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28/08/2005
-
00h10
da Folha Online
Organizações não-governamentais como as ambientalistas Greenpeace e WWF (Fundo Mundial para a Natureza, na sigla em inglês) divulgaram notas criticando os resultados otimistas apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente quanto à queda no índice de desmatamento da Amazônia.
A estimativa divulgada é que, entre agosto de 2003 e julho de 2004, 18.724 quilômetros quadrados de área tenham sido devastados enquanto, entre agosto de 2004 e julho deste ano, o desmatamento atingiria 9.106 quilômetros quadrados.
Para o Greenpeace, os bons indicadores devem servir de estímulo às ações governamentais e alerta para um aumento nos focos de queimadas identificados em agosto de 2005, em relação a agosto de 2004, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"É alarmante a informação de que os recursos disponíveis no Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para combater o desmatamento no resto do ano estão esgotados, colocando em risco o progresso obtido", escreve a entidade.
O Greenpeace atribuiu a tendência de redução no desmatamento à maior presença do Estado na região, impulsionada pelo assassinato da missionária Dorothy Stang. Houve, ainda, a operação Curupira, no Mato Grosso. O Estado é, sozinho, responsável por 48% do desmatamento de 2004.
"Fica comprovada a tese de que, quando quer, o governo pode ser eficiente para resolver os problemas ambientais. Porém, essa ação não pode parar quando os primeiros sinais positivos aparecem", afirmou o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sergio Leitão, em nota publicada no site.
Já para a WWF, apesar da estimativa ser "uma boa notícia", ela foi diretamente influenciada pela "redução da especulação imobiliária provocada pelo desaquecimento do mercado agrícola" e não por "ações governamentais".
A entidade defende ainda que a queda no preço internacional da soja, aliada à desvalorização do dólar, reduziu a rentabilidade do setor.
No último dia 18, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a safra nacional de grãos de 2005 deverá ser 4,91% menor do que a de 2004.
Porém, ao contrário do que defende a WWF, o IBGE prevê aumento de 0,5% para as áreas plantadas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desmatamentos
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ONGs questionam ações antidesmatamento na Amazônia
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Organizações não-governamentais como as ambientalistas Greenpeace e WWF (Fundo Mundial para a Natureza, na sigla em inglês) divulgaram notas criticando os resultados otimistas apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente quanto à queda no índice de desmatamento da Amazônia.
A estimativa divulgada é que, entre agosto de 2003 e julho de 2004, 18.724 quilômetros quadrados de área tenham sido devastados enquanto, entre agosto de 2004 e julho deste ano, o desmatamento atingiria 9.106 quilômetros quadrados.
Para o Greenpeace, os bons indicadores devem servir de estímulo às ações governamentais e alerta para um aumento nos focos de queimadas identificados em agosto de 2005, em relação a agosto de 2004, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"É alarmante a informação de que os recursos disponíveis no Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para combater o desmatamento no resto do ano estão esgotados, colocando em risco o progresso obtido", escreve a entidade.
O Greenpeace atribuiu a tendência de redução no desmatamento à maior presença do Estado na região, impulsionada pelo assassinato da missionária Dorothy Stang. Houve, ainda, a operação Curupira, no Mato Grosso. O Estado é, sozinho, responsável por 48% do desmatamento de 2004.
"Fica comprovada a tese de que, quando quer, o governo pode ser eficiente para resolver os problemas ambientais. Porém, essa ação não pode parar quando os primeiros sinais positivos aparecem", afirmou o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sergio Leitão, em nota publicada no site.
Já para a WWF, apesar da estimativa ser "uma boa notícia", ela foi diretamente influenciada pela "redução da especulação imobiliária provocada pelo desaquecimento do mercado agrícola" e não por "ações governamentais".
A entidade defende ainda que a queda no preço internacional da soja, aliada à desvalorização do dólar, reduziu a rentabilidade do setor.
No último dia 18, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a safra nacional de grãos de 2005 deverá ser 4,91% menor do que a de 2004.
Porém, ao contrário do que defende a WWF, o IBGE prevê aumento de 0,5% para as áreas plantadas.
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