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15/09/2005
-
10h57
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio
Moradores de favelas da zona norte do Rio acusam policiais militares de usarem veículos blindados, como o "caveirão", para matar inocentes ou suspeitos rendidos. A corregedoria da polícia fluminense investiga essas mortes.
Entre maio e o início deste mês, segundo moradores, ao menos 11 pessoas foram mortas durante ações dos blindados nas favelas de Manguinhos, Jacarezinho e Acari. A maioria foi registrada como auto de resistência (mortes em confronto) ou alvo de bala perdida.
A Polícia Militar do governo Rosinha Matheus (PMDB) tem três tipos de blindados. Além do "caveirão", do Bope (unidade de elite), há o "paladino", do Batalhão de Choque, e o "pacificador", que atua no complexo da Maré.
Pelos relatos, quando os blindados são usados nas favelas, os policiais atiram a esmo. Pelo alto-falante, diriam: "Saiam da rua que viemos buscar sua alma".
No último dia 1º, dois supostos traficantes e uma comerciante morreram em Acari em uma incursão do "caveirão". Segundo moradores, um rapaz de 17 anos, desarmado, que seria traficante, teve o crânio esfacelado pelo tiro.
Outro suspeito, que também estava desarmado, tentou fugir e acabou morto com um tiro nas costas. Os dois casos foram registrados como auto de resistência. Na mesma ação, o "caveirão" foi atingido por tiros disparados por um traficante. Houve tiroteio, e uma mulher de 40 anos acabou morta por uma bala perdida.
A corregedoria apura cinco mortes em ação do "pacificador" nas favelas de Manguinhos e do Jacarezinho no dia 14 de maio.
À noite, diz uma testemunha, os policiais, com gorros, desceram do "pacificador" e atiraram, matando duas pessoas num ponto de ônibus, uma moradora de rua de 15 anos e um casal usuário de droga. As mortes no ponto de ônibus foram registradas como homicídio. Os PMs alegaram se tratar de balas perdidas no confronto com o tráfico. A polícia disse não ter conhecimento das outras três mortes. A mãe de um dos rapazes mortos no ponto de ônibus diz não ter ido depor por medo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre suspeitas envolvendo policiais
PM do Rio é acusada de usar "caveirão" para matar
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Moradores de favelas da zona norte do Rio acusam policiais militares de usarem veículos blindados, como o "caveirão", para matar inocentes ou suspeitos rendidos. A corregedoria da polícia fluminense investiga essas mortes.
Entre maio e o início deste mês, segundo moradores, ao menos 11 pessoas foram mortas durante ações dos blindados nas favelas de Manguinhos, Jacarezinho e Acari. A maioria foi registrada como auto de resistência (mortes em confronto) ou alvo de bala perdida.
A Polícia Militar do governo Rosinha Matheus (PMDB) tem três tipos de blindados. Além do "caveirão", do Bope (unidade de elite), há o "paladino", do Batalhão de Choque, e o "pacificador", que atua no complexo da Maré.
Pelos relatos, quando os blindados são usados nas favelas, os policiais atiram a esmo. Pelo alto-falante, diriam: "Saiam da rua que viemos buscar sua alma".
No último dia 1º, dois supostos traficantes e uma comerciante morreram em Acari em uma incursão do "caveirão". Segundo moradores, um rapaz de 17 anos, desarmado, que seria traficante, teve o crânio esfacelado pelo tiro.
Outro suspeito, que também estava desarmado, tentou fugir e acabou morto com um tiro nas costas. Os dois casos foram registrados como auto de resistência. Na mesma ação, o "caveirão" foi atingido por tiros disparados por um traficante. Houve tiroteio, e uma mulher de 40 anos acabou morta por uma bala perdida.
A corregedoria apura cinco mortes em ação do "pacificador" nas favelas de Manguinhos e do Jacarezinho no dia 14 de maio.
À noite, diz uma testemunha, os policiais, com gorros, desceram do "pacificador" e atiraram, matando duas pessoas num ponto de ônibus, uma moradora de rua de 15 anos e um casal usuário de droga. As mortes no ponto de ônibus foram registradas como homicídio. Os PMs alegaram se tratar de balas perdidas no confronto com o tráfico. A polícia disse não ter conhecimento das outras três mortes. A mãe de um dos rapazes mortos no ponto de ônibus diz não ter ido depor por medo.
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