
O terceiro-sargento da Polícia Militar Ricardo Silva dos Santos, 40, acusado pelas mortes, está foragido desde a noite de segunda-feira, quando ocorreu o crime. Ele teve a prisão decretada pela Justiça ontem.
Chacina
A faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e os filhos dela Eduardo Rodrigues Francisco, 24, e Fábio Rodrigues Francisco, 15, foram mortos no conjunto habitacional onde moravam, em Diadema. O porteiro José Cidônio da Silva, 54, marido de Tereza, levou um tiro no pé, enquanto Alexandre Venâncio Farias, outro filho da faxineira, teve um pulmão perfurado.
O motivo da chacina, segundo vizinhos das vítimas, foi banal: na tarde de segunda-feira, Fábio foi visto por um policial quando estava com a namorada no pátio do condomínio. O PM teria desconfiado de Fábio, que andava com a mão presa na calça. Achando que ele estava armado, o PM o revistou e mandou que ele deitasse no chão. Em seguida, deu um tiro para o alto. Ao ver a cena, Eduardo ameaçou denunciar o policial à Corregedoria. O soldado os liberou.
Por volta das 22h, seis PMs foram à rua onde os dois irmãos moravam. Três deles --incluindo o sargento Santos-- estariam em uma Blazer da Força Tática; os demais, em motos. Segundo as testemunhas, Eduardo foi algemado e estava sendo levado para o carro da PM quando Fábio interveio e recebeu cinco tiros. Em seguida, o policial teria atirado em Eduardo. Os dois morreram na hora.
A mãe, que presenciou o crime, também foi baleada e morreu. Em seguida, um irmão dos garotos e o padrasto saíram de casa e foram feridos a tiros.
A PM afirma que espera localizar logo o sargento. "A corporação não aceita esse tipo de comportamento", disse nesta quarta-feira o chefe do setor de Comunicação Social.
Versão
Os soldados Edson Aarão Prudêncio e Renato Pereira deram outra versão para o fato.
De acordo com a Corregedoria, Prudêncio disse em depoimento que, no momento do crime, estava dentro do carro da polícia quando ouviu diversos disparos. Em seguida, correu para onde o sargento estava e viu o corpo das três vítimas no chão. O soldado disse também que testemunhou Santos fugir com as duas armas que portava --ele ainda derrubou os documentos que carregava durante a fuga.
Prisão
Eduardo Rodrigues Francisco, uma das vítimas, já havia cumprido seis anos de prisão por roubo. Ele, entretanto, não era procurado, segundo informou a Corregedoria.
A Polícia Militar afirma que não há relação entre o crime ocorrido nesta semana e o antecedente criminal da vítima.
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