Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/09/2005 - 22h52

Polícia procura acusado de matar e desfigurar seis mulheres em MG

Publicidade

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A Polícia Civil em Araguari (MG) procura um maníaco sexual que seria o responsável pelo assassinato e estupro, com desfiguração dos corpos, de seis mulheres, desde janeiro. A última ocorrência foi no final de semana, quando duas mulheres foram encontradas em um terreno baldio.

Dois suspeitos foram presos, um deles liberado por falta de provas no último sábado (17). Continua preso um serralheiro foragido da penitenciária Lemos de Brito (RJ), que alega estar escondido desde março em Araguari.

Preso na sexta passada, depois de uma denúncia anônima, João Batista Ceribelli, 47, nega a autoria dos crimes. Ele seria condenado no Rio por assassinatos e um estupro.

"Eu não tenho nada a ver com isso, com nada. Os crimes que eu tenho estou pagando por eles. Estou evadido, vim para Araguari para a casa dos meus pais e só isso", disse o suspeito à uma emissora de TV local.

A ficha criminal dele e detalhes dos crimes que cometeu foram solicitados à polícia fluminense para que comparações com os casos em Minas sejam feitos pela perícia. A polícia divulgou um retrato falado do suspeito, a partir do depoimento de testemunhas. Seria um homem "moreno claro, cabelos curtos e crespo e lábios grossos".

O delegado Nilson Inácio Pereira está pedindo ajuda à Superintendência da Polícia Civil em Belo Horizonte na apuração dos casos.

Crueldade

A brutalidade dos crimes impressiona até a polícia. Todos os corpos foram encontrados em adiantado estado de decomposição em uma mesma região da periferia de Araguari, onde as vitimas residiam.

Os corpos estavam todos nus, com vários ossos quebrados e os rostos feridos provavelmente por pedradas.

Os corpos das duas últimas vítimas do suposto maníaco foram encontrados a uma distância de cinco metros um do outro, em um matagal. Estavam nus e as roupas próximas. Foi pelas roupas que parentes das vítimas fizeram os reconhecimentos. Claudiana de Almeida, 34, estava desaparecida desde 29 de julho. Iraci Maria Martins, 44, havia sumido em 2 de agosto.

Após o seu cachorro chegar em casa com um chumaço de cabelo na boca, um fazendeiro da região acionou a polícia, que vasculhou a região e encontrou os corpos.

As outras vítimas tinham 13, 27, 41 e 57 anos. Os crimes mobilizaram as escolas, especialmente da periferia. Nenhuma mulher sai sem estar acompanhada por vizinhos, parentes ou amigos.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre assassinatos
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página