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28/07/2005 - 23h08

Pais de vítima de abuso e colega podem receber proteção policial

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da Folha Online

Os pais da menina de 12 anos que acusa Gaby Boulos, 27, de tê-la violentado sexualmente, e de um amigo dela, de 13, podem ser incluídos no Programa de Proteção à Testemunha do Estado.

Dois homens vestidos de terno teriam visitado as famílias, que vivem no mesmo imóvel, na última segunda-feira, e pedido para "ver as crianças". Depois de ver a menina e seu amigo, os dois teriam deixado o local, em um carro importado.

Segundo o promotor de Justiça Marcelo Luiz Baroni, em seu relato, os pais disseram que a dupla identificou-se como sendo da polícia, mas apresentou somente RGs como comprovação. O caso ainda deverá ser investigado e a inclusão dos pais, submetida a uma análise.

Boulos foi reconhecido pessoalmente nesta quinta-feira, pela menina e o amigo. Ele está preso, em caráter preventivo, desde ontem, quando entregou-se à Justiça no fórum criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).

De acordo com a polícia, a menina relatou que jogava malabares com o amigo em um semáforo, para ganhar dinheiro, quando um homem os convenceu a entrar no carro, um Peugeot cinza, para comer um lanche. Após rodar um tempo, o motorista mandou o garoto descer e seguiu com a menina.

Ela foi violentada no carro durante quase uma hora e, em seguida, ainda segundo a polícia, abandonada em frente a um restaurante da região. A menina foi socorrida pelo manobrista do restaurante, a quem ditou a placa do carro, que disse ter decorado.

Denúncia oferecida pelo Ministério Público o acusa de atentado violento ao pudor e cárcere privado. Um laudo emitido pelo Hospital Pérola Byington confirmou que a menina sofreu atentado violento ao pudor.

"O criminoso praticou sexo anal com a vítima, entre outros atos libidinosos. as declarações da menina em seu depoimento coincidem com a conclusão dos médicos", disse o delegado Antônio Chaves Martins Fontes, diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária.

Testemunha

O manobrista Omar dos Santos, que trabalha no restaurante onde a menina foi deixada, confirmou que ela saiu de um Peugeot cinza, por volta das 23h.

O funcionário não gravou a placa do veículo e disse que não pôde ver a pessoa que estava ao volante porque o carro tinha vidro escuro. Santos contou que a menina chorava muito e dizia ter sido estuprada.

Reconhecimento

O primeiro pedido de prisão de Boulos, de acordo com o delegado Antônio Chaves Martins Fontes, feito há uma semana, foi indeferido pela Justiça por falta de provas.

Na manhã seguinte, porém, a polícia conseguiu uma foto de Boulos e a apresentou às crianças, que o apontaram como o motorista do carro. De acordo com o pai do garoto de 13 anos, apesar de terem sido mostradas diversas fotos de pessoas diferentes, as crianças não tiveram dúvida.

Boulos mora em uma casa de alto padrão, no Morumbi. A polícia não soube dizer sua atividade profissional.

Obstáculo à investigação

O juiz Fabio Aguiar Munhoz Soares, do Dipo, considerou que Boulos colocou "obstáculos ao prosseguimento da investigação", pois permaneceu foragido durante aproximadamente uma semana.

O suspeito, de acordo com o magistrado, não atendeu aos chamados da polícia para se apresentar, "como seria natural caso não tivesse qualquer relação com os fatos narrados". Para a Polícia Civil, ele é suspeito de ter cometido os crimes de atentado violento ao pudor, seqüestro e cárcere privado.

O carro supostamente usado no crime foi apresentado por advogados da família ao Instituto de Criminalística (IC) quase 40 horas após o fato. O Peugeot passará por perícia. Segundo Fontes, mesmo que o veículo tenha sido lavado, o procedimento pode não ter eliminado possíveis provas.

Com Folha de S.Paulo

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