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20/08/2005 - 11h29

Presos por tráfico citam Ronaldo em escuta

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da Folha de S.Paulo, no Rio

Escuta telefônica de conversas de dois jovens de classe média de Niterói, presos sob acusação de traficar ecstasy pela internet, mostra comentários sobre uma festa na casa do atacante Ronaldo, da seleção e do Real Madrid, envolvendo consumo de drogas e sexo entre grupos. A escuta foi feita com autorização judicial.

Foram grampeados Tiago Tauil, 23, e Amon Lemos, 19, irmão da apresentadora de TV Lívia Lemos, ex-namorada de Ronaldo.

Os dois foram presos em julho, acusados de integrar uma quadrilha de dez rapazes --sendo cinco universitários-- do Rio de Janeiro, Niterói e Búzios que vendia ecstasy, skank, LSD e metanfetaminas em festas e na internet.

No grampo, Amon diz que Ronaldo seria um freguês em potencial para a quadrilha liderada por eles.

"Dá pra gente fazer um dinheiro nele", disse Amon ao cúmplice, segundo um dos investigadores relatou à Folha.

A escuta foi feita em maio, no mesmo período em que Ronaldo separou-se da modelo Daniella Cicarelli. O delegado Luiz Marcelo Xavier disse que poderá convocar Ronaldo para depor, mas que ainda está pensando no caso.

O assessor de imprensa de Ronaldo, Paulo Júlio Clement, disse que o atacante está à disposição se a polícia entender que ele pode ajudar na investigação. Mas afirma ser comum pessoas usarem o nome de celebridades indevidamente. Ele espera, segundo o assessor, ser intimado como testemunha, já que bandidos são os que foram presos, não ele.

Pode haver também citação a Ronaldo, segundo investiga a polícia, em grampo da Polinter no radiocomunicador do traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, chefe das drogas na Rocinha. Na escuta, um homem identificado como Negão fala com Bem-Te-Vi sobre a ida ao morro de um jogador, que ele identifica como R-9, a mesma expressão usada pela Nike em linha de produtos ligados a Ronaldo.

"Já tá aqui em frente ao Fashion Mall... Bill, tu ligou no papo? O R-9?", diz Negão. "Tô ligado, manda esperar", diz Bem-Te-Vi. "Então, desce logo. O cara já está pertinho. Quer que eu vá até aí te buscar? O amigo está perguntando onde quer que eu leve ele?", pergunta Negão. "Lá na associação [de moradores]", responde Bem-Te-Vi.

A Polinter ouviu ontem o pagodeiro Gérson Dupan, do grupo Kiloucura, que também aparece em escutas telefônicas conversando com Bem-Te-Vi.
Dupan disse que fazia shows na Rocinha e manteve contatos com Bem-Te-Vi, pois o traficante contratou o grupo várias vezes.

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