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27/08/2005
-
10h45
FABIO SCHIVARTCHE
da Folha de S.Paulo
Das altas rodas da sociedade para o olho da rua. Esse pode ser o destino da ex-primeira-dama de São Paulo Nicéa Camargo. Ela sofre uma ação de cobrança por taxas de condomínio não pagas que caminha para seu despejo do apartamento que no passado dividiu com o ex-marido Celso Pitta, prefeito entre 1997 e 2000.
No início deste mês, a Justiça paulista determinou a penhora do apartamento de 400 m2 localizado nos Jardins, bairro de classe alta da capital. O juiz Márcio Teixeira Laranjo, da 24ª Vara Cível de São Paulo, determinou que se faça um levantamento para o perito judicial e para a designação de uma data para o leilão, não marcado até agora. Ainda cabe recurso judicial em segunda instância.
Na ação, o edifício São Miguel cobra uma dívida que, segundo Nicéa, passa de R$ 75 mil. Ela confirma o débito e explica por que não pagou por cinco anos o condomínio de R$ 1.200, que ela considera extremamente alto.
"Meu ex-marido não pagou minha pensão completa e nossos bens estão bloqueados pela Justiça [Pitta é suspeito de ter desviado recursos de contratos públicos durante sua gestão]. Eu não tinha como pagar esse condomínio."
Nicéa ganhou destaque na mídia no início de 2000, meses depois de romper com o ex-marido. Na época, ela fez acusações de irregularidades durante a gestão dele e que envolveriam também o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), padrinho político de Pitta. Nicéa chegou a viajar para os Estados Unidos e para a Suíça para ajudar o Ministério Público com informações sobre contas que o casal teria mantido naqueles países.
A ex-primeira-dama também acusou Pitta de ter comprado votos de vereadores para impedir a abertura de um processo de impeachment contra ele.
Tanto Maluf quanto Pitta negaram as acusações. Maluf até abriu um processo contra Nicéa, que foi condenada em primeira instância, em junho, a pagar indenização. O casal Pitta se separou judicialmente em agosto de 2003.
Vão-se os anéis
Com os bens bloqueados, a ex-primeira-dama afirma que foi obrigada a se desfazer até de jóias da família para sobreviver.
"Vão-se os anéis, ficam os dedos. Minha dignidade não foi embora com as jóias que estavam penhoradas e perdi. Mas não me envergonho. Dentro dessa podridão de corrupção que vemos agora no país, essa minha situação delicada é uma prova de que não entrei no esquema", afirma.
Após 32 anos de casamento, denúncias, acusações e constantes ameaças de morte que ela diz sofrer até hoje, Nicéa, 58, afirma que só quer dividir os bens com o ex-marido e levar sua vida com tranqüilidade. "E receber os R$ 200 mil que ele [Pitta] me deve."
A Folha procurou na tarde de ontem a assessoria de Celso Pitta para comentar o assunto, mas não recebeu uma resposta do ex-prefeito.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Nicéa Camargo
Ex-primeira-dama, Nicéa pode ser despejada
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da Folha de S.Paulo
Das altas rodas da sociedade para o olho da rua. Esse pode ser o destino da ex-primeira-dama de São Paulo Nicéa Camargo. Ela sofre uma ação de cobrança por taxas de condomínio não pagas que caminha para seu despejo do apartamento que no passado dividiu com o ex-marido Celso Pitta, prefeito entre 1997 e 2000.
No início deste mês, a Justiça paulista determinou a penhora do apartamento de 400 m2 localizado nos Jardins, bairro de classe alta da capital. O juiz Márcio Teixeira Laranjo, da 24ª Vara Cível de São Paulo, determinou que se faça um levantamento para o perito judicial e para a designação de uma data para o leilão, não marcado até agora. Ainda cabe recurso judicial em segunda instância.
Na ação, o edifício São Miguel cobra uma dívida que, segundo Nicéa, passa de R$ 75 mil. Ela confirma o débito e explica por que não pagou por cinco anos o condomínio de R$ 1.200, que ela considera extremamente alto.
"Meu ex-marido não pagou minha pensão completa e nossos bens estão bloqueados pela Justiça [Pitta é suspeito de ter desviado recursos de contratos públicos durante sua gestão]. Eu não tinha como pagar esse condomínio."
Nicéa ganhou destaque na mídia no início de 2000, meses depois de romper com o ex-marido. Na época, ela fez acusações de irregularidades durante a gestão dele e que envolveriam também o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), padrinho político de Pitta. Nicéa chegou a viajar para os Estados Unidos e para a Suíça para ajudar o Ministério Público com informações sobre contas que o casal teria mantido naqueles países.
A ex-primeira-dama também acusou Pitta de ter comprado votos de vereadores para impedir a abertura de um processo de impeachment contra ele.
Tanto Maluf quanto Pitta negaram as acusações. Maluf até abriu um processo contra Nicéa, que foi condenada em primeira instância, em junho, a pagar indenização. O casal Pitta se separou judicialmente em agosto de 2003.
Vão-se os anéis
Com os bens bloqueados, a ex-primeira-dama afirma que foi obrigada a se desfazer até de jóias da família para sobreviver.
"Vão-se os anéis, ficam os dedos. Minha dignidade não foi embora com as jóias que estavam penhoradas e perdi. Mas não me envergonho. Dentro dessa podridão de corrupção que vemos agora no país, essa minha situação delicada é uma prova de que não entrei no esquema", afirma.
Após 32 anos de casamento, denúncias, acusações e constantes ameaças de morte que ela diz sofrer até hoje, Nicéa, 58, afirma que só quer dividir os bens com o ex-marido e levar sua vida com tranqüilidade. "E receber os R$ 200 mil que ele [Pitta] me deve."
A Folha procurou na tarde de ontem a assessoria de Celso Pitta para comentar o assunto, mas não recebeu uma resposta do ex-prefeito.
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