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17/09/2005
-
09h34
JOSÉ MESSIAS XAVIER
da Folha de S.Paulo, no Rio
O italiano Vladimiro Leopardi --que aparece nos contratos sociais como dono dos restaurantes de luxo das redes Satyricon e Capricciosa-- será indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, afirmou o delegado Ronaldo Urbano, diretor da CGPRE (Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes) da PF em Brasília.
Sandra Tolpiakow, sócia de Vladimiro nos restaurantes, foi presa, ontem à noite, pela PF, depois de mandado expedido pelo juiz José Godinho Filho, da 11ª Vara Federal Criminal de Goiás.
Tolpiakow é sócia de Leopardi nos restaurantes freqüentados pela classe média alta. O Satyricon tem filiais em Ipanema e em Búzios; a Capricciosa em Ipanema, Jardim Botânico e Copacabana.
Conhecido como Miro, Leopardi aparece em escutas telefônicas da PF, feitas com autorização da Justiça, conversando com José Antônio Palinhos Jorge Pereira, que seria o organizador, no Brasil, de uma rede de distribuição de cocaína colombiana para Portugal, desmantelada anteontem.
Nas conversas, Palinhos combina com Miro remessas de dinheiro para investimentos nas redes de restaurantes, inclusive para a inauguração da boate Capital, que está sendo construída na lagoa Rodrigo de Freitas (zona sul).
Ontem, agentes federais fizeram busca e apreensão no apartamento de Miro, em Ipanema.
Sandra teve um relacionamento com Palinhos, com quem tem dois filhos, mas disse não ter nenhuma relação comercial com ele.
A PF irá pedir o seqüestro judicial dos bens da organização, que seria chefiada internacionalmente pelo empresário português Antônio dos Santos Damaso.
Além de Palinhos e Damaso, foram presas mais cinco pessoas. A oitava pessoa da quadrilha a ser presa foi a doleira Odete Guglielmo Gastaldi, que se apresentou voluntariamente na Superintendência da PF em São Paulo. Ela é acusada de ser responsável pela lavagem do dinheiro que a quadrilha enviava para o país, após receber o pagamento pela droga.
Na noite de anteontem, uma lancha de nome Senna, de propriedade de Palinhos, foi apreendida em Búzios.
Também foram apreendidos 750 mil e US$ 50 mil na cobertura de luxo na avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca, condomínio Ocean Front Resort, que pertence a Antônio Damaso. O imóvel está avaliado em R$ 6 milhões.
Pelo menos sete empresas que pertencem a pessoas investigadas pela operação Caravelas estão na mira da PF para terem pedidos de seqüestro judicial de seus bens.
No apartamento de Palinhos, em Ipanema, foram apreendidos, ontem, uma pistola Taurus, calibre 380, sem registro e documentos brasileiros e portugueses.
Os carros de Palinhos foram avaliados em R$ 1 milhão. São dois Cherokee, um Audi, uma Fiorino, um Golf, um Mercedes-Benz e um Porsche Carrera, do qual a blindagem custou R$ 160 mil, pagos à vista.
Em um dos grampos da PF, Palinhos comenta com um amigo o preço da blindagem:
"Me custou uma mixaria", disse ele, que também comprou a lancha Senna.
Palinhos tem, no Rio, Goiás e Mato Grosso, imóveis avaliados em R$ 1 bilhão, incluindo fazendas, uma mansão em Búzios e oito apartamentos em Ipanema.
PF vai indiciar dono de restaurantes no Rio
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O italiano Vladimiro Leopardi --que aparece nos contratos sociais como dono dos restaurantes de luxo das redes Satyricon e Capricciosa-- será indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, afirmou o delegado Ronaldo Urbano, diretor da CGPRE (Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes) da PF em Brasília.
Sandra Tolpiakow, sócia de Vladimiro nos restaurantes, foi presa, ontem à noite, pela PF, depois de mandado expedido pelo juiz José Godinho Filho, da 11ª Vara Federal Criminal de Goiás.
Tolpiakow é sócia de Leopardi nos restaurantes freqüentados pela classe média alta. O Satyricon tem filiais em Ipanema e em Búzios; a Capricciosa em Ipanema, Jardim Botânico e Copacabana.
Conhecido como Miro, Leopardi aparece em escutas telefônicas da PF, feitas com autorização da Justiça, conversando com José Antônio Palinhos Jorge Pereira, que seria o organizador, no Brasil, de uma rede de distribuição de cocaína colombiana para Portugal, desmantelada anteontem.
Nas conversas, Palinhos combina com Miro remessas de dinheiro para investimentos nas redes de restaurantes, inclusive para a inauguração da boate Capital, que está sendo construída na lagoa Rodrigo de Freitas (zona sul).
Ontem, agentes federais fizeram busca e apreensão no apartamento de Miro, em Ipanema.
Sandra teve um relacionamento com Palinhos, com quem tem dois filhos, mas disse não ter nenhuma relação comercial com ele.
A PF irá pedir o seqüestro judicial dos bens da organização, que seria chefiada internacionalmente pelo empresário português Antônio dos Santos Damaso.
Além de Palinhos e Damaso, foram presas mais cinco pessoas. A oitava pessoa da quadrilha a ser presa foi a doleira Odete Guglielmo Gastaldi, que se apresentou voluntariamente na Superintendência da PF em São Paulo. Ela é acusada de ser responsável pela lavagem do dinheiro que a quadrilha enviava para o país, após receber o pagamento pela droga.
Na noite de anteontem, uma lancha de nome Senna, de propriedade de Palinhos, foi apreendida em Búzios.
Também foram apreendidos 750 mil e US$ 50 mil na cobertura de luxo na avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca, condomínio Ocean Front Resort, que pertence a Antônio Damaso. O imóvel está avaliado em R$ 6 milhões.
Pelo menos sete empresas que pertencem a pessoas investigadas pela operação Caravelas estão na mira da PF para terem pedidos de seqüestro judicial de seus bens.
No apartamento de Palinhos, em Ipanema, foram apreendidos, ontem, uma pistola Taurus, calibre 380, sem registro e documentos brasileiros e portugueses.
Os carros de Palinhos foram avaliados em R$ 1 milhão. São dois Cherokee, um Audi, uma Fiorino, um Golf, um Mercedes-Benz e um Porsche Carrera, do qual a blindagem custou R$ 160 mil, pagos à vista.
Em um dos grampos da PF, Palinhos comenta com um amigo o preço da blindagem:
"Me custou uma mixaria", disse ele, que também comprou a lancha Senna.
Palinhos tem, no Rio, Goiás e Mato Grosso, imóveis avaliados em R$ 1 bilhão, incluindo fazendas, uma mansão em Búzios e oito apartamentos em Ipanema.
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