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20/07/2005 - 20h27

Policiais são presos acusados de vender munições a traficantes no Rio

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da Folha Online

A Secretaria de Segurança Pública do Rio divulgou nesta quarta-feira a prisão de dez pessoas --sendo três policiais civis e dois militares-- acusadas de vender munição para traficantes do morro do Turano, no Rio Comprido (zona norte do Rio).

Os suspeitos foram detidos após interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e registros fotográficos feitos pela DRFA (Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis).

Nas casas dos acusados, a polícia apreendeu cerca de 5.000 projéteis
de diversos calibres. De acordo com a secretaria, os policiais civis e militares responsáveis pelos paióis onde estavam os artefatos são suspeitos de terem desviado munição das corporações para negociá-la com traficantes.

"Não os considero policiais, mas sim bandidos travestidos de policiais, que estão sendo devidamente extirpados das corporações porque são capazes até mesmo de vender munição para traficantes", disse Marcelo Itagiba, secretário estadual da Segurança Pública.

Entre os detidos estão os policiais civis Hélio Scielzo Brunet, 63, responsável pelo depósito de munições da DFAE (Delegacia de Fiscalização de Armas e Explosivos); Reinaldo Gimenez Conde, 46, e Jorge Luiz Rosa, 50

Além deles, também foram presos o subtenente Marcos Aurélio dos Santos Ferreira, 45, responsável pela reserva de armamento do 6º Batalhão (Tijuca) da Polícia Militar, e o sargento José Carlos Rodrigues Barcelos.

Os outros suspeitos foram identificados como Cláudio Fontes, o Coroa, 56; Maria das Graças Gonçalo de Brito, 47; Roberto Gimenez Conde, 49; Fernando Costa Santos, 26; e Nary Homero Rossi, 78.

A ação faz parte da operação "Navalha na Carne", que já prendeu mais de 190 policiais civis e militares envolvidos em crimes desde fevereiro deste ano.

Medidas

Para coibir a venda de munição restrita, Itagiba informou que fechou convênio com a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). "Toda munição comprada terá nos estojos dos projéteis uma numeração com informações codificadas sobre os lotes a que pertencem e a que batalhões e delegacias foram enviadas".

O chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, determinou uma investigação referente ao fornecimento de munição. Segundo ele, foi constatada a ausência de 10 mil munições, sem registro de saída.

"Determinei à Corregedoria de Polícia Civil a instauração de uma sindicância sumária para apurar o desvio e o possível envolvimento de outros policiais", comentou.

Especial
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