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11/08/2005
-
10h59
da Folha Online
O Corpo de Bombeiros segue nesta quinta-feira os trabalhos de procura de mais uma possível vítima que estaria no prédio de quatro andares que desabou parcialmente ontem, em Içara (230 km de Florianópolis). No local, funcionava uma agência dos Correios. O imóvel está localizado na rua São Donato, região central da cidade.
Segundo o tenente-coronel da Polícia Militar Valter Cimolim, que comanda a operação, um homem identificado como Nivaldo Fernandes está desaparecido. Ele havia estacionado o carro em frente ao prédio e foi visto por testemunhas no local.
Uma empresa especialista em demolição de imóveis foi chamada para ajudar nas buscas. A parte frontal do edifício será demolida com uso de britadeiras, maçaricos e alicates mecânicos para ajudar na remoção dos escombros. Desde ontem, os bombeiros utilizam macacos hidráulicos para levantar os entulhos.
Na manhã de ontem, os bombeiros chegaram a entrar em contato com um sobrevivente por meio de um celular --ele foi resgatado, mas não teve o nome divulgado.
Todos os apartamentos estavam vazios para locação. Só havia movimentação no térreo, onde funcionava a agência.
Suspeitas
De acordo com Cimolim, alguns funcionários dos Correios que sobreviveram disseram extra-oficialmente que o prédio apresentava rachaduras e tinha infiltrações --inicialmente, os bombeiros falaram que o imóvel não apresentava problemas.
As fortes chuvas que atingem o município de Içara desde a tarde de sábado podem ter ajudado para o enfraquecimento das estruturas do edifício. Uma falha na execução do projeto do prédio também não foi descartada.
No entanto, a polícia técnica fará, em conjunto com o Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de Santa Catarina, uma vistoria para apurar as causas do acidente.
A atuação de um ciclone extratropical que causou ventos de aproximadamente 100 km/h também foi descartada. O fenômeno destelhou casas, derrubou árvores, provocou deslizamentos de terra e deixou regiões da Grande Florianópolis (SC) sem energia elétrica.
Vítimas
O acidente ocasionou a morte de duas clientes, identificadas como Nádia Borges, 37, e Pedra Borges de Souza, 57, além de Mário de Ávila, 49, gerente da agência.
Outras dez pessoas foram retiradas dos escombros com ferimentos, mas não correm risco de morte. Elas foram levadas para o Hospital São Donato, que fica na mesma rua do prédio, e para o Hospital São José, localizado na cidade de Criciúma.
Vistoria regular
Segundo o secretário de Obras de Içara, Arnaldo Lodetti Júnior, o prédio seguiu todas as normas para sua execução.
Lodetti diz que ele possuía alvará e a certidão de Habite-se --documento que atesta que o imóvel foi construído de acordo com as exigências da prefeitura.
O edifício foi erguido em setembro de 1999 e, segundo o secretário, não apresentou nenhuma irregularidade. A vistoria técnica era realizada anualmente.
O secretário afirma que o construtor, de nome João da Silva, realizou diversos projetos na cidade. Ele não foi localizado.
Apesar de parte do município estar situada no litoral (são cerca de 20 km de praias), o secretário diz que o terreno do local onde está o edifício não é arenoso.
O município de Içara tem pouco mais de 50 mil habitantes e é conhecido como a "capital do mel" no país. Nas ruas, além das placas de sinalização com o brasão da apicultura, há telefones públicos em forma de abelha.
Com Agência Folha
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
Bombeiros procuram possível vítima sob escombros de prédio em SC
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O Corpo de Bombeiros segue nesta quinta-feira os trabalhos de procura de mais uma possível vítima que estaria no prédio de quatro andares que desabou parcialmente ontem, em Içara (230 km de Florianópolis). No local, funcionava uma agência dos Correios. O imóvel está localizado na rua São Donato, região central da cidade.
Guto Kuerten/Folha Imagem |
Bombeiros mantêm trabalho de buscas a possíveis vítimas |
Uma empresa especialista em demolição de imóveis foi chamada para ajudar nas buscas. A parte frontal do edifício será demolida com uso de britadeiras, maçaricos e alicates mecânicos para ajudar na remoção dos escombros. Desde ontem, os bombeiros utilizam macacos hidráulicos para levantar os entulhos.
Na manhã de ontem, os bombeiros chegaram a entrar em contato com um sobrevivente por meio de um celular --ele foi resgatado, mas não teve o nome divulgado.
Todos os apartamentos estavam vazios para locação. Só havia movimentação no térreo, onde funcionava a agência.
Suspeitas
De acordo com Cimolim, alguns funcionários dos Correios que sobreviveram disseram extra-oficialmente que o prédio apresentava rachaduras e tinha infiltrações --inicialmente, os bombeiros falaram que o imóvel não apresentava problemas.
As fortes chuvas que atingem o município de Içara desde a tarde de sábado podem ter ajudado para o enfraquecimento das estruturas do edifício. Uma falha na execução do projeto do prédio também não foi descartada.
No entanto, a polícia técnica fará, em conjunto com o Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de Santa Catarina, uma vistoria para apurar as causas do acidente.
A atuação de um ciclone extratropical que causou ventos de aproximadamente 100 km/h também foi descartada. O fenômeno destelhou casas, derrubou árvores, provocou deslizamentos de terra e deixou regiões da Grande Florianópolis (SC) sem energia elétrica.
Vítimas
O acidente ocasionou a morte de duas clientes, identificadas como Nádia Borges, 37, e Pedra Borges de Souza, 57, além de Mário de Ávila, 49, gerente da agência.
Outras dez pessoas foram retiradas dos escombros com ferimentos, mas não correm risco de morte. Elas foram levadas para o Hospital São Donato, que fica na mesma rua do prédio, e para o Hospital São José, localizado na cidade de Criciúma.
Vistoria regular
Segundo o secretário de Obras de Içara, Arnaldo Lodetti Júnior, o prédio seguiu todas as normas para sua execução.
Lodetti diz que ele possuía alvará e a certidão de Habite-se --documento que atesta que o imóvel foi construído de acordo com as exigências da prefeitura.
O edifício foi erguido em setembro de 1999 e, segundo o secretário, não apresentou nenhuma irregularidade. A vistoria técnica era realizada anualmente.
O secretário afirma que o construtor, de nome João da Silva, realizou diversos projetos na cidade. Ele não foi localizado.
Apesar de parte do município estar situada no litoral (são cerca de 20 km de praias), o secretário diz que o terreno do local onde está o edifício não é arenoso.
O município de Içara tem pouco mais de 50 mil habitantes e é conhecido como a "capital do mel" no país. Nas ruas, além das placas de sinalização com o brasão da apicultura, há telefones públicos em forma de abelha.
Com Agência Folha
Especial
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