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02/10/2000 - 17h39

Para Colasuonno, todos que defenderam Pitta tiveram prejuízo

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MILENA BUOSI
da Folha Online

O vereador Miguel Colasuonno (PMDB) afirmou hoje que todos os vereadores que defenderam o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), saíram prejudicados nas eleições. Colasuonno obteve 10.405 votos e não conseguiu se reeleger.

Nas eleições de 1996, o vereador recebeu 65 mil votos. Ao assumir pela primeira vez uma cadeira na Câmara Municipal, em 1992, obteve 34 mil votos.

Entre os prejudicados pelo apoio a Pitta estão Brasil Vita (PPB), que não foi reeleito, Wadih Mutran (PPB)_ que apesar de garantir lugar na Câmara obteve apenas 22.570 votos contra os 58.050 em 1996_, além, é claro, do próprio Colasuonno. Os três ficaram conhecidos como a "tropa de choque" de Pitta.

Colasuonno afirmou que foi mal interpretado pelo eleitorado ao apoiar o prefeito, principalmente durante a votação do impeachment. "Sempre defendi o princípio fundamental de que, para condenar alguém, tem que ter provas, não indícios. A opinião pública ficou confundida", disse. "Talvez tenha sido ingênuo."

O vereador também culpou o PT. "A grande maioria da população ficou com uma imagem errada, que o PT distribuiu. Diziam: 'Ele não quer fazer, ele não quer fazer'. Todo mundo que apoiou (Pitta) teve um certo prejuízo, menos o PT, que bolou o plano e teve lucro".

Ao perceber a "má interpretação" do eleitorado, o vereador afirmou que chegou a mudar sua estratégia de campanha e passou a dedicar-se mais ao corpo-a-corpo.

Modelo PT

Colasuonno disse que a renovação de 50% de vereadores na Câmara ocorreu devido ao "sucesso do modelo PT". "Eles agiram mercadologicamente bem. Quem discute corrupção sempre se dá bem", afirmou. O PT é o partido que obteve a maior bancada na Casa: 16 vereadores.

Questionado sobre os motivos dos governistas não terem utilizado o tema da corrupção para as eleições, o vereador respondeu: "Dormimos no ponto".

Colasuonno, 61, é economista, professor e empresário. Ele iniciou a carreira política em 1971, quando foi secretário estadual do Planejamento. Foi prefeito de São Paulo de 1973 a 1976 e, um ano depois, tornou-se assessor econômico da Presidência da República. Voltou a São Paulo em 1986, onde foi presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo. Em 1992 foi eleito vereador pelo PPB e reeleito em 1996.

Após a derrota nessas eleições, Colasuonno voltará a dar aulas na USP e na universidade Mackenzie, além de se dedicar a sua fábrica de materiais de arquitetura e desenho. "A melhor coisa é dar um tempo, depois decidirei sobre candidatura. Com a experiência que tenho, não gostaria de deixar a política", disse.

E-mail: mbuosi@folhasp.com.br

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