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08/07/2005
-
20h58
da Folha Online
O laudo divulgado nesta sexta-feira pela Polícia Científica de Diadema (Grande São Paulo) revela que as três vítimas da mesma família foram assassinadas com 13 tiros no total. O crime ocorreu na noite da última segunda, no Jardim Portinari.
O terceiro-sargento Ricardo Silva dos Santos, 40, lotado no 24º Batalhão, é suspeito de ter cometido a chacina. Segundo a Corregedoria da Polícia Militar, ele está internado em um hospital na cidade de São Vicente (Baixada Santista) devido a uma cirurgia de urgência no estômago.
De acordo com a perícia, o acusado usou uma pistola .40 e revólver calibre 38 para matar a faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e os filhos dela, Eduardo Rodrigues Francisco, 24, e Fábio Rodrigues Francisco, 15.
A faxineira foi atingida por quatro tiros, enquanto Eduardo levou três e Fábio, seis.
Na quarta-feira (6), a juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, da Vara de Diadema, ordenou a prisão temporária por 30 dias dos soldados Edson Arão Prudêncio, Renato Pereira dos Santos e Sebastião Farias de Pinto, que estariam com o sargento no momento do crime. Eles já estão no presídio Romão Gomes, na zona norte da capital, reservado para policiais militares.
Outros três soldados --Janderson Páscoa Neves, Valmir Rogério Andrade e Daniel Quintino de Oliveira Filho-- estão detidos administrativamente na Corregedoria da PM, na avenida Alfredo Maia, na Luz (região central da capital).
Insubordinação
De acordo com a Corregedoria, Ricardo Silva dos Santos entrou na corporação em 1986 e foi exonerado quatro anos depois por insubordinação. No entanto, voltou a trabalhar na polícia em 1995 após uma ordem judicial. Ele não tinha nenhuma falta grave registrada em seu prontuário.
Depois que deixar o hospital em São Vicente, o sargento será levado para o Hospital Militar da PM, na Água Fria (zona norte de São Paulo) e em seguida ficará detido no presídio Romão Gomes.
Chacina
As vítimas foram mortas no conjunto habitacional onde moravam, em Diadema. O porteiro José Cidônio da Silva, 54, marido de Tereza, levou um tiro no pé, enquanto Alexandre Venâncio Farias, outro filho da faxineira, teve um pulmão perfurado.
O motivo da chacina, segundo vizinhos das vítimas, foi banal: na tarde de segunda-feira, Fábio foi visto por um policial quando estava com a namorada no pátio do condomínio. O PM teria desconfiado de Fábio, que andava com a mão presa na calça. Achando que ele estava armado, o PM o revistou e mandou que ele deitasse no chão. Em seguida, deu um tiro para o alto. Ao ver a cena, Eduardo ameaçou denunciar o policial à Corregedoria. O soldado os liberou.
Por volta das 22h, seis PMs foram à rua onde os dois irmãos moravam. Três deles --incluindo o sargento Santos-- estariam em uma Blazer da Força Tática; os demais, em motos. Segundo as testemunhas, Eduardo foi algemado e estava sendo levado para o carro da PM quando Fábio interveio e recebeu cinco tiros. Em seguida, o policial teria atirado em Eduardo. Os dois morreram na hora.
A mãe, que presenciou o crime, também foi baleada e morreu. Em seguida, um irmão dos garotos e o padrasto saíram de casa e foram feridos a tiros.
Especial
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Laudo revela que vítimas da chacina de Diadema morreram com 13 tiros
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O laudo divulgado nesta sexta-feira pela Polícia Científica de Diadema (Grande São Paulo) revela que as três vítimas da mesma família foram assassinadas com 13 tiros no total. O crime ocorreu na noite da última segunda, no Jardim Portinari.
O terceiro-sargento Ricardo Silva dos Santos, 40, lotado no 24º Batalhão, é suspeito de ter cometido a chacina. Segundo a Corregedoria da Polícia Militar, ele está internado em um hospital na cidade de São Vicente (Baixada Santista) devido a uma cirurgia de urgência no estômago.
De acordo com a perícia, o acusado usou uma pistola .40 e revólver calibre 38 para matar a faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e os filhos dela, Eduardo Rodrigues Francisco, 24, e Fábio Rodrigues Francisco, 15.
A faxineira foi atingida por quatro tiros, enquanto Eduardo levou três e Fábio, seis.
Na quarta-feira (6), a juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, da Vara de Diadema, ordenou a prisão temporária por 30 dias dos soldados Edson Arão Prudêncio, Renato Pereira dos Santos e Sebastião Farias de Pinto, que estariam com o sargento no momento do crime. Eles já estão no presídio Romão Gomes, na zona norte da capital, reservado para policiais militares.
Outros três soldados --Janderson Páscoa Neves, Valmir Rogério Andrade e Daniel Quintino de Oliveira Filho-- estão detidos administrativamente na Corregedoria da PM, na avenida Alfredo Maia, na Luz (região central da capital).
Insubordinação
De acordo com a Corregedoria, Ricardo Silva dos Santos entrou na corporação em 1986 e foi exonerado quatro anos depois por insubordinação. No entanto, voltou a trabalhar na polícia em 1995 após uma ordem judicial. Ele não tinha nenhuma falta grave registrada em seu prontuário.
Depois que deixar o hospital em São Vicente, o sargento será levado para o Hospital Militar da PM, na Água Fria (zona norte de São Paulo) e em seguida ficará detido no presídio Romão Gomes.
Chacina
As vítimas foram mortas no conjunto habitacional onde moravam, em Diadema. O porteiro José Cidônio da Silva, 54, marido de Tereza, levou um tiro no pé, enquanto Alexandre Venâncio Farias, outro filho da faxineira, teve um pulmão perfurado.
O motivo da chacina, segundo vizinhos das vítimas, foi banal: na tarde de segunda-feira, Fábio foi visto por um policial quando estava com a namorada no pátio do condomínio. O PM teria desconfiado de Fábio, que andava com a mão presa na calça. Achando que ele estava armado, o PM o revistou e mandou que ele deitasse no chão. Em seguida, deu um tiro para o alto. Ao ver a cena, Eduardo ameaçou denunciar o policial à Corregedoria. O soldado os liberou.
Por volta das 22h, seis PMs foram à rua onde os dois irmãos moravam. Três deles --incluindo o sargento Santos-- estariam em uma Blazer da Força Tática; os demais, em motos. Segundo as testemunhas, Eduardo foi algemado e estava sendo levado para o carro da PM quando Fábio interveio e recebeu cinco tiros. Em seguida, o policial teria atirado em Eduardo. Os dois morreram na hora.
A mãe, que presenciou o crime, também foi baleada e morreu. Em seguida, um irmão dos garotos e o padrasto saíram de casa e foram feridos a tiros.
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