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03/10/2000
-
13h07
FABIANE LEITE
da Folha Online
João Brasil Vita Júnior, filho do vereador paulistano Brasil Vita (PPB), 78, que não conseguiu a reeleição após 40 anos de mandatos consecutivos, disse que seu pai considera que o apoio ao prefeito Celso Pitta (PTN) deve ter prejudicado a campanha deste ano.
Vita, que se recusa a dar declarações, no entanto, não se arrepende, diz o filho, e continuará como líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo até o fim deste mandato.
"Pode ser que o eleitorado não tenha entendido. Meu pai sempre foi muito clientelista, atendendo a pedidos. Ele confiava num trabalho de 40 anos.Mas os eleitores não corresponderam às expectativas", disse Vita Júnior.
"Meu pai tomou a defesa do prefeito como advogado e membro da bancada governista. Deve ter prejudicado. Mas ele se elegeu por 10 mandatos por ser coerente. O problema é que a mídia é contra o Pitta e pegaram diretamente meu pai porque ele é líder", afirmou o filho do vereador.
Para Vita Júnior, o vereador também tem cada vez mais dificuldades em razão da idade, já que muito de seus eleitores fiéis e ajudantes estão morrendo. No ano passado, morreu o chefe de gabinete do vereador, Falcone, que lhe prestava serviços há mais de 30 anos e coordenava suas campanhas.
Segundo Vita Júnior, seu pai está triste e abatido. O irmão do vereador, Mário, morreu recentemente de enfarto. "Fiquei preocupado, ainda mais com este fato. Mas são coisas de campanha. Ele ia parar em 2004 e agora vai parar em 2000". Segundo o filho do vereador, seu pai deve ir hoje à primeira sessão da Câmara Municipal após as eleições.
Vita Júnior destacou que Vita não conseguiu a reeleição "por pouco". "Foi por 2.000 votos. Não é que nem o Colasuonno (Miguel Colasuonno, do PMDB, outro membro da "tropa de choque" do prefeito não reeleito) que perdeu longe."
Para o filho do vereador, o pai ainda poderia ter uma chance se Paulo Maluf (PPB) vencer a eleição para prefeito, o que, no entanto, ele considera improvável. Vita Júnior diz que Maluf poderia convocar alguns vereadores do PPB para o governo e seu pai, como 2º suplente, poderia voltar à Câmara.
A perspectiva mais realista, no entanto, diz Vita Júnior, é de que seu pai se dedique a partir do próximo ano integralmente ao escritório de advocacia, onde trabalham 12 advogados. Um dos principais clientes do escritório é o banco Bradesco.
E-mail: fabiane@folhasp.com.br
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Apoio ao prefeito deve ter prejudicado, diz filho de Brasil Vita
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João Brasil Vita Júnior, filho do vereador paulistano Brasil Vita (PPB), 78, que não conseguiu a reeleição após 40 anos de mandatos consecutivos, disse que seu pai considera que o apoio ao prefeito Celso Pitta (PTN) deve ter prejudicado a campanha deste ano.
Vita, que se recusa a dar declarações, no entanto, não se arrepende, diz o filho, e continuará como líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo até o fim deste mandato.
"Pode ser que o eleitorado não tenha entendido. Meu pai sempre foi muito clientelista, atendendo a pedidos. Ele confiava num trabalho de 40 anos.Mas os eleitores não corresponderam às expectativas", disse Vita Júnior.
"Meu pai tomou a defesa do prefeito como advogado e membro da bancada governista. Deve ter prejudicado. Mas ele se elegeu por 10 mandatos por ser coerente. O problema é que a mídia é contra o Pitta e pegaram diretamente meu pai porque ele é líder", afirmou o filho do vereador.
Para Vita Júnior, o vereador também tem cada vez mais dificuldades em razão da idade, já que muito de seus eleitores fiéis e ajudantes estão morrendo. No ano passado, morreu o chefe de gabinete do vereador, Falcone, que lhe prestava serviços há mais de 30 anos e coordenava suas campanhas.
Segundo Vita Júnior, seu pai está triste e abatido. O irmão do vereador, Mário, morreu recentemente de enfarto. "Fiquei preocupado, ainda mais com este fato. Mas são coisas de campanha. Ele ia parar em 2004 e agora vai parar em 2000". Segundo o filho do vereador, seu pai deve ir hoje à primeira sessão da Câmara Municipal após as eleições.
Vita Júnior destacou que Vita não conseguiu a reeleição "por pouco". "Foi por 2.000 votos. Não é que nem o Colasuonno (Miguel Colasuonno, do PMDB, outro membro da "tropa de choque" do prefeito não reeleito) que perdeu longe."
Para o filho do vereador, o pai ainda poderia ter uma chance se Paulo Maluf (PPB) vencer a eleição para prefeito, o que, no entanto, ele considera improvável. Vita Júnior diz que Maluf poderia convocar alguns vereadores do PPB para o governo e seu pai, como 2º suplente, poderia voltar à Câmara.
A perspectiva mais realista, no entanto, diz Vita Júnior, é de que seu pai se dedique a partir do próximo ano integralmente ao escritório de advocacia, onde trabalham 12 advogados. Um dos principais clientes do escritório é o banco Bradesco.
E-mail: fabiane@folhasp.com.br
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