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25/07/2005 - 10h32

Parceria propõe novo parque para cavernas

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AFRA BALAZINA
da Folha de S.Paulo

Para controlar melhor a visitação das cerca de 30 cavernas que ficam fora do Petar (Parque Estadual do Alto do Ribeira), em Iporanga (SP), a prefeitura pretende criar uma área verde municipal com um total de 4.600 hectares.

Um córrego que corta o Petar, que concentra 250 cavernas usadas em pesquisas geológicas, remanescentes de mata atlântica e animais em extinção, está contaminado por chumbo. Em maio, uma caixa de contenção de rejeitos foi atingida por um deslizamento, e mais material tóxico pode ter caído nas águas, como revelou a Folha ontem.

O excesso de chumbo no sangue pode causar problemas neurológicos e renais, entre outros.

Para proteger essas cavernas e a vegetação que não estão na área do Petar, uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica e a prefeitura já solicitou recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente para o parque municipal.

Segundo o secretário municipal Vamir dos Santos, responsável pela área ambiental e de turismo, a intenção é que o local vire unidade de conservação de uso sustentável. Dessa forma, cerca de 30 famílias não precisariam ser removidas. A implantação permitirá a criação de uma estrada-parque com 8 km, que pode ser fechada, controlando o acesso.

O município de Iporanga conta hoje com 20 pousadas e cinco campings. A população está metade na zona rural. O Petar tem 75% de seu território na cidade e os outros 25% em Apiaí. Recebe cerca de 30 mil turistas ao ano.

A região do Vale do Ribeira é bastante carente. E um dos grandes problemas é a ação dos palmiteiros. Segundo o prefeito Ariovaldo da Silva Pereira (PMDB), são registradas ao menos 30 ocorrências por mês de corte clandestino de palmito na cidade.

Para tentar diminuir essas ações, ele criou um projeto de doação de mudas de palmito pupunha às famílias carentes.

"Queremos doar um total de 1 milhão de mudas até o fim do mandato. Até agora, doamos 20 mil para a população quilombola de Praia Grande", diz Pereira.

Segundo ele, a população tem consciência de que é crime ambiental retirar o palmito, mas muitas vezes o faz por necessidade. "No médio prazo, poderemos cobrar uma fiscalização rigorosa. Mas precisamos dar alternativas para a população da zona rural."

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