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29/08/2005
-
22h47
THIAGO REIS
da Agência Folha
A Polícia Federal de Santa Catarina confirmou nesta segunda-feira que recebeu R$ 35 mil para melhorias em sua superintendência com o objetivo de abrigar o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Considerado um dos maiores traficantes de armas e drogas da América Latina, Beira-Mar está preso na superintendência da PF em Brasília (DF).
Segundo o delegado Ildo Rosa, a solicitação feita à sede do órgão, em Brasília, foi atendida em julho --após a saída do traficante de Presidente Bernardes (SP) por determinação da Justiça. Foram três parcelas: de R$ 20 mil, R$ 8.000 e R$ 7.000.
O objetivo, conforme o documento enviado ao Distrito Federal, seria "implementar medidas de segurança para custodiar Luiz F. da Costa". A maior parte dos recursos, afirma Rosa, foi destinada à compra e instalação de câmeras de segurança. Uma outra quantia, não divulgada, foi utilizada no reforço de grades e cercas de proteção.
"Nós tínhamos alguns equipamentos que precisavam ser substituídos. Fizemos, então, uma proposta para o conserto. (...) Para dar uma certa agilidade, foi colocada a questão do Beira-Mar." Segundo o delegado, não é certo que o traficante seja levado a Santa Catarina nos próximos dias, mas a superintendência já está pronta para recebê-lo. "A decisão política da transferência, claro, não é nossa", diz.
A superintendência da PF no Estado foi inaugurada em 2000 e está localizada numa área nobre da capital Florianópolis, na avenida Beira-Mar, ao lado da residência do governador, Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
O delegado afirma, no entanto, que a transferência não traria problemas e cita como exemplo a permanência do juiz Rocha Mattos, acusado de participar da operação Anaconda, por 48 dias no local.
Repercussão
O empresário Alaor Tissot, presidente da ONG FloripAmanhã, diz que a "sociedade não pode aceitar passivamente" a transferência do traficante. "Ele tem que estar num local de segurança máxima. Aqui só tem um prédio que não é presídio. Além disso, vai trazer pessoas desqualificadas de seu convívio para cá."
A Secretaria da Segurança diz que não deseja a vinda de Beira-Mar e que a evitará ao máximo, mas diz não temer a presença dele e que dará auxílio à PF, se for o caso. O Estado tem duas penitenciárias de segurança máxima.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Beira-Mar
PF reforma sede de SC que pode receber Beira-Mar
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da Agência Folha
A Polícia Federal de Santa Catarina confirmou nesta segunda-feira que recebeu R$ 35 mil para melhorias em sua superintendência com o objetivo de abrigar o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Considerado um dos maiores traficantes de armas e drogas da América Latina, Beira-Mar está preso na superintendência da PF em Brasília (DF).
Segundo o delegado Ildo Rosa, a solicitação feita à sede do órgão, em Brasília, foi atendida em julho --após a saída do traficante de Presidente Bernardes (SP) por determinação da Justiça. Foram três parcelas: de R$ 20 mil, R$ 8.000 e R$ 7.000.
O objetivo, conforme o documento enviado ao Distrito Federal, seria "implementar medidas de segurança para custodiar Luiz F. da Costa". A maior parte dos recursos, afirma Rosa, foi destinada à compra e instalação de câmeras de segurança. Uma outra quantia, não divulgada, foi utilizada no reforço de grades e cercas de proteção.
"Nós tínhamos alguns equipamentos que precisavam ser substituídos. Fizemos, então, uma proposta para o conserto. (...) Para dar uma certa agilidade, foi colocada a questão do Beira-Mar." Segundo o delegado, não é certo que o traficante seja levado a Santa Catarina nos próximos dias, mas a superintendência já está pronta para recebê-lo. "A decisão política da transferência, claro, não é nossa", diz.
A superintendência da PF no Estado foi inaugurada em 2000 e está localizada numa área nobre da capital Florianópolis, na avenida Beira-Mar, ao lado da residência do governador, Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
O delegado afirma, no entanto, que a transferência não traria problemas e cita como exemplo a permanência do juiz Rocha Mattos, acusado de participar da operação Anaconda, por 48 dias no local.
Repercussão
O empresário Alaor Tissot, presidente da ONG FloripAmanhã, diz que a "sociedade não pode aceitar passivamente" a transferência do traficante. "Ele tem que estar num local de segurança máxima. Aqui só tem um prédio que não é presídio. Além disso, vai trazer pessoas desqualificadas de seu convívio para cá."
A Secretaria da Segurança diz que não deseja a vinda de Beira-Mar e que a evitará ao máximo, mas diz não temer a presença dele e que dará auxílio à PF, se for o caso. O Estado tem duas penitenciárias de segurança máxima.
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