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24/09/2005 - 09h11

É bobagem ligar obra a higienismo, diz Serra

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AFRA BALAZINA
VICTOR RAMOS
da Folha de S.Paulo

O prefeito José Serra (PSDB-SP) considera 'uma bobagem completa' afirmar que a colocação de rampas na passagem da Paulista seja uma medida higienista.

"Há ameaças à vida lá, drogas, tudo o mais. Tem gente que está confundindo limpeza, tirar lixo, limpar a cidade, combater outdoors despudorados e tudo o mais com [medida] higienista."

Segundo o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, não há razão para polêmica. "Ver apenas o aspecto isolado de fazer uma rampa é uma forma muito simplista ou mal-intencionada de olhar. Nós não estamos falando do problema de moradores de lá. Estamos tratando de um ponto de assaltos."

Ele diz que pode ser feito um paralelo com um local mal iluminado onde ocorrem estupros. "O que devemos fazer? Não iluminar para não espantar o estuprador? Temos de nos omitir?"

Matarazzo diz que a medida pode evitar que a situação na passagem fique parecida com a do túnel Rebouças, no Rio de Janeiro, onde ocorrem muitos crimes. Mas ressalta que não é a única ação realização pela prefeitura.

"Só ela [rampa] não resolve a situação. O acompanhamento dos moradores de rua é feito pela Secretaria da Assistência Social, que realiza abordagens no local há um mês", afirma.

De acordo com ele, outros viadutos, como o da Amaral Gurgel, não têm assaltos e, por isso, a medida não será repetida.

Ação Social

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que suas equipes têm realizado "sistematicamente" abordagens às pessoas em situação de rua da passagem, "na tentativa de estabelecer vínculos e encaminhá-los para um dos equipamentos da rede".

"Embora alguns moradores demonstrem resistência em ser encaminhados para os albergues, os agentes sociais são incansáveis em sua missão de abordagem e convencimento", diz nota oficial da secretaria. "No caso dos moradores do complexo viário citado, os agentes conseguiram realizar um encaminhamento no dia 12, cinco no dia 14 e três no dia 15 de setembro", continua a nota.

Em relação às crianças e adolescentes (há algumas vivendo no local), a pasta diz que a abordagem é mais delicada e demorada. "O encaminhamento não pode ser forçado. É necessária a concordância da pessoa abordada. A intenção da secretaria não é constranger nem cercear o direito de ir e vir das pessoas", diz o texto.

Segundo a pasta, os albergues e casas de atendimento à população de rua têm vagas.

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