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02/10/2000
-
21h33
da Folha de S.Paulo
Com 28 segundos no horário eleitoral na TV e alguns outdoors pela cidade, a candidata do Prona, Havanir Tavares de Almeida Nimtz, 47, teve a segunda maior votação para Câmara Municipal de São Paulo: 87.358 votos.
Derrotada nas eleições para vereador (92), deputado federal (94 e 98) e prefeito (96), ela diz que chegou o momento do Prona. Havanir sabe, entretanto, que tem pela frente a tarefa de limpar o nome do partido, cujo vereador, Osvaldo Enéas (para quem ela trabalhou), esteve envolvido em denúncias da máfia dos fiscais.
Folha - Quando a senhora entrou para a política?
Havanir Tavares de Almeida Nimtz - Em 89, quando conheci o doutor Enéas (Ferreira Carneiro, candidato pelo Prona a prefeito). Fui conhecendo os ideais do Prona, acreditando neles. Me filiei e sou presidente estadual desde 97.
Folha - Era esperada essa votação?
Havanir - Não. Foi além das nossas expectativas. Foi muito gratificante porque eu consegui mostrar que o Prona existe de fato e tem uma mensagem forte que conquista a população simplesmente por meio de um programa eleitoral de alguns segundos.
Folha - A que a sra. atribui a votação expressiva?
Havanir - Nós aparecemos na televisão como representantes do que existe aí. Somos completamente contra a corrupção que houve na Câmara, não acreditamos que a simbiose incestuosa entre prefeito e vereador leve a alguma coisa. Nós mostramos uma opção. O eleitor viu e acreditou.
Folha - O Enéas ajudou?
Havanir - Sem dúvida. A minha carreira política devo exclusivamente ao doutor Enéas.
Folha - Quais vão ser as suas prioridades na Câmara?
Havanir - Tenho autoridade plena para atuar nas áreas da saúde e da educação porque vivo esses problemas. Penso muito na educação de base, em colocar a criança numa escola pública de qualidade. Não defini como vou agir ainda, vou sentar com minha assessoria técnica e estudar as questões mais emergenciais.
Folha - O Prona é visto como um partido de extrema direita. Como a sra. se classifica politicamente?
Havanir - Não existe mais direita e esquerda. Existe, sim, entreguismo e nacionalismo, e o Prona é nacionalista, quer o melhor para nossa pátria.
Folha - O partido já pensa em apoiar alguém no segundo turno?
Havanir - A diretoria está estudando o assunto, e a palavra final será dada pelo doutor Enéas.
Folha - Como a sra. pretende mudar a imagem do Prona depois do envolvimento do Osvaldo Enéas em denúncias de corrupção?
Havanir - O candidato, quando é eleito, torna-se independente. Nós orientávamos, mas não tínhamos como mandar ele fazer ou não algo. Vamos ter que informar abertamente à população que o vereador nunca esteve realmente conosco. Era um exemplo típico de clonagem eleitoral, uma farsa ambulante que só serviu para manchar o partido.
Clique aqui para ler mais notícias sobre a renovação na Câmara de São Paulo
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Havanir, 2ª mais votada para Câmara de SP, já sofreu 3 derrotas
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Com 28 segundos no horário eleitoral na TV e alguns outdoors pela cidade, a candidata do Prona, Havanir Tavares de Almeida Nimtz, 47, teve a segunda maior votação para Câmara Municipal de São Paulo: 87.358 votos.
Derrotada nas eleições para vereador (92), deputado federal (94 e 98) e prefeito (96), ela diz que chegou o momento do Prona. Havanir sabe, entretanto, que tem pela frente a tarefa de limpar o nome do partido, cujo vereador, Osvaldo Enéas (para quem ela trabalhou), esteve envolvido em denúncias da máfia dos fiscais.
Folha - Quando a senhora entrou para a política?
Havanir Tavares de Almeida Nimtz - Em 89, quando conheci o doutor Enéas (Ferreira Carneiro, candidato pelo Prona a prefeito). Fui conhecendo os ideais do Prona, acreditando neles. Me filiei e sou presidente estadual desde 97.
Folha - Era esperada essa votação?
Havanir - Não. Foi além das nossas expectativas. Foi muito gratificante porque eu consegui mostrar que o Prona existe de fato e tem uma mensagem forte que conquista a população simplesmente por meio de um programa eleitoral de alguns segundos.
Folha - A que a sra. atribui a votação expressiva?
Havanir - Nós aparecemos na televisão como representantes do que existe aí. Somos completamente contra a corrupção que houve na Câmara, não acreditamos que a simbiose incestuosa entre prefeito e vereador leve a alguma coisa. Nós mostramos uma opção. O eleitor viu e acreditou.
Folha - O Enéas ajudou?
Havanir - Sem dúvida. A minha carreira política devo exclusivamente ao doutor Enéas.
Folha - Quais vão ser as suas prioridades na Câmara?
Havanir - Tenho autoridade plena para atuar nas áreas da saúde e da educação porque vivo esses problemas. Penso muito na educação de base, em colocar a criança numa escola pública de qualidade. Não defini como vou agir ainda, vou sentar com minha assessoria técnica e estudar as questões mais emergenciais.
Folha - O Prona é visto como um partido de extrema direita. Como a sra. se classifica politicamente?
Havanir - Não existe mais direita e esquerda. Existe, sim, entreguismo e nacionalismo, e o Prona é nacionalista, quer o melhor para nossa pátria.
Folha - O partido já pensa em apoiar alguém no segundo turno?
Havanir - A diretoria está estudando o assunto, e a palavra final será dada pelo doutor Enéas.
Folha - Como a sra. pretende mudar a imagem do Prona depois do envolvimento do Osvaldo Enéas em denúncias de corrupção?
Havanir - O candidato, quando é eleito, torna-se independente. Nós orientávamos, mas não tínhamos como mandar ele fazer ou não algo. Vamos ter que informar abertamente à população que o vereador nunca esteve realmente conosco. Era um exemplo típico de clonagem eleitoral, uma farsa ambulante que só serviu para manchar o partido.
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