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26/07/2005 - 10h00

Cartão com prisão de Saddam é alvo da Promotoria

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da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

O Ministério Público Estadual vai pedir na Justiça a proibição da venda, pela Telefônica, de 200 mil cartões telefônicos com imagem da prisão do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein pelos EUA.

Edson Silva/Folha Imagem
Cartão que, para promotor, estimula violência
Cartão que, para promotor, estimula violência
O promotor Marcelo Pedroso Goulart, da Promotoria da Infância e da Juventude de Ribeirão Preto (314 km de SP), que recebeu a representação, afirmou que o cartão é prova suficiente para encaminhar o caso.

Segundo ele, o cartão divulga mensagem parcial e duvidosa porque não há provas de que o ex-ditador estimulasse ou praticasse terrorismo, como deixam a entender os dizeres do cartão.

Goulart diz ainda que o cartão apóia "a condenável Doutrina Bush [do presidente norte-americano George W. Bush]" e estimula a violência.

"A mensagem e a respectiva ilustração difundem direta ou subliminarmente meios violentos, como a intervenção militar, para a solução de questões que envolvam as relações internacionais", afirma o promotor Goulart.

A empresa afirmou, em nota, que não vai comentar a possibilidade de ser acionada na Justiça pela venda dos cartões. "A Telefônica aguarda uma possível manifestação do Ministério Público para esclarecer os questionamentos", diz a nota enviada à Folha.

A ação ocorre por denúncia do publicitário Djalma Batigalhia, que comprou o cartão em uma banca de jornais na sexta-feira.

O cartão mostra o ex-ditador de barba, à frente de dois soldados norte-americanos armados. É uma referência à prisão de Saddam, em dezembro de 2003, num esconderijo próximo à sua cidade natal, em Tikrit. Um pequeno texto no verso do cartão, intitulado "História", aponta o ex-ditador como "cúmplice do terrorismo contra os EUA". Diz, ainda, que a Guerra do Iraque, também em 2003, teve o objetivo de tirar Saddam do poder.

O publicitário disse que o cartão propaga a intolerância racial e que, em conseqüência disso, deve ter a comercialização proibida.

Especial
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