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12/07/2005 - 22h34

PM transfere sargento acusado de chacina para hospital em São Paulo

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da Folha Online

Acompanhado por uma escolta policial, o terceiro-sargento Ricardo Silva dos Santos, 40, lotado no 24º Batalhão da PM, foi transferido nesta terça-feira para o Hospital Militar da corporação, na Água Fria (zona norte de São Paulo).

Ele é o principal suspeito de ter matado na semana passada a faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e os filhos dela, Eduardo Rodrigues Francisco, 24, e Fábio Rodrigues Francisco, 15. De acordo com o laudo da Polícia Científica de Diadema, eles foram mortos com tiros de uma pistola .40 e um revólver calibre 38.

O sargento estava internado em um hospital de São Vicente (Baixada Santista) se recuperando de uma cirurgia no estômago por causa de uma úlcera. Após deixar o Hospital Militar, ele será transferido para o presídio Romão Gomes, na zona norte da capital, reservado para policiais militares.

A Secretaria da Segurança Pública não revelou o estado de saúde do acusado, que é casado, pai de duas crianças e vivia em Santos (litoral de São Paulo).

Insubordinação

De acordo com a Corregedoria, Ricardo Silva dos Santos entrou na corporação em 1986 e foi exonerado quatro anos depois por insubordinação. No entanto, voltou a trabalhar na polícia em 1995 após uma ordem judicial. Ele não tinha nenhuma falta grave registrada em seu prontuário.

Detidos

Além do sargento, os soldados Edson Arão Prudêncio, Renato Pereira dos Santos, Sebastião Farias de Pinto, Janderson Páscoa Neves, Valmir Rogério Andrade e Daniel Quintino de Oliveira Filho tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada.

Eles estavam com Silva dos Santos no momento da chacina e são acusados de conivência por não tentarem impedir os crimes.

Chacina

As vítimas foram mortas no conjunto habitacional Jardim Portinari, em Diadema. O porteiro José Cidônio da Silva, 54, marido de Tereza, levou um tiro no pé, enquanto Alexandre Venâncio Farias, outro filho da faxineira, teve um pulmão perfurado.

O motivo da chacina, segundo vizinhos das vítimas, foi banal: na tarde do dia 4, Fábio foi visto por um policial quando estava com a namorada no pátio do condomínio. O PM teria desconfiado de Fábio, que andava com a mão presa na calça. Achando que ele estava armado, o PM o revistou e mandou que ele deitasse no chão. Em seguida, deu um tiro para o alto. Ao ver a cena, Eduardo ameaçou denunciar o policial à Corregedoria. O soldado os liberou.

Por volta das 22h, seis PMs foram à rua onde os dois irmãos moravam. Três deles --incluindo o sargento Santos-- estariam em uma Blazer da Força Tática; os demais, em motos. Segundo as testemunhas, Eduardo foi algemado e estava sendo levado para o carro da PM quando Fábio interveio e recebeu cinco tiros. Em seguida, o policial teria atirado em Eduardo. Os dois morreram na hora.

A mãe, que presenciou o crime, também foi baleada e morreu. Em seguida, um irmão dos garotos e o padrasto saíram de casa e foram feridos a tiros.

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