Publicidade
Publicidade
06/09/2005
-
22h07
da Folha Online
O ex-caseiro Jossiel Conceição dos Santos foi condenado nesta terça-feira por ter furtado R$ 20 na casa da consulesa grega Cigdem Bagci, em 1º de abril de 2004. Ele é o principal acusado de ter matado o diretor de Gás e Energia da Shell, Todd Staheli, 39, e sua mulher, Michelle, 36, em 2003.
Foi na ocasião do furto que Santos foi preso. Ele trabalhava no mesmo condomínio em que a consulesa e o casal Staheli vivam, o Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).
Santos foi condenado a dois anos e oito meses de prisão em regime aberto e pagamento de 26 dias-multa, no valor de quatro salários mínimos. A privação de liberdade poderá ser substituída, segundo o TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, por limitações nos fins de semana e prestação de serviços à Amigos da Escola, durante dois anos.
Denúncia oferecida pelo Ministério Público acusa Santos de ter escalado o muro da casa da consulesa, forçado sua entrada pela janela da cozinha e subtraído o dinheiro, que estava sobre uma mesa. Em seguida, ele teria ido ao quarto da vítima, que o reconheceu como o caseiro do vizinho.
Santos, fingindo estar armado, teria dito que estava ali para tentar prender o cachorro. Ela aceitou as desculpas e esperou que ele saísse para avisar os seguranças do condomínio.
Staheli
O processo que investiga a morte do casal Staheli corre na 29ª Vara Criminal do Rio e está na fase das alegações finais. Santos é acusado de roubo qualificado, que resultou nas mortes. A juíza Maria Tereza Donatti deferiu novo pedido do Ministério Público e determinou que seja realizado confronto do DNA de Jossiel.
Staheli e Michelle morreram após serem golpeados. Staheli morreu no próprio dia 30. Michelle ficou internada em coma profundo e morreu dias depois, no hospital Copa D'Or. Eles foram encontrados na cama pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar. Nada foi roubado na casa e os portões não foram arrombados.
O casal, de nacionalidade norte-americana, estava no Brasil havia apenas três meses, com os quatro filhos: três meninas --então com 13, 8 e 3 anos-- e um menino, então com 10 anos.
Acusado
Dias após ser preso, na casa da consulesa, Santos foi apresentado à imprensa pelo então secretário estadual da Segurança Pública, Anthony Garotinho, como responsável pelo assassinato dos Staheli. Aparentando tranqüilidade, ele confessou o crime.
No dia seguinte, porém, Santos foi libertado pois a Justiça não aceitou o pedido de prisão feito pela polícia. Após deixar a 16ª DP, onde estava detido, Santos prestou depoimento na Secretaria Estadual de Direitos Humanos e mudou a versão para o crime.
Primeiro, disse que o crime não foi planejado e que foi cometido por vingança porque era humilhado por Todd, que certa vez teria se referido a ele como "crioulo".
Na nova versão, o caseiro disse que o crime foi cometido por dois homens. Ele só teria fornecido informações sobre a casa e cedido o pé-de-cabra que teria sido usado na ação, em troca de R$ 40 mil. Posteriormente, em depoimento no Ministério Público Estadual, afirmou ter recebido na verdade R$ 7.000.
O rapaz disse ter assumido o crime sozinho porque fora ameaçado pelos outros envolvidos. Ele foi incluído no Programa de Proteção à Testemunha do Estado. O caseiro mudou seu depoimento várias vezes.
Teve a prisão preventiva decretada, por unanimidade, pela 8ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio.
Um pé-de-cabra supostamente usado no crime foi encontrado em uma caixa de ferramentas, na casa onde Santos trabalhava. Ele também teria entregue as roupas usadas naquele dia. Exames de DNA feitos no sangue coletado na ferramenta e nas peças já indicaram resultados contraditórios.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o assassinato do casal Staheli
TJ condena caseiro acusado de matar casal Staheli por furtar casa
Publicidade
O ex-caseiro Jossiel Conceição dos Santos foi condenado nesta terça-feira por ter furtado R$ 20 na casa da consulesa grega Cigdem Bagci, em 1º de abril de 2004. Ele é o principal acusado de ter matado o diretor de Gás e Energia da Shell, Todd Staheli, 39, e sua mulher, Michelle, 36, em 2003.
Foi na ocasião do furto que Santos foi preso. Ele trabalhava no mesmo condomínio em que a consulesa e o casal Staheli vivam, o Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).
Santos foi condenado a dois anos e oito meses de prisão em regime aberto e pagamento de 26 dias-multa, no valor de quatro salários mínimos. A privação de liberdade poderá ser substituída, segundo o TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, por limitações nos fins de semana e prestação de serviços à Amigos da Escola, durante dois anos.
Denúncia oferecida pelo Ministério Público acusa Santos de ter escalado o muro da casa da consulesa, forçado sua entrada pela janela da cozinha e subtraído o dinheiro, que estava sobre uma mesa. Em seguida, ele teria ido ao quarto da vítima, que o reconheceu como o caseiro do vizinho.
Santos, fingindo estar armado, teria dito que estava ali para tentar prender o cachorro. Ela aceitou as desculpas e esperou que ele saísse para avisar os seguranças do condomínio.
Staheli
O processo que investiga a morte do casal Staheli corre na 29ª Vara Criminal do Rio e está na fase das alegações finais. Santos é acusado de roubo qualificado, que resultou nas mortes. A juíza Maria Tereza Donatti deferiu novo pedido do Ministério Público e determinou que seja realizado confronto do DNA de Jossiel.
Reprodução |
Casa onde o casal Staheli foi assassinado, no Rio |
O casal, de nacionalidade norte-americana, estava no Brasil havia apenas três meses, com os quatro filhos: três meninas --então com 13, 8 e 3 anos-- e um menino, então com 10 anos.
Acusado
Dias após ser preso, na casa da consulesa, Santos foi apresentado à imprensa pelo então secretário estadual da Segurança Pública, Anthony Garotinho, como responsável pelo assassinato dos Staheli. Aparentando tranqüilidade, ele confessou o crime.
No dia seguinte, porém, Santos foi libertado pois a Justiça não aceitou o pedido de prisão feito pela polícia. Após deixar a 16ª DP, onde estava detido, Santos prestou depoimento na Secretaria Estadual de Direitos Humanos e mudou a versão para o crime.
Primeiro, disse que o crime não foi planejado e que foi cometido por vingança porque era humilhado por Todd, que certa vez teria se referido a ele como "crioulo".
Na nova versão, o caseiro disse que o crime foi cometido por dois homens. Ele só teria fornecido informações sobre a casa e cedido o pé-de-cabra que teria sido usado na ação, em troca de R$ 40 mil. Posteriormente, em depoimento no Ministério Público Estadual, afirmou ter recebido na verdade R$ 7.000.
O rapaz disse ter assumido o crime sozinho porque fora ameaçado pelos outros envolvidos. Ele foi incluído no Programa de Proteção à Testemunha do Estado. O caseiro mudou seu depoimento várias vezes.
Teve a prisão preventiva decretada, por unanimidade, pela 8ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio.
Um pé-de-cabra supostamente usado no crime foi encontrado em uma caixa de ferramentas, na casa onde Santos trabalhava. Ele também teria entregue as roupas usadas naquele dia. Exames de DNA feitos no sangue coletado na ferramenta e nas peças já indicaram resultados contraditórios.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice