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15/09/2005
-
23h49
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha
A Polícia Federal recolheu cerca de 2.000 objetos arqueológicos na casa de um trabalhador rural de Uruguaiana (633 km a oeste de Porto Alegre, RS). A idade estimada das peças é de 5.000 anos.
O aguador (operador de motores que puxam água dos rios para irrigar plantações de arroz) Adalberto Martins disse que encontrou o material às margens dos rios Uruguai e Itapitocai, ao longo dos últimos anos.
Entre os objetos recolhidos ontem pela PF, havia cerca de 500 vestígios de cerâmica indígena, da etnia guarani. Havia ainda artefatos líticos (de pedra), como pontas de flecha, raspadores, furadores e talhadores, além de boleadeiras (utensílio de caça).
Com as peças, Martins havia montado uma espécie de museu em sua casa, a cerca de 30 km da sede do município, que passou a ser visitada por moradores da região e estudantes. Ele entregou os objetos, que são propriedade da União, após acordo com a PF e pesquisadores da PUC de Uruguaiana.
O professor de arqueologia da PUC Flamarion Gomes disse que sua equipe, autorizada para fazer pesquisas na região, mantinha contato com Martins desde 2000. "Também conhecemos pescadores que relataram o contrabando de peças para o Uruguai e Argentina", disse.
Segundo o professor, Martins disse que recebeu propostas de venda dos objetos, mas nunca as aceitou. Gomes avisou a PF da existência das peças em poder de Martins.
O comércio ilegal de objetos arqueológicos ocorre na região de Uruguaiana, cidade que faz fronteira com a Argentina e fica a cerca de 70 km da divisa com o Uruguai, há pelo menos 30 anos, disse Gomes. A PF em Uruguaiana informou que abriu inquérito neste ano para investigar esse mercado.
A PF também afirmou que não há até o momento provas de que Martins tenha vendido ou danificado alguma peça, o que será objeto de apuração.
Existem na área 34 sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a maior parte ligada à tradição cultural umbu, de caçadores-coletores que viveram na região antes da chegada dos europeus.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre arqueologia
PF recolhe cerca de 2.000 peças arqueológicas no RS
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da Agência Folha
A Polícia Federal recolheu cerca de 2.000 objetos arqueológicos na casa de um trabalhador rural de Uruguaiana (633 km a oeste de Porto Alegre, RS). A idade estimada das peças é de 5.000 anos.
O aguador (operador de motores que puxam água dos rios para irrigar plantações de arroz) Adalberto Martins disse que encontrou o material às margens dos rios Uruguai e Itapitocai, ao longo dos últimos anos.
Entre os objetos recolhidos ontem pela PF, havia cerca de 500 vestígios de cerâmica indígena, da etnia guarani. Havia ainda artefatos líticos (de pedra), como pontas de flecha, raspadores, furadores e talhadores, além de boleadeiras (utensílio de caça).
Com as peças, Martins havia montado uma espécie de museu em sua casa, a cerca de 30 km da sede do município, que passou a ser visitada por moradores da região e estudantes. Ele entregou os objetos, que são propriedade da União, após acordo com a PF e pesquisadores da PUC de Uruguaiana.
O professor de arqueologia da PUC Flamarion Gomes disse que sua equipe, autorizada para fazer pesquisas na região, mantinha contato com Martins desde 2000. "Também conhecemos pescadores que relataram o contrabando de peças para o Uruguai e Argentina", disse.
Segundo o professor, Martins disse que recebeu propostas de venda dos objetos, mas nunca as aceitou. Gomes avisou a PF da existência das peças em poder de Martins.
O comércio ilegal de objetos arqueológicos ocorre na região de Uruguaiana, cidade que faz fronteira com a Argentina e fica a cerca de 70 km da divisa com o Uruguai, há pelo menos 30 anos, disse Gomes. A PF em Uruguaiana informou que abriu inquérito neste ano para investigar esse mercado.
A PF também afirmou que não há até o momento provas de que Martins tenha vendido ou danificado alguma peça, o que será objeto de apuração.
Existem na área 34 sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a maior parte ligada à tradição cultural umbu, de caçadores-coletores que viveram na região antes da chegada dos europeus.
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