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30/08/2005 - 10h10

Pesquisa liga consumo excessivo de álcool a mortes no trânsito em SP

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da Folha Online

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está relacionado a 42,7% dos acidentes de trânsito com mortes da cidade de São Paulo, segundo pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde.

Foram analisados laudos de 454 pessoas que morreram em acidentes de trânsito e tiveram exames de dosagem alcoólica realizados. Do total, 194 apresentaram concentração alcoólica no sangue acima de 0,6 g/l (gramas por litro), o máximo permitido pela legislação brasileira.

A quantidade de álcool necessária para atingir essa concentração no sangue é equivalente a duas latas de cerveja ou três copos de chope, duas taças de vinho ou 80 ml de destilados --duas doses--, de acordo com a secretaria.

"É um número alto, mas é uma realidade. Um dos objetivos [da pesquisa] é demonstrar esse impacto e não apenas dizer que álcool faz mal", disse Vilma Gawryszewski, coordenadora do Grupo Técnico de Prevenção de Acidentes da secretaria.

Para ela, apesar de o estudo ter sido feito com base apenas em laudos do IML (Instituto Médico Legal) de vítimas que passaram por exame de dosagem alcoólica, o resultado pode ser estendido a outros mortos em casos de acidente de trânsito. "Testes estatísticos permitem generalizar", disse.

Perfil

O estudo foi realizado no segundo semestre de 2004 e revelou que os homens apresentaram maior proporção de uso de álcool que as mulheres.

As maiores concentrações alcoólicas foram encontradas em jovens de 20 a 29 anos do sexo masculino, solteiros e que morreram no próprio local do acidente --um indicativo que as vítimas estavam em alta velocidade, segundo a secretaria.

"O álcool potencializa o risco de acidentes, principalmente em jovens que não têm tanta experiência ao volante", afirma a coordenadora do Grupo Técnico.

Mortes

De acordo com a pesquisa, a taxa geral de mortalidade por acidentes de trânsito foi de 14 por 100 mil habitantes. Entre os homens esse índice foi de 11,2/100 mil. Já entre as mulheres, de 3,1/100 mil.

O estudo mostrou ainda que os pedestres lideram a maioria das mortes (6,8 para 100 mil), seguidos pelas vítimas envolvidas nas colisões de veículos (5,8 para 100 mil) e pelos motociclistas (1,4 para 100 mil).

Especial
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