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01/09/2005
-
23h20
da Folha Online
Os ventos começaram a se intensificar na noite desta quinta-feira, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Rajadas já atingem 50 km/h, segundo a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo. É esperada para amanhã a formação de um ciclone extratropical.
Os efeitos do fenômeno devem ser atenuados, já que a previsão é que ele permaneça em alto-mar.
Em contrapartida, as chuvas que atingem a região Sul já ocasionaram inundações e deixaram desabrigados. O nível do rio Caí, por exemplo, subiu ao menos 12 metros. Ele transbordou em alguns pontos do porto, em Montenegro, e inundou casas, em São Sebastião do Caí.
Prefeituras de muitos municípios cortados por rios organizaram forças-tarefa para retirar habitantes de regiões ribeirinhas.
Foi o que ocorreu em Taquara, onde 37 famílias deixaram as margens dos rios Paranhana e dos Sinos, que apresenta 4,5 metros acima do nível normal. Alguns dos habitantes, porém, se recusaram a deixar os imóveis, por medo de que ocorressem saques.
O nível do Guaíba também está sendo monitorado pela Defesa Civil de Porto Alegre, mas segue estável.
Em Gravataí, a rua Guia Lopes, no bairro Cedro, está alagada desde o meio-dia. O problema foi ocasionado principalmente pelo esgoto que transbordou, ainda segundo a Climatologia Urbana, devido às chuvas que atingiram a cidade nos últimos cinco dias.
O aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre (RS), tinha apenas 600 metros de visibilidade, às 18h.
Santa Catarina
Na região de Araranguá, 140 pessoas foram retiradas das casas nas margens de um rio que transbordou. Outras de 60 pessoas tiveram de se abrigar em casas de parentes, em Rio do Sul, onde o rio Itajaí transbordou em alguns pontos.
Duas pessoas desapareceram em razão das enxurradas. Uma delas é o aposentado João Cavalheiro do Amaral, 62, que foi visto sendo tragado para o rio Ponte Grande. Outro é um homem de 35 anos que vive em Imaurí, perto de Araranguá. Ele não dá notícias à família desde ontem.
"No primeiro caso, as pessoas viram o homem ser carregado pela água. No segundo, ninguém sabe o que aconteceu", disse o capitão Márcio Luiz Alves, da Defesa Civil Estadual.
Durante a madrugada desta quinta-feira, a rodovia SC-406 foi totalmente interditada devido ao deslizamento de uma pedra, na região de Praia Mole.
Segundo o Epagri/Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina), há previsão de ressaca no litoral sul, amanhã. As rajadas de vento devem variar de 70 km/h a 90 km/h.
Paraná
No Paraná, as chuvas deixaram cerca de 15 casas alagadas em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. As famílias estão abrigadas em um colégio da região. Em Ortigueira, cerca de 80 casas foram destelhadas. O mesmo ocorreu a outras 14, em Cascavel. Duas delas alagaram.
Cerca de 450 casas ficaram destelhadas em Umuarama, onde a chuva chegou acompanhada de granizo, na madrugada de ontem. O fenômeno se repetiu em Prudentópolis, onde 100 casas foram danificadas. Lonas foram distribuídas para os moradores.
Em Ponta Grossa, o vento destelhou oito casas. Seus moradores, porém, não precisaram deixar os imóveis.
Muitos Capões
Na noite da última segunda-feira, um tornado atingiu a área urbana de Muitos Capões (290 km de Porto Alegre), deixando o município sem energia elétrica durante quase 24 horas. Os prejuízos são estimados em R$ 4 milhões.
Os ventos e a chuva danificaram ao menos 85 casas. Destas, 21 foram destruídas. Mais de 300 pessoas ficaram desabrigadas. O número eqüivale a 10% da população total, que é de 3.000 habitantes.
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Defesa Civil registra ventos de 50 km/h no Rio Grande do Sul
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Os ventos começaram a se intensificar na noite desta quinta-feira, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Rajadas já atingem 50 km/h, segundo a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo. É esperada para amanhã a formação de um ciclone extratropical.
Os efeitos do fenômeno devem ser atenuados, já que a previsão é que ele permaneça em alto-mar.
Em contrapartida, as chuvas que atingem a região Sul já ocasionaram inundações e deixaram desabrigados. O nível do rio Caí, por exemplo, subiu ao menos 12 metros. Ele transbordou em alguns pontos do porto, em Montenegro, e inundou casas, em São Sebastião do Caí.
Prefeituras de muitos municípios cortados por rios organizaram forças-tarefa para retirar habitantes de regiões ribeirinhas.
Foi o que ocorreu em Taquara, onde 37 famílias deixaram as margens dos rios Paranhana e dos Sinos, que apresenta 4,5 metros acima do nível normal. Alguns dos habitantes, porém, se recusaram a deixar os imóveis, por medo de que ocorressem saques.
O nível do Guaíba também está sendo monitorado pela Defesa Civil de Porto Alegre, mas segue estável.
Em Gravataí, a rua Guia Lopes, no bairro Cedro, está alagada desde o meio-dia. O problema foi ocasionado principalmente pelo esgoto que transbordou, ainda segundo a Climatologia Urbana, devido às chuvas que atingiram a cidade nos últimos cinco dias.
O aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre (RS), tinha apenas 600 metros de visibilidade, às 18h.
Santa Catarina
Na região de Araranguá, 140 pessoas foram retiradas das casas nas margens de um rio que transbordou. Outras de 60 pessoas tiveram de se abrigar em casas de parentes, em Rio do Sul, onde o rio Itajaí transbordou em alguns pontos.
Duas pessoas desapareceram em razão das enxurradas. Uma delas é o aposentado João Cavalheiro do Amaral, 62, que foi visto sendo tragado para o rio Ponte Grande. Outro é um homem de 35 anos que vive em Imaurí, perto de Araranguá. Ele não dá notícias à família desde ontem.
"No primeiro caso, as pessoas viram o homem ser carregado pela água. No segundo, ninguém sabe o que aconteceu", disse o capitão Márcio Luiz Alves, da Defesa Civil Estadual.
Durante a madrugada desta quinta-feira, a rodovia SC-406 foi totalmente interditada devido ao deslizamento de uma pedra, na região de Praia Mole.
Segundo o Epagri/Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina), há previsão de ressaca no litoral sul, amanhã. As rajadas de vento devem variar de 70 km/h a 90 km/h.
Paraná
No Paraná, as chuvas deixaram cerca de 15 casas alagadas em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. As famílias estão abrigadas em um colégio da região. Em Ortigueira, cerca de 80 casas foram destelhadas. O mesmo ocorreu a outras 14, em Cascavel. Duas delas alagaram.
Cerca de 450 casas ficaram destelhadas em Umuarama, onde a chuva chegou acompanhada de granizo, na madrugada de ontem. O fenômeno se repetiu em Prudentópolis, onde 100 casas foram danificadas. Lonas foram distribuídas para os moradores.
Em Ponta Grossa, o vento destelhou oito casas. Seus moradores, porém, não precisaram deixar os imóveis.
Muitos Capões
Na noite da última segunda-feira, um tornado atingiu a área urbana de Muitos Capões (290 km de Porto Alegre), deixando o município sem energia elétrica durante quase 24 horas. Os prejuízos são estimados em R$ 4 milhões.
Os ventos e a chuva danificaram ao menos 85 casas. Destas, 21 foram destruídas. Mais de 300 pessoas ficaram desabrigadas. O número eqüivale a 10% da população total, que é de 3.000 habitantes.
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