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19/09/2005 - 13h48

Cartório da PF é arrombado, e dinheiro de tráfico de drogas desaparece

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da Folha Online

Parte do dinheiro apreendido pela Polícia Federal no último final de semana, durante a operação Caravelas, desapareceu. Os valores estavam no cartório da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência da PF no Rio, que foi arrombado.

O arrombamento foi descoberto na manhã desta segunda-feira, por agentes que chegavam para trabalhar. Em nota, a PF disse realizar um levantamento para apurar quanto foi levado.

Desde a semana passada, as investigações culminaram nas prisões do italiano Vladimiro Leopardi e da empresária Sandra Tolpiakow, proprietário e sócia, respectivamente, dos restaurantes Satyricon e Capricciosa. Os estabelecimentos são freqüentados pela classe média alta.

Também foram presos José Antônio Palinhos Jorge Pereira e o empresário português Antônio dos Santos Damaso. Eles são apontados pela PF como organizadores de uma rede de distribuição de cocaína colombiana para Portugal. Pereira chefiaria a rede no Brasil e Damaso, internacionalmente.

Conhecido como Miro, Leopardi aparece em escutas telefônicas da PF conversando com Palinhos sobre remessas de dinheiro para investimentos nas redes de restaurantes, inclusive para a inauguração da boate Capital, que está sendo construída na lagoa Rodrigo de Freitas (zona sul do Rio).

Haviam sido encontrados R$ 750 mil e US$ 50 mil apenas em uma cobertura de luxo localizada na Barra da Tijuca e pertencente a Damaso. O imóvel está avaliado em R$ 6 milhões.

Mais R$ 500 mil, em notas de R$ 100, foram encontrados em uma mala, no bagageiro de um dos carros supostamente pertencentes a Palinhos que foram apreendidos pela PF. São dois Cherokee, um Audi, uma Fiorino, um Golf, um Mercedes-Benz e um Porsche Carrera, avaliados em R$ 1 milhão.

No apartamento dele, em Ipanema (zona sul do Rio), ainda teriam sido encontradas uma pistola Taurus, calibre 380, sem registro e documentos brasileiros e portugueses. Uma lancha de nome Senna, também de Palinhos, foi apreendida em Búzios (RJ).

A operação começou na semana passada, quando cerca de 1,6 tonelada de cocaína foi apreendida, escondida entre 50 toneladas de bucho bovino, em câmaras frigoríficas de um mercado da Penha (zona oeste do Rio). A droga, trazida da Colômbia, seria enviada para a Europa.

Outras cinco pessoas, incluindo a doleira Odete Guglielmo Gastaldi, também estão presas. A doleira é acusada de lavar o dinheiro que a quadrilha enviava para o país, após receber o pagamento pela droga.

Com Folha de S.Paulo

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