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31/08/2005
-
09h21
KATIUCIA MAGALHÃES
enviada especial da Folha de S.Paulo a Franca
"Eu sou a favor da vida. Meu filho pode perder um braço, uma perna. Pode ficar deformado. Eu nunca deixarei de estar ao lado dele", disse a costureira R.S.S., 22, mãe de Jhéck Breener de Oliveira, que há quatro meses vive no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital Unimed em Franca.
A mãe disse que a discussão sobre a eutanásia foi um dos motivos que a levaram a se separar do recepcionista Jeson de Oliveira, 35. Em entrevista à Folha, ela afirmou não saber por que o ex-marido quer desligar os aparelhos que mantêm o filho deles vivo.
"Não sei o que passa na cabeça dele. Só Deus para saber. No primeiro mês que o Jhéck estava internado, ele [marido] veio aqui no hospital e tentou desligar os aparelhos", disse. O hospital proibiu a entrada de Oliveira no CTI.
R.S.S. afirma que Jhéck era um bebê normal até os nove meses, quando seu desenvolvimento ficou mais lento. A conselho médico, a mãe levou o menino à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). "Ele [Jhéck] fez a triagem e começou a fazer várias atividades, como fisioterapia, fonoaudiologia e ecoterapia."
O menino começou, então, a engatinhar, falar e, aos dois anos, andou pela primeira vez. A mãe conta que, aos três anos, Jhéck teve as primeiras convulsões, desmaios e uma parada cardiorrespiratória. No dia 27 de abril deste ano, a criança foi internada sem previsão de alta.
"Ele passou a ter insuficiência respiratória e teve de ser auxiliado por aparelhos. Além disso, tem que se alimentar por meio de uma sonda. Eu tenho muitos medicamentos e outros aparelhos em casa, mas não são suficientes para manter o Jhéck. Com ele em casa, eu não dormia. Aqui, eu sei que ele está sendo bem cuidado."
R.S.S. afirma que teve de lutar pelo tratamento de Jhéck sem ajuda do marido. Após a separação, ela se mudou para uma casa de aluguel, cujo valor é R$ 150. Atualmente, mãe e filho vivem com o auxílio de desconhecidos e fiéis da Igreja Católica que a família de R.S.S. freqüenta.
De acordo com ela, as doações pagam seu aluguel, sua comida e os remédios do filho. "Até uma cadeira de rodas para ele eu consegui por meio de doações", afirmou.
A mulher afirma temer a atitude do marido e disse estar surpresa com suas declarações ao jornal "Comércio da Franca", que publicou ontem uma reportagem sobre a vontade que Jeson tem de conseguir a eutanásia para o filho. "Eu tenho medo. Meu filho é uma criança muito especial. Ele [Oliveira], como pai, teria de dar apoio ao filho."
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enviada especial da Folha de S.Paulo a Franca
"Eu sou a favor da vida. Meu filho pode perder um braço, uma perna. Pode ficar deformado. Eu nunca deixarei de estar ao lado dele", disse a costureira R.S.S., 22, mãe de Jhéck Breener de Oliveira, que há quatro meses vive no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital Unimed em Franca.
A mãe disse que a discussão sobre a eutanásia foi um dos motivos que a levaram a se separar do recepcionista Jeson de Oliveira, 35. Em entrevista à Folha, ela afirmou não saber por que o ex-marido quer desligar os aparelhos que mantêm o filho deles vivo.
"Não sei o que passa na cabeça dele. Só Deus para saber. No primeiro mês que o Jhéck estava internado, ele [marido] veio aqui no hospital e tentou desligar os aparelhos", disse. O hospital proibiu a entrada de Oliveira no CTI.
R.S.S. afirma que Jhéck era um bebê normal até os nove meses, quando seu desenvolvimento ficou mais lento. A conselho médico, a mãe levou o menino à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). "Ele [Jhéck] fez a triagem e começou a fazer várias atividades, como fisioterapia, fonoaudiologia e ecoterapia."
O menino começou, então, a engatinhar, falar e, aos dois anos, andou pela primeira vez. A mãe conta que, aos três anos, Jhéck teve as primeiras convulsões, desmaios e uma parada cardiorrespiratória. No dia 27 de abril deste ano, a criança foi internada sem previsão de alta.
"Ele passou a ter insuficiência respiratória e teve de ser auxiliado por aparelhos. Além disso, tem que se alimentar por meio de uma sonda. Eu tenho muitos medicamentos e outros aparelhos em casa, mas não são suficientes para manter o Jhéck. Com ele em casa, eu não dormia. Aqui, eu sei que ele está sendo bem cuidado."
R.S.S. afirma que teve de lutar pelo tratamento de Jhéck sem ajuda do marido. Após a separação, ela se mudou para uma casa de aluguel, cujo valor é R$ 150. Atualmente, mãe e filho vivem com o auxílio de desconhecidos e fiéis da Igreja Católica que a família de R.S.S. freqüenta.
De acordo com ela, as doações pagam seu aluguel, sua comida e os remédios do filho. "Até uma cadeira de rodas para ele eu consegui por meio de doações", afirmou.
A mulher afirma temer a atitude do marido e disse estar surpresa com suas declarações ao jornal "Comércio da Franca", que publicou ontem uma reportagem sobre a vontade que Jeson tem de conseguir a eutanásia para o filho. "Eu tenho medo. Meu filho é uma criança muito especial. Ele [Oliveira], como pai, teria de dar apoio ao filho."
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